Coluna: A zona abissal da televisão brasileira
Toda emissora tem a liberdade que quiser para dar a um programa, para que ele siga uma determinada linha do entretenimento. Seja puro humor, seja um mix de musicais, provas, jornalismo… Mas e quando o programa extrapola o aceitável e consegue expulsar do sofá, a família que aguardava um bom conteúdo para assistir? Seria muito conservadorismo pensar que, em pleno século XXI, um programa com cenas quentes de sexo, deixa mães e pais envergonhados com um simples e corriqueiro “pular de canal”?
Hoje é domingo e este é mais um “Ponto de Conversa”! Portanto, entrem sem bater, debatam pra valer e nos acompanhem sempre, porque aqui, é o nosso espaço para criticar a televisão brasileira. Mas antes, é bom lembrar que uma crítica pode ser boa ou ruim, depende mesmo é da qualidade do programa!

Não foi uma nem duas vezes, sei que você já viu cenas na TV que fizeram-lhe observar o rosto de quem estava ao seu lado. Uma cena um tanto mais pesada, recheada de insinuações e que não era esperada naquele momento. Pois em pleno domingo a noite, há quem diga que para fazer um teste de fidelidade é preciso arrancar as roupas e partir para o abraço. É como se o (a) infiel traísse apenas no ato sexual, quando, na verdade, a traição era cenário em uma peça de amor. E a ideia talvez seja essa, quando você trocar de canal, quando passar pelas curvas da modelo, irá travar o controle remoto. Será?

Para a apresentadora Eliana, por exemplo, uma carreira promissora deve ser construída dentro do respeito que cria-se entre o comunicador e a recepção do programa dentro de casa, na família. Se esta é a fórmula, não do sucesso repentino, mas daquele que segue a regra do “você colhe o que plantou”, então, é possível entender a lógica de alguns anunciantes. A maioria dos patrocinadores não quer ver a sua imagem associada a conteúdos que causam repulsa em boa parte dos telespectadores. Ainda sim, para seguir a linha do “eu faço o que ninguém tem coragem de fazer”, existe o “Teste de Fidelidade”, na Rede TV!.
Mas, quem é mesmo que perde nessa história? Parei, pensei por dois segundos e soltei a resposta: O telespectador! A televisão que se tornou ao longo do tempo uma companheira para as pessoas, quem diria, neste caso, não parece ter pensado muito nelas. O sensacionalismo, apesar de ser uma vertente, foi distorcido e transformado em vulgaridade.
Clique aqui para assistir um dos “testes”. O programa vai ao ar às 22h15min., no horário nobre do domingo.
Para fechar, basta lembrar de uma frase que existe, infelizmente, em consequência do que conversamos hoje e que, muito provavelmente, você já escutou em casa: “TV não tem nada que presta!”. E mais uma vez, os justos pagam pelos pecadores!
Eu sou Fábio Melo e este foi o nosso, “Ponto de Conversa”!
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Grande Abraço! Até semana que vem, #fuuui!

