Coluna: SBT, 34 Anos de muita emoção!

Coluna: SBT, 34 Anos de muita emoção!

Sem título 1Continuando a nossa série de textos comemorativos, (Na semana passada falamos dos programas infantis. Parte 1: http://migre.me/rb5fe e Parte 2: http://migre.me/rb5kd) iniciamos uma semana muito especial, isso porque nesta quarta-feira, dia 19, o SBT completa mais um ano no ar. São 34 anos de emoção e muita história para contar. Nesta edição, faremos um apanhado das atrações e artistas mais marcantes, que se tornaram referências e são as primeiras opções quando pensamos na emissora. Fã declarado ou não, todos nós temos momentos que nos marcaram na emissora de Silvio Santos. Com certeza algo marcou o seu emocional em todo esse tempo de existência e nós iremos recordá-los a partir de agora.

  • A Maior audiência do Programa Silvio Santos foi na Rede Globo!
  • Saiba qual foi o primeiro repórter do canal
  • Descubra qual foi a maior audiência na história do SBT
  • Você sabe quantos programas Celso Portiolli apresentou e qual foi a primeira novela infantil exibida?

Tudo isso e muito mais nesta edição especial

MOSAICO SBT

“Calor, céu azul, verde mar”, o que esse trecho te lembra? Claro! “Fantasia no ar”. Essa era abertura que embalou um dos maiores sucessos do canal aniversariante. A atração estreou em 1997, ás 16:30 sob o comando de Adriana Colin, Débora Rodrigues, Jackeline Petkovic e Valeria Balbi.  Belíssimas mulheres como dançarinas, algumas até se tornaram estrelas, brincadeiras que rendiam dinheiro e o formato de interação com o telespectador através de ligações telefônicas, foram os elementos que garantiram o grandioso sucesso do programa. O game teve ainda outras três temporadas, com apresentação de Carla Perez na segunda, Christina Rocha, Celso Portiolli, Otávio Mesquita, Marcia Goldshmidt e Lu Barsotti na terceira, e Helen Ganzarolli e Caco Rodrigues na quarta e última. Batalha Naval, Sete e meio, Palavras cruzadas, Diga-Diga, Jogo das cores, Na Boca do Forno, são algumas das brincadeiras mais lembradas. No SBT, outros programas utilizaram o recurso de promover jogos por meio de participações por telefone, como o “Alô Christina”, “Tv Pow”, “Charme”, “Namoro na TV e etc…” e o “Bom Dia e Cia”.

Relembre a trilha de abertura do Fantasia: 

Os jovens tinham vez no SBT com o “Programa Livre”, o marcante debate comandado por Serginho Groisman alcançou grande sucesso, ficando no ar por quase 11 anos. O cenário era um grande auditório que tomava todas as laterais com um palco no meio, onde aconteciam as entrevistas. A atração além do bate-papo trazia gincanas, musicais e humor. Com a saída de Serginho em 1998, o comando do programa passou a ser dividido entre Ney Gonçalves Dias, Christina Rocha, Otávio Mesquita, Marcia Goldshmidt e Lu Barsotti, os mesmos que viriam a apresentar a terceira fase do Fantasia em 2000. No início desse mesmo ano, Babi Xavier, na época ex-VJ da MTV, fixou-se como apresentadora e ficou até a sua extinção, já nas madrugadas. A emissora teve outros programas que também se fundavam em debater sobre temas cotidianos, como “O Povo na TV” e “Fora do Ar”.

“Jô Soares Onze e Meia” foi o talk-show de Jô Soares no SBT. Estreou em 1988, ficando no ar coincidentemente por 11 anos. O late-night surpreendeu ao lançar Jô como entrevistador, que até então se dedicava ao humor. Apesar do nome, a atração costumava começar por volta da meia-noite, e marcou ao realizar entrevistas importantes para a época, como a do ex-presidente Collor, Carlos Vilagran o intérprete do Kiko do seriado Chaves e o lançamento do grupo Mamonas Assassinas para o Brasil. Na linha de entrevistas, Marília Gabriela se consolidou como a melhor entrevistadora brasileira com o seu “De Frente com Gabi”, que teve três fases, iniciando entre 1998 e 2000, retornando em 2002 até 2004 e a última encerrada em fevereiro desse ano, após cinco anos. A grande marca era o seu cenário todo preto com uma mesa de vidro bastante iluminada, destacando o entrevistado. Atualmente a emissora voltou a apostar no gênero com a produção do “The Noite com Danilo Gentili”.

