Coluna: Chaves, todo o amor do Brasil para você!
Olá, queridos leitores. Está no ar uma ‘TV Nobre’ em situação extraordinária.
Confesso que estou profundamente triste. Há tempos não sentia um vazio tão grande em meu peito. Ainda não caiu a ficha.
O nosso herói morreu pela overdose do humor, um humor que ele fazia com amor e tal amor era correspondido pelo meu carinho, pelo seu carinho. Era recíproco, pois tenho certeza que ele nos amava e o carinho que o povo brasileiro tem por ele o fez tornar um brasileiro de alma.
A minha infância foi marcada por um homem que acima de tudo, tinha o espírito de uma criança travessa, de alma pura e feliz. Seus personagens marcaram a minha vida, a minha infância. Graças a você eu sei que pessoas boas amam de todas as formas, até seus inimigos, que acima das brigas o amor e a amizade deve permanecer, que uma criança gosta de comer tudo, até vinte pratos diferentes, sem a salada. Aprendi com você a apreciar as brincadeiras mais simples, a andar com tênis surrados, a fazer o “zaz” todas as vezes que eu encontro os meus melhores amigos, foi você e mais ninguém que me fez entender que para ser uma criança feliz não precisa de dinheiro algum… Eu sigo sua filosofia ao pé da letra, sigo com orgulho. Reafirmo, estou profundamente triste, de todo o meu coração.
A cada esquina de São Paulo, nas estações de metrô, dentro do ônibus, ouvi pessoas dizendo o seu nome, perguntando se era mesmo verdade a morte do mestre da simplicidade. Você de tão simples, tornou-se uma raridade. Por que você foi embora, Chavinho?
Imagino que você está sendo ovacionado aí em cima. Saiba que aqui está. Nosso carinho por você vai passar de geração em geração, porque os meus filhos vão saber quem foi o herói da minha infância, há quem eu depositava pureza e emoção. Você é merecedor do nosso amor e carinho. Você foi único, o melhor em todos os sentidos. Mestre, você jamais sairá da minha memória!
Obrigado, Chespirito, muito obrigado. Todo o amor do Brasil para você! Adeus, Chavinho.
“Quantas vezes como agora, a reunião se estendeu. Até que chegou Aurora e nos surpreendeu. As estrelas testemunham nosso amor e semelhança. Boa noite, meus amigos. Boa noite, vizinhança. Prometemos despedirmos, sem dizer “adeus” jamais, pois haveremos de nos reunirmos muitas, muitas vezes mais!”.
Até breve, vizinhança.

