Opinião: Na cozinha de Carlos Bertolazzi, a pressão é o tempero especial

De olho em um público mais específico o SBT estreou a versão brasileira de Hell’s Kitchen. Sob o comando do experiente chef Carlos Bertolazzi, o formato mostrou um aspecto arrojado e dinâmico, e causou surpresa nos telespectadores que juravam dar de cara com algo mais simples, engessado e apático. O que foi visto na premiere do programa foi uma verdadeira explosão.

http://www.youtube.com/watch?v=60TyKJrlE3E

Trailer da 13ª temporada de Hell’s Kitchen, versão americana do “Cozinha Sob Pressão”

Aderência do pessoal de casa, resposta na audiência… Começou morno, quase esquentando. Beliscou a vice, e tirou mesmo que por alguns momentos o consagrado “Cidade Alerta” dos eixos. Fato que se repetido, trivialmente baseado nas cenas do próximo episódio é claro, trará ainda mais dor de cabeça para a concorrência.

Confinamento envolto por provas que exigem do corpo e primordialmente da lucidez, é o ponto forte do programa, que trará situações nunca vistas na TV brasileira em âmbito nacional. Conjectura benéfica também a interação do chef Bertolazzi nas redes sociais, onde se dispôs a responder críticas, dúvidas, e claro receber inúmeros elogios.

O horário mesmo que ingrato petiscou um público razoável. Cresceu a audiência no horário e criou um vínculo com a dona de casa que está prestes a começar o jantar para a família. Embora mostre fôlego para continuar por um bom tempo, “Cozinha Sob Pressão” merece um horário mais peculiar, o nobre, colocando em miúdos seria a melhor opção. É nítido que considerar a estreia é um risco, afinal o fator curiosidade está presente, porém testar é a arma mais frequente do SBT e talvez está seja apenas uma delas.

http://www.youtube.com/watch?v=KqBWjNaF5FY&list=UU-S82QSyHb-e3FddEO6Tq6w

Primeira eliminação do programa

Facilmente confundido com o MasterChef e pior considerado a cópia do formato da Band, o reality diferencia-se e muito do seu semelhante, a começar pelos participantes que no Cozinha Sob Pressão contam com uma certa experiência no ramo culinário, fato contrário ao apresentado no MasterChef, que lida apenas com aspirantes a chefs de cozinha.

Carlos Bertolazzi uniu frieza a elogios, criou simpatia e repugnância, exatamente o que o formato exigia. Na cozinha dele quem manda é ele, e não os simples coadjuvantes. O traje do ogro ganhou vida própria, tudo em prol de um bem comum, mostrar que cozinhar é uma arte que exige cuidados sob pressão. Ainda bem que Jefferson Rueda, desistiu nos 45 minutos do segundo tempo.

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