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Todos os logotipos de “A Praça é Nossa” no SBT.

O humor sempre foi umas das marcas do SBT, e assim “A Praça é Nossa”, se consolidou como o principal humorístico da TV aberta, além de ser também o mais antigo em exibição com incríveis 28 anos no ar. A atração e seu formato simples, com os personagens conversando com Carlos Alberto de Nóbrega no banco de uma praça, continua sendo um grande sucesso após todos esses anos e confirma o gosto dos brasileiros pelo humor tradicional. Como os personagens mais lembrados, podemos citar a Velha Surda, Vera Verão, Batoré, Zé Bonitinho, as interpretações de Ronald Golias, e os talentosos Ary Toledo e Moacyr Franco. Uma grande característica do programa foi saber se renovar durante o tempo. Atualmente destacam-se a Nina, Paulinho Gogó, o deputado João Plenário, a Tropa de malucos e as imitações de Alexandre Porpetone. Além disso, foi o primeiro do gênero a abrir espaço para o Stand-up comedy no sinal aberto de televisão. Houve também o investimento em sitcons, comédias de situação com produção nacional, foram os casos de “Ô Coitado”, com a famosa caipira Filomena, “Meu Cunhado” e “A Escolinha do Golias”, todos com participação de Moacyr Franco e os dois últimos com Ronald Golias.

O humor internacional também esteve presente em todos esses anos. Os grandiosos sucessos “Chaves” e co-irmão “Chapolin” foram os primeiros a alcançar notoriedade em terras tupiniquins. Vindos do México, foram transmitidos pela primeira vez no Brasil em 1984 no extinto programa Bozo, mas o êxito foi tão grande que rapidamente passaram a ser atrações solo. O programa do menino do barril é o segundo mais antigo no ar pelo SBT, com 31 anos sendo um fenômeno e sempre alcançando altos índices de audiência, considerado o principal curinga da emissora. Seriados americanos também foram e são tradição no horário do almoço. Passaram pela programação os sucessos “Punk, a Levada da Breca”, grata surpresa ao retornar a grade na semana passada, “Blossom” no final da década de 90, “Um Maluco no Pedaço” e “Três é Demais”. “Eu, a Patroa e as Crianças” e “As Visões da Raven” foram os últimos grandes êxitos da faixa.

A maior audiência da história do SBT

O primeiro Reality Show do SBT, segundo a ser produzido no Brasil e fenômeno de audiência. Você sabe de qual programa estamos falando? Sim, da arrebatadora e marcante “Casa dos Artisas”, primeiro reality de confinamento brasileiro e recheado de polêmicas. Foi levado ao ar sem nenhuma divulgação, apenas com pequenos teasers horas antes da estreia e sem informar do que se tratava. Apresentado por Silvio Santos, contava com 12 participantes e a sua final rendeu o mais alto índice da história do canal, incríveis 47 pontos de média e 55 de pico na final que deu a vitória a atriz Barbara Paz. Teve outras três temporadas, mas sem repetir o êxito da primeira. Outros realitys que também marcaram a história foram os badalados “Popstars”, lançando o famoso grupo Rouge, a grande produção do “Ídolos” e o sucesso “Supernanny”. Atualmente a emissora investe no “Cozinha Sob Pressão”, “Esquadrão da Moda”  e “Bake Off Brasil”.

Relembre a Casa dos Artistas

O jornalismo também esteve em evidência por diversas vezes. Um jornal vibrante, uma arma do povo, que mostra na TV a vida como ela é!. Em 1991 estreava o primeiro destaque do gênero nos finais de tarde, o famosíssimo “Aqui Agora”. O jornalístico popular foi o pioneiro no modelo de noticiário alternativo e lançou elementos utilizados até hoje, como o gerador de caracteres (GC) sobre a notícia e a criação do repórter-cinematográfico com missão de cobrir casos com uma câmera de mão em acontecimentos que poderiam ser desde seqüestros, tiroteios a mortes. Além disso, popularizou o uso de vídeos amadores e polemizou ao transmitir ao vivo um suicídio. O “policialesco” como foi apelidado, também costumava transmitir fofocas dos famosos, defesa do consumidor e a divertida previsão do tempo do carismático Felisberto Duarte, o“Feliz”. Nomes como Christina Rocha, Sônia Abrão, Celso Russomanno, já apresentando um quadro defendendo os consumidores, Wagner Montes e Cesar Tralli, passaram pela atração, além de Gil Gomes, Liliane Ventura, Jacinto Figueira Júnior e muitos outros.

