Valesca Popozuda revela em livro que já queimou pênis de assediador

Valesca Popozuda revela em livro que já queimou pênis de assediador
Foto: Reprodução
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A cantora Valesca Popozuda lançará na próxima sexta-feira (25), na Bienal do Livro de São Paulo, sua biografia “Sou Dessas – Valesca, pronta para o combate”. A obra, de 192 páginas trata de diversos assuntos do universo da funkeira, entre eles a conscientização da gravidez na adolescência, liberdade sexual, empoderamento das mulheres, preconceitos e rivalidade no mundo do funk.

Em um dos capítulos, a artista destaca um episódio em que chegou a ser assediada no camarim de um. Valesca diz que estava em um camarim improvisado e que precisou ajeitar o cabelo, por isso foi para uma sala, do diretor do clube onde se apresentaria, que tinha um espelho. Ao se arrumar no local, apenas de lingerie, foi abordada pelo contratante que tinha alugado o clube. Ela relata que não foi apenas uma “cantada”.

“Daí o senhor muito escro…, que já tinha pra lá dos seus 60 anos, se atreveu a colocar o pênis pra fora da calça e me pedir para pegar no seu instrumento (de pequeno porte, por sinal). A fúria me invadiu, rodei a baiana. […] Sussurando, perguntei: ‘Voê quer que eu pegue?’. E o babão responde: ‘Adoraria’. Ah, pra quê? Encostei o babyliss quentíssimo no p… dele […] “Deve ter sido a fod… mais quente e marcante que ele já deu na vida. Para ele, sou uma mulher inesquecível”, escreveu Valesca sobre o episódio no livro.

Em conversa com o site Ego, Valesca deu mais detalhes sobre o episódio, disse que ficou com medo de expor o caso e incentivou mulheres a denunciar. “Hoje não passo mais por isso, graças a Deus. Lá atrás a gente passava pela coisa e se calava, para não envolver ninguém. Hoje, por isso que contei a história no livro, porque falo. É para as mulheres perceberem que ficar calada não vai levar a nada. Guardar só vai fazer mal pra gente. Temos que colocar a boca no mundo, falar, e doa a quem doer. Temos que parar de pensar na pessoa que nos ofendeu e ficar com medo. Esse sentimento não faz bem. Guardar é a pior coisa que tem”, desabafa Valesca.

Ainda sobre abuso sexual, Valesca dedica o último capítulo do livro para falar de estupro. Ela fala que teve amigas que relatavam ser abusadas dentro de casa, reforça a importância de denunciar e conta que sua mãe já foi vítima de abuso. O livro é dedicado aos seus “popofãs” e está em pré-venda em um site de livraria.

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