Padre Fábio de Melo pede desculpas após vídeo em que ele desrespeita religiões africanas

Padre Fábio de Melo pede desculpas após vídeo em que ele desrespeita religiões africanas
Foto: Reprodução

O padre Fábio de Melo usou as redes sociais para se desculpar após um vídeo ganhar repercussão. Nele, Fábio de Melo aparece dando declarações desrespeitosas sobre as religiões de matriz africana.

Nesta quinta-feira (10), ele veio a público pedir desculpas por essas frases. “Com todo o respeito a quem faz a macumba: pode fazer e pode deixar na porta da minha casa que, se estiver fresco, a gente come”, disse ele no vídeo. “Galinha preta na porta de casa, com um litro de cachaça e uma farofa de banana têm o poder de trazer destruição”, elas não conhecem o “poder de Cristo ressucitado”, disse.

Após a repercussão negativa e críticas ao vídeo, ele disse. “Sempre manifestei publicamente o meu respeito a todas as religiões. O candomblé fez parte da minha origem. Nunca quis ofender ou desmerecer quem quer que seja. Apenas expressei, durante uma celebração cristã, convicções cristãs. Peço perdão aos que se sentiram ofendidos”, escreveu no Twitter o padre Fábio.

O babalaô Ivanir dos Santos, representante de movimentos contra a intolerância religiosa, notificou extrajudicialmente o padre Fábio de Melo para que ele retire o vídeo do ar. Pelo Twitter, Fábio respondeu que entrou em contato com Ivanir. “Já fiz um contato com o babalorixá Ivanir dos Santos. Ele foi extremamente gentil comigo. Nosso desejo é esclarecer que tolerância religiosa não significa abrir mão do que cremos ou não cremos, mas conviver harmoniosamente, colaborando na construção de um mundo melhor.”

Leia a declaração na íntegra:

Sempre manifestei publicamente o meu respeito a todas as religiões. O candomblé fez parte da minha origem. Nunca quis ofender ou desmerecer quem quer que seja. Apenas expressei, durante uma celebração cristã, convicções cristãs. Peço perdão aos que se sentiram ofendidos.

Eu não sou proprietário da verdade. Eu estou em busca dela. Quero o esclarecimento espiritual que me coloque ao lado de todos. Diferentes e iguais a mim. Somos irmãos e não me sinto melhor que ninguém. Se fui infeliz na forma como expressei o meu não crer, perdoem-me.

Já fiz um contato com o babalorixá Ivanir dos Santos. Ele foi extremamente gentil comigo. Nosso desejo é esclarecer que tolerância religiosa não significa abrir mão do que cremos ou não cremos, mas conviver harmoniosamente, colaborando na construção de um mundo melhor. O mundo já está dividido demais para que criemos outras divisões a partir de nós.

 

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