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Ivo Morganti e Christina Rocha no “Aqui Agora” em 1991.

O telejornalismo também inovou ao implantar o conceito de “âncora” nos noticiários brasileiros, ao colocar Boris Casoy como apresentador titular do telejornal “TJ Brasil”. O diferencial era o jornalista emitir ácidas opiniões ao final das matérias, apresentando seus famosos bordões, semelhante ao que era feito até pouco tempo por Rachel Sheherazade no atual SBT Brasil, que recém completou dez anos. O jornal fez tanto sucesso na época que a emissora padronizou a sigla “TJ” a todos os seus telejornais nacionais e locais. Ficou quase dez anos no ar, encerrando-se em 1997 após a saída de Boris. Depois disso o jornalismo só voltou a evidência com a contratação de Ana Paula Padrão em 2006 e posteriormente com Carlos Nascimento.

Você sabe qual foi o primeiro repórter do SBT?

Magdalena Bonfiglioli chegou ao SBT em 1981, inauguração da rede, e apresentou o “Noticentro”, mas ficou mesmo conhecida pelas reportagens emocionantes do Aqui Agora. Atualmente segue como contratada e realiza reportagens especiais para o Programa do Ratinho.

A principal especialidade: Os Programas de Auditório

A emissora mais tradicional em programas de auditórios, até hoje é referência no gênero. Os mais importantes apresentadores já passaram pela casa e os shows mais famosos foram ao ar na tela do SBT. Você sabe quem é Antonio Augusto de Moraes? Sim e o conhece muito bem! Trata-se de Gugu, apresentador que marcou época nos 34 anos da TV de Silvio. Augusto Liberato chegou à televisão por convite de Silvio Santos que o contratou depois de tomar conhecimento de várias de suas idéias para a programação, iniciando como assistente de produção e estreando como animador no programa “Sessão Premiada Paulista”. Um ano depois, ganhou o comando do famoso “Viva a Noite”, sucesso por dez anos. Começava a carreira de Gugu na televisão. A atração marcou com o os quadros “Sonho Maluco” e “Baile do Passarinho”. Em 17 de Janeiro de 1993, três dias após o fim do programa, estreava o tradicional “Domingo Legal”, que mesclava quadros das atrações já comandadas pelo apresentador. A “Banheira do Gugu” e o “Telegrama Legal” são lembrados até hoje. Em 2009, com a sua saída, Celso Portiolli passa a comandar o dominical. Gugu também apresentou com sucesso o lembrado “Sabadão Sertanejo”, que mais tarde passou a ser chamado apenas de “Sabadão” e várias outras atrações de destaque, como os programas “Passa ou Repassa”, “Cidade Contra Cidade”, “TV Animal” e “Corrida Maluca”.

Saiba quantos programas Celso Portiolli apresentou no SBT

Celso chegou ao SBT através de um vídeo em que apresentava várias ideias ao “Topa Tudo por Dinheiro”, sendo então contratado como redator. Em 1996, Portiolli estreia nas telinhas no “Passa ou Repassa”. Consagrou-se como animador ao comandar nos anos seguintes o “Tempo de Alegria” em 1997, “Xaveco” em 1998 e o “Fantasia” em 2000, paralelos com a gincana da torta na cara que permaneceu por vários anos na programação. Em 2001 estreou aos domingos com o sucesso “Curtindo uma Viagem”. Com o fim do programa e um tempo fora do ar, retorna na versão de 2004 do “Sessão Premiada”. Um ano mais tarde apresentava o “Código Fama”, atração que revelou Priscila e Yudi na TV. Nos anos seguintes, substituiu Adriane Galisteu na apresentação do “Charme”, e devido a sua boa identificação com o formato, ganhou o “Namoro na Tv e Etc…”. Apresentou ao lado de Cesar Filho o “Ver para Crer” e em 2007 esteve à frente do “Curtindo com Reais”. Em 2009, herda o comando do “Domingo Legal”, deixando com a sua marca e identidade. Foram 14 programas no total, breve serão 15, com a estreia de uma nova atração nas noites de sábado.

