Mesmo com demissões, corte de programas e situação crítica de afiliadas, Band nega crise financeira

Mesmo com demissões, corte de programas e situação crítica de afiliadas, Band nega crise financeira

Não é de hoje que o telespectador da TV Band percebe que algo de errado anda ocorrendo na emissora. A Band já chegou a ser o canal do esporte e hoje poucas competições esportivas são transmitidas. O maior destaque recente é o bom desempenho do “Jogo Aberto”, do “Brasil Urgente”, do “Jornal da Band” e das intermináveis edições do “MasterChef”. Outrora, mudanças de diretoria, cancelamento de projetos e corte de custos são frequentes.

Nas últimas semanas, afiliadas importantes da Band, em Goiás e Santa Catarina, realizaram diversas dispensas e cancelamento de telejornais locais. Em SC, funcionários reclamaram do atraso de salários e chegaram a paralisar as atividades da TV Catarina. Há também reclamações em Minas Gerais e Bahia. De acordo com informações recebidas pelo BastidoresDaTV, as afiliadas estão sem receber a verba da Rede que possuem direito, com sérios problemas financeiros. Algumas, inclusive, não descartam a migração para a RedeTV! e até o arrendamento para Igrejas.

Band nega crise, mas não comenta possíveis atrasos de verbas e possibilidade de perder afiliadas.

Enquanto isso, diversos profissionais da Band em São Paulo, interior paulista e Rio de Janeiro estão sendo dispensados e alguns programas que chegaram a ser adquiridos foram cancelados. O “Brasil Urgente” aparenta ser o mais prejudicado, o que aumentou nos bastidores o boato de uma não renovação com o jornalista José Luiz Datena, cujo contrato já estaria no fim e que possui um salário considerado alto pela emissora: R$ 650 mil. Paralelo a isso, aumenta o número de horas da programação vendidas para Igrejas e formatos “caça-níqueis”.

A situação aparentemente é desconfortável também em outras empresas do Grupo Bandeirantes. O Band Sports já não possui o direito de transmissão de grandes eventos e o Band News apresenta uma considerável decaída em sua qualidade. Vale ressaltar que a “Rede 21”, já de algum tempo está com sua programação toda arrendada para a Igreja Universal que teria oferecido R$ 400 milhões pela emissora. A Band teria pedido R$ 1 bilhão e o negócio não avançou. O arrendamento anual chega a R$ 120 milhões, pela rede de TV aberta que a Band abriu mão para tentar equilibrar suas finanças.

Procurada pela coluna, a assessoria de imprensa da Band limitou-se a afirmar que “o Grupo Bandeirantes não passa por nenhuma crise financeira”.

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