Coluna: Desenhos animados que marcaram nossa infância

Coluna: Desenhos animados que marcaram nossa infância

Fugindo do Óbvio

Enfim aquela sensação de frescor que apenas as férias conseguem proporcionar, momento eficaz para colocar os pés no chão, conectar-se consigo, repensar valores e assumir novos desejos. Tempo de correr na rua, degustar o bolo de chocolate da vovó, reacender velhas paixões, jogar videogame até altas horas da madrugada e também de zapear pelo emaranhado de opções que a TV nos permite. Período de receber amigos em casa e relembrar os ápices da vida…

Foi pensando justamente nesta temporada de férias que o “Bastidores da TV” preparou uma surpresa –  uma série de colunas esporádicas sobre os programas de TV que mais marcaram a infância dos telespectadores brasileiros. Entre eles: séries, novelas, filmes e adjacentes.

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Convenhamos, as conversas sempre rendem quando estamos entre amigos, papo vai, papo vem e as horas passam… Neste sentido, nada mais justo do que trazer a está série de colunas um amigo com o pleno domínio do assunto, que apresentará um bate papo informal, porém com retoques notáveis.

Olá a todos os leitores do “Bastidores da TV”, me chamo Dyego, escrevo a coluna “Tá no ar” aqui no site. Fiquei lisonjeado com o convite do Hiago, pois além de ser uma ideia genial e inovadora, relembrar e comentar sucessos que marcaram a televisão, é algo que sempre quis escrever, e nada melhor que entre amigos.

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A infância é a época da vida onde estamos nos adaptando, e para que está formação seja completa é necessário algumas inserções primordiais, entre elas: conteúdo de qualidade. Seja através de livros, filmes ou desenhos. Pode até parecer balela, mas felizmente não é: os desenhos animados são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Repare bem, você já deve ter dito a seguinte frase, ou ouvido de algum semelhante: “Quando eu era criança adorava esse desenho, não perdia um dia!”.  Pois bem, chegou o momento de relembrá-los!

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hanna-barbera
“Algumas criações do Hanna-Barbera”

Situada em Los Angeles, no estado da Califórnia, Hanna-Barbera foi uma das empresas precursoras do formato intitulado “animação”, através dela que surgiram os clássicos Tom e Jerry, Zé Colméia, Os Flintstones e Scooby-Doo. Atualmente sobre o domínio do conglomerado Time Warner, a firma sofreu logo no ato de sua  implementação, ao ter alguns de seus desenhos rejeitados por empresários do grupo Disney. Ação que fortaleceu a instituição a buscar novos recursos antes de lançar-se definitivamente no mercado. Vários de seus desenhos circularam pelas emissoras brasileiras, desde TV Tupi, Excelsior e Manchete à até SBT, Globo e Rede Record.

ToyStory

 

“Dyego a primeira coisa que eu fazia quando acordava aos sábados era ligar a TV. Aqueles gráficos coloridos preenchidos pela TV de tubo de 21 polegadas me animavam por toda a manhã. Lembro que “Tom e Jerry” me impressionava. Não sabia quem era o vilão, muito menos importava, o que realmente chamava minha atenção era a união que ambos tinham. E que apesar das diferenças sempre permaneciam juntos”.

 

buzz

“Os clássicos de Hanna-Barbera sempre foram os meus preferidos. Lembro que acordava às sete da manhã para assisti-los na antiga “Sessão Desenho”. “Corrida Maluca”, “Os Flintstones”, “A Família Addams”, “Dicky Vigarista e Mutlay”, que ficou popularmente conhecido como “Pegue o pombo”, são até hoje desenhos que paro para assistir. Ainda bem que hora ou outra, alguns retornam a programação. Uma pena que não todos. Confesso que há poucos meses deixava gravando o primeiro bloco do “Sábado Animado” do SBT e me divertia com as animações da dupla “HB”.”

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looney tunes
“Os famosos Looney Tunes são exibidos até hoje”

E não dá para falar de desenhos animados sem citar os famosos Looney-Tunes. Pernalonga, Patolino, Piu-Piu, Papaléguas e companhia, marcaram a infância de muitos, se não todos, tamanho a popularidade dos personagens. A série de desenhos teve a sua produção iniciada, vejam só, em 1930, e até hoje encantam de geração em geração. No Brasil, os desenhos ficaram conhecidos como “A Turma do Pernalonga” e popularizados na antiga “Sessão Desenho” com Eliana. Já tiveram o seu próprio bloco, a saudosa “A Hora Warner”. Atualmente fazem parte do revezamento de animações do “Sábado Animado”.