A lista de auditórios é extensa, e um grande destaque que permanece até hoje com grande êxito é o “Programa do Ratinho”. Em 1998, Carlos Massa começava no SBT em um formato próximo do que o consagrou, com bastante polêmica e animação. Ratinho promovia reencontro entre parentes, realizava o famoso Teste de DNA e trazia quadros curiosos, além de musicais e, claro, muito humor circense dos personagens, que até hoje estão presentes no show, como o famoso Marquito. Saiu do ar em 2006, retornando mais light em 2009 no horário da tarde, retornando ao seu horário consagrado depois de um ano. Atualmente, mistura humor com variedades, informação, prestação de serviço e é o único programa noturno de variedades diário da televisão e ainda um grande destaque em audiência, tornando-se referência na faixa noturna. Outro grande destaque é o apresentador Raul Gil. Para quem não sabe, o “Programa Raul Gil” está em sua segunda exibição no SBT, que retornou a emissora em 2010. A primeira deu-se exatamente na inauguração da rede em 1981, herdado da TV Tupi, que após o seu fechamento teve a sua concessão divida entre as novas “TVS” (SBT) e “Manchete”. A atração musical é uma das mais tradicionais da televisão brasileira e Raul um consagrado animador. Nas duas versões, o formato predominante é o musical. O quadro “Jovens Talentos” revelou muitas estrelas como Maísa, Jamily, Luan Santana e muitos outros. Seus jurados mais marcantes foram José Messias e Marly Marley.

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As apresentadoras também tiveram e tem um espaço carimbado nos auditórios do SBT. Foi o caso de Marcia Goldsmith e o seu polêmico “Marcia”. Estreado em 1997, a atração era uma espécie de “telebarraco baseado em um original americano, apresentava temas específicos em que pessoas comuns tentavam resolver, ou pelo menos expor os seus problemas. O programa ficou pouco mais de um ano no ar, alcançando altíssimos índices de audiência e era conhecido pelos altos barracos que costumavam acontecer. Após a extinção, Marcia ficou no SBT por mais três anos, comandando também o Programa Livre e o Fantasia. Em 2009, Eliana que já havia apresentado por anos programas infantis, retorna a emissora em um dominical com o seu nome, apostando em variedades, entretenimento e quadros emocionais. A apresentadora é referência no gênero ao mudar eficientemente de público e atualmente é considerada uma das melhores animadoras da televisão. Nos infantis, apresentou o “Festolândia” e a “Sessão Desenho” em 1991, “Bom Dia e Cia” em 1993 e “Eliana e Cia” em 1996. Adriane Galisteu apesar de ter ficado no canal por apenas quatro anos e em um período conturbado de relacionamento com a empresa, ainda é associada a TV de Silvio. Apresentou o programa “Charme”, com diversos formatos e horários distintos. Foram 19 mudanças de horário e 14 fases diferentes. Até hoje os fãs torcem pela volta da loira ao canal. Atualmente, Patrícia Abravanel é a nova aposta como animadora da Rede, o seu “Máquina da Fama” já é um grande sucesso e a iniciante mostra uma boa evolução.

Gracinha! Linda de viver!

Crédito: Lourival Ribeiro/SBT. Apresentadora Hebe Camargo.
Crédito: Lourival Ribeiro/SBT. Apresentadora Hebe Camargo.

A saudosa Hebe Camargo trouxe o seu programa ao SBT em 1986 e assim permaneceu até 2010. Nomes importantes passaram por seu famoso sofá, dentre celebridades, políticos e astros internacionais. A apresentadora conduzia tudo com muito dinamismo e expunha suas opiniões e visões sem medo de falar a verdade. Em 2010, após um período longe de sua atração devido ao tratamento contra o câncer, retornou ao ar com uma importante recepção, muitos de seus amigos e profissionais também de outras emissoras se reuniram para recebê-la em uma grandiosa festa de boas vindas, um dos momentos mais marcantes na história. No mesmo ano, depois de quase 25 anos, anunciou que deixaria o canal, seu programa de despedida foi exibido na íntegra. O tão aguardado retorno ao SBT que aconteceria em 2012 não chegou a ser concluído devido ao seu falecimento antes da estreia, mas Hebe estava feliz ao retornar a sua casa e já havia assinado contrato novamente. Transformou a segunda-feira em um dia de gala com seu irreverente comando e grandioso talento, revolucionou a televisão brasileira e sempre será a rainha da TV brasileira.

