“Fiz magia negra para separar um casal”, diz Andressa Urach
Hoje, quem conhece Andressa Urach sabe que tudo isso ficou no passado. A repórter do “Domingo Show” de Geraldo Luis da Rede Record topou falar com a revista, voltada para o público masculino. “Eu imaginava que essa entrevista representaria o meu passado”.
Hoje cristã e participante da Igreja Universal do Reino de Deus, Andressa falou sobre família, saúde, prostituição, magia negra, dentre outros assuntos. Confira os principais trechos do bate-papo, publicado pelo site “OBuxixo”.
FAMÍLIA
“Meu pai me rejeitou quando eu estava na barriga da minha mãe. Minha mãe era muito brava, batia em mim. Sofri abusos sexuais, que começacaram com meu avô de criação. Comecei a fumar com 11 anos, usei maconha aos 13. O negócio do cachorro [Andressa admitiu ter praticado sexo com um animal] e minha primeira relação sexual com meu irmão, foram coisas terríveis que vivi enquanto adolescente e narro no meu livro ‘Morri Para Viver'”.
REPERCUSSÃO
“Está sendo um processo terapêutico. A cada entrevista que dou, consigo lidar um pouco melhor. Relatar isso é uma maneira de ajudar essas pessoas, que se sentem no fundo do poço, desprezadas, excluídas”.
PERFIL
“Seis anos vivi só para o mal. Escolhas do mal, como quando comecei em um bordel pela necessidade financeira.
CASAMENTO
“Me casei com um rapaz que conheci no colégio. Eu tinha 21 anos e ele 22. Sou a maior culpada pelo fim do casamento, porque eu não sabia cuidar dele. Não sabia cuidar da casa, não cuidava das roupas dele, da comidade dele. Fazia obrigada, queria que ele me ajudasse. Enfim, não deu certo”.
PROSTITUIÇÃO
“Coloquei o dinheiro acima de tudo. Comecei dançando em uma casa noturna ganhando R$ 500. A tentação foi muito maior e ganhei R$ 1.000, no meu primeiro programa. Foi quando descobri que, quanto mais bonita a garota, mais ganhava. E comecei com as cirurgias plásticas. E aí a vaidade e o dinheiro subiram à minha cabeça. Cheguei a ganhar R$ 15.000 nos meus cachês. Foram muitos [clientes]. Nunca contei, mas foram centenas e, talvez, milhares de homens com quem eu me relacionei nesses seis anos. Descobri que você ganhava muito mais dinheiro se prostituindo se fosse sadomasoquista. Então, aprendi a sentir prazer em bater e apanhar. Dizia para mim, ‘pensa no dinheiro, pensa no dinheiro’. Me apaixonei por um empresário e fiz trabalho de magia negra, macumba, para que ele se separasse. Consegui! Mas ele disse que era empresário e que nunca assumiria uma prostituta. Para ele, empresário e prostituta não se misturam. Na mídia, eu negava até a morte que era prostituta. Se eu não tivesse passado por esse problema de saúde, jamais contaria. A prostituição é um vício, o dinheiro é vício. Conheço muitas famosas – modelos, atrizes, cantoras – que fazem programa, direta ou indiretamente. Ou são bancadas por empresários ou recebem cachê por horas de sexo e elas não conseguem sair”.
ESTÉTICA
“Eu tomei anabolizantes, fiquei com voz grossa, tive que fazer cirurgia íntima por causa do uso do anabolizante. Eu espero que Deus me dê vida e saúde, porque o que os médicos dizem é que eu tenho dentro de meu corpo uma bomba-relógio. A qualquer momento o PMMA da bioplastia, necrosado no meu músculo e no meu glúteo, pode inflamar e eu posso ir a óbito. Mas, se eu creio no que está na Bíblia, Deus já me curou, porque Ele é o Deus do impossível”.
PSICOLÓGICO
“Eu me via cometendo o suicídio. Eu já tinha feito até seguro de vida. Sabe uma mente doentia?”.
FÉ
“Eu nunca acreditei em Deus, sabe? Minha avó morreu tentando me converter e minha mãe sempre foi da igreja”.
REALITY
“Imagina quando falaram em ‘A Fazenda’ que eu era stripper e garota de programa, eu cuspi no rosto da menina [Bárbara Evans, modelo, filha de Monique Evans]. Me envergonho muito daquela famosa cena de cuspe. Se eu pudesse voltar no tempo, eu mudaria. Naquela noite em que eu e o Mateus [Verdelho] nos cuspimos, foi muito por causa da falta de drogas.
PRESENTE
“Topei falar com a revista Sexy porque, assim, representa o meu passado. A Sexy, o Miss Bumum, tudo faz parte de minha história. Me arrependo dos meus erros e hoje, se você me perguntar se quero posar de novo, digo: ‘Não’, agradeço e respeito. Na época, eu precisava, porque queria me prostituir e ficar famosa e, pra isso, queria ser capa de revista. Hoje, não é mais esse o meu sonho”.