ToyStory

 

“Exatamente Dyego, vale destacar também que a marca Looney-Tunes encantou tanto que ganhou até uma versão em filme: “Looney Tunes – De Volta à Ação”, reprisado incessantemente pelo SBT durante anos. “A Hora Warner” era maravilhoso, lembro que minha mãe tinha segurança em me deixar em frente a TV assistindo, justamente por apresentar um conteúdo exclusivamente para o público infantil”.

 

 

buzz

“Esse era o encanto, Hiago. Desenhos simples, inocentes, conteúdos que qualquer criança poderia assistir. Sinto falta disso nos atuais, que mais se preocupam com a tecnologia, gráficos em 3D e que perdeu aquela magia das animações de antigamente. Hoje em dia a grande maioria aposta em lutas, guerras, combates. Dos mais recentes destaco apenas “Bob Esponja” e “Os Padrinhos Mágicos”. Nesse último ainda conseguimos ver lições de moral, a preservação de traços, o colorido de antes. Destaca-se também o cômico e bem feito do brasileiríssimo “Turma da Mônica”, restrito infelizmente a TV paga. São os únicos da nova safra que acompanho, uma pena, porque apesar da idade, gosto muito de desenhos animados. Ainda fico com os clássicos.”

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caverna
“Protagonistas de “Caverna do Dragão”

Impossível não lembrar de desenho animando e logo associar ao clássico: “Caverna do Dragão”. Marcou gerações. Série de animação co-produzida pelas empresas: Marvel Productions, TSR e Toei Animation, apresentava um enredo completamente diferente. Um grupo de jovens, com personalidades conflitantes e que unidos tentam fugir de um reino desigual. Personagens memoráveis como: Mestre dos Magos, Uni e Vingador além do sexteto que dá altivez ao seriado: Hank, Eric, Diana, Scheila, Presto e Bobby. Porém o que mais causava curiosidade nas crianças era a tão almejada liberdade que os personagens desejavam, e que infelizmente nunca se concretizou. Considerado por muitos um desenho “demoníaco”, especialmente por conter cenas que mostravam bruxarias, além da presença de seres místicos como: duendes e unicórnios. Porém a ideia nunca chegou a ser comprovada e tão logo foi desmentida pelos seus criadores. Invenção anunciada por aqueles que não apreciavam a animação.

buzz

“Penso que a busca pela liberdade era o enredo principal da animação. Chegar ao objetivo final iria por fim a história, não faria sentido. O fato de não ter exatamente um fim, preserva a memória da produção, uma vez que novos telespectadores que surjem através das reapresentações, assistem também pensando no desfecho, tal qual as crianças de antigamente e que hoje tornaram-se adultas. O desenho passa de pai para filho e ainda possibilita a própria interpretação de um suposto final, exercita a imaginação dos pequenos e não abre espaço para spoillers”.

ToyStory

 

“Frusta Dyego, mas frustaria mais pensar no desfecho. Pensando exatamente nesse âmbito, pode-se dizer que o “final” foi o mais perfeito possível. São desenhos como este que fazem falta na TV aberta nos dias atuais. Animações que fortaleçam o intelecto infantil e crie uma conexão entre gerações”.

 

 

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Obrigado Dyego pela primeira experiência nesta série de colunas especial férias. É muito gratificante dividir este espaço com alguém que entende e vive na prática o estilo alucinado de comentar sobre TV. Espero sinceramente que este projeto perdure e ganhe mais edições ao longo desse ano.

Agradeço ao Hiago pelo convite e parceria, ao “Bastidores da TV” por viabilizar um  projeto tão enriquecedor e a todos que prestigiaram essa coluna. Falar sobre televisão é sempre muito bom, e nesse formato, tornou-se ainda mais prazeroso.

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Chega ser surreal ver a felicidade de uma criança estampada no rosto quando apresentada a um desenho animado, afinal eles o veem como um amigo oculto, um produto ao qual se espelhar pelas ações e trejeitos. Analise bem: é normal vermos uma criança “imitando” determinado personagem? Sem dúvida, pois no mundo de fantasia da mesma, nada é mais importante do que viver a imaginação em todas as suas nuances.

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E você caro leitor (a),  se lembra de algum dos desenhos apresentados?

Não se acanhe, comente!

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Até a próxima!

#CâmbioDesligamos

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