O Rei é brasileiro!

Não dá para falar de SBT sem citar o seu criador, o rei e mestre Silvio Santos. Seu programa, o mais tradicional da televisão brasileira não começou em sua emissora, muito pelo contrário, o “Programa Silvio Santos” foi ao ar pela primeira vez na “TVS” 20 anos depois de seu início na TV Paulista, que mais tarde viria a ser a Rede Globo. Curiosamente, foi na emissora carioca que Silvio obteve a sua maior audiência, incríveis 89 pontos de média, sendo o quinto maior índice alcançado por uma programa brasileiro, o consagrando como uma das mais amadas celebridades. No SBT, o programa ganhou a forma de um aglomerado de várias atrações aos domingos, dentre elas os inesquecíveis “Show de Calouros”, “Porta da Esperança”, “Boa Noite Cinderela”, “Roletrando”, “Domingo no Parque”, “Hot hot hot”, “Namoro na TV”, “Em Nome do Amor”, “Tentação”, “Topa Tudo por Dinheiro”, “Gol Show”, TV Animal e o grande sucesso “Qual é a Música?”. Em 2001, o nome deixou de ser utilizado, encerrando a tradição e não mais executando a clássica vinheta de abertura. O rei dos domingos passou então a dividir o comando de algumas atrações com outros artistas, como Gugu Liberato e Celso Portiolli. O título voltou a ser utilizado em 2009 com extinção dos programas vigentes e a reestréia de uma única atração no horário vespertino com quatro horas de duração. No domingo do dia 25 de agosto de 2013, o tema “Silvio Santos vem aí!” torna a ser apresentado. Há 54 anos, o show de Senor Abravanel é o mais antigo no ar e continua sendo sucesso de audiência e repercussão, atingindo sempre a liderança no final da noite.

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Não esquecendo os games-shows, Silvio apresentou milhares deles. O mais famoso foi o “Show do Milhão”, sucesso de audiência e inscrições, todos queriam ser milionário e o game sagrou-se líder indiscutível segundo o Ibope. Tiveram ainda os programas “Sete e Meio”, “Todas Contra Um”, “Topa ou Não Topa”, “Um Milhão na Mesa”, Festival da Casa Própria”, “Family Feud”, “Roda a Roda”, “Passa ou Repassa”,“Você é Mais Esperto que um Aluno da Quinta Série?”, “Bailando por um Sonho, “Vinte e Um” e “Vamos Brincar de Forca”. Além de formatos diferenciados como o Reality “Casa dos Artistas” e os marcantes “Nada Além da Verdade”, “Troféu Imprensa” e “Teleton”. Foram mais de 125 atrações.

Ay caramba!

As famosas novelas mexicanas e as grandes produções brasileiras também não poderiam ficar de fora. Desde o início, o SBT apostou na exibição das telenovelas latinas, pois além de mais baratas, era uma forma de manter a dramaturgia no ar, ainda que com textos internacionais. A primeira a ser transmitida já foi um grande sucesso, “Os Ricos Também Choram” estreou em 1981 e até hoje é lembrada. Pouco mais de um mês estreia a primeira produção nacional, “Destino”. Com a duração extremamente pequena, variando de 50 a 60 capítulos cada, em oito anos, a emissora produziu 17 tramas nacionais, porém nenhum grande destaque. Já as mexicanas continuaram a alcançar sucesso, e em 1984 chega ao Brasil a primeira telenovela infantil, “Chispita”, trazendo Lucero ainda criança. A novela atinge excelente repercussão e audiência, sendo reapresentada outras cinco vezes. Mas foi durante a década de 90 que surgiram os maiores sucessos do canal. Em 1991, “Rosa Selvagem” com Verônica Castro, “Simplesmente Maria” com Victoria Ruffo, “Ambição” e “Carrossel” consolidam de vez o gosto do telespectador pelos folhetins do México, a infantil bate todos os recordes e torna-se um fenômeno. A Venezuelana “Topazio” explode no Brasil em 1992, como a primeira versão do clássico da menina cega que sonha em enxergar. Mais tarde, Thalia se consolida como a maior estrela latina com o sucesso de sua trilogia das Marias, que compreendem “Maria Mercedes”, “Marimar” e “Maria do Bairro”, com inúmeras reapresentações ao longo dos anos. “A Usurpadora” consagra-se como um grandioso sucesso em 1999, Gabriela Spanic vem ao Brasil e fica altamente conhecida.

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Elenco da conceituada novela “Éramos Seis”, de 1994. Com Ireve Ravache, Tarcísio Filho, Oton Basto, Jussara Freire, Jandir Feghali, Ana Paula Arósio e grande elenco.

Em 1994, a teledramaturgia atinge um novo nível com a marcante “Éramos Seis”. A saudosa trama de Dona Lola, interpretada por Irene Ravache e baseada em um romance literário, alcançou êxito surpreendente com sua história leve e familiar e elenco espetacular. Mais de dez anos após seu lançamento, ainda é lembrada e bastante pedida, pois embora seja considerada o maior clássico do SBT, teve apenas uma reprise. Revelou a atriz Ana Paula Arósio para o Brasil. No final da década, Patrícia de Sabrit estrela a famosa “Pérola Negra” e Walcyr Carrasco estreia como autor no canal com a obra “Fascinação”. A primeira trama brasileira dedicada às crianças ficou por conta da saudosa primeira versão de “Chiquititas” em 1997. Nos anos 2000, inicia-se a fase das adaptações em parceria com a Televisa, “Pícara Sonhadora” com Bianca Rinaldi, “Amor e Ódio” com Suzy Rego, “Marisol” e “Maria Esperança” com Barbara Paz, “Canavial de Paixões” e “Esmeralda” com Bianca Castanho são as mais lembradas. Adaptação genuinamente brasileira retornou apenas em 2010 com a bem feitinha “Uma Rosa com Amor”.  A Parceria foi retomada com a nova versão de “Carrossel”, sendo novamente um êxito e atualmente com “Cúmplices de um Resgate”.

As latinas voltaram à evidência com “Café com Aroma de Mulher”, a famosa novela da Gaivota e o estrondoso sucesso de “Carinha de Anjo”. “Rosalinda” trouxe o aguardado retorno de Thalia. Mais tarde, “A Madrasta”, “Rubi” e “A Feia Mais Bela” foram as últimas grandes estreias. “Rebelde” reacende a febre que algumas produções internacionais costumavam causar por aqui e, tanto a trama como o grupo “RBD” se consagraram como fenômenos. Atualmente, os dois filões fazem sucesso nas telas, nas tardes as mexicanas retornam as épocas boas e continuam com ótimo desempenho, muito em razão da atenção que voltaram a ter da Rede, enquanto nas noites, os folhetins brasileiros consolidam a dramaturgia com as infantis. Até hoje foram mais de 100 telenovelas mexicanas, que juntamente as diferenciadas nacionais, marcaram e continuam marcando gerações, com todas as suas particularidades e elementos inconfundíveis que só as novelas do SBT têm.

34 Anos

Uma data muito especial. Trata-se da mais amada emissora brasileira, a com maior número de fãs e simpatizantes, que marcou por sempre investir em atrações envolventes e familiares, com alto poder de emocionar o seu telespectador. Até as trilhas dos programas nos marcam profundamente. O canal é a vice-líder de audiência, mas o campeão no quesito emoção e sentimentos nostálgicos, até por isso é comum vermos pessoas pedindo a volta de inúmeras atrações, pois relembrá-las traz a tona muitas recordações de infância feliz, reuniões de família, tempos marcantes que infelizmente não voltam mais, porém guardados com muito carinho em nossa memória. Parabéns ao SBT pelos seus 34 anos! Que venham outros aniversários, com muito mais histórias para contar e emoções a nos marcar. A TV mais feliz do Brasil, e isso nota-se na tela, contribuiu para que a televisão brasileira fosse mais dinâmica e cada vez mais próxima do público, fazendo de todos nós, também, muito mais felizes.

Obrigado a você que acompanhou mais esse texto. Na próxima semana, a última parte do especial, não perca! Esperamos por você!

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Dyego Terra

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