Conheça a história de “Verão 90”, nova novela das 19h da Rede Globo

Conheça a história de “Verão 90”, nova novela das 19h da Rede Globo

O Rio de Janeiro da década de 1990, a cultura efervescente da época, os acontecimentos sociais e políticos, os ‘hits’ e a moda estão presentes em Verão 90, a próxima novela das sete, que estreia no dia 29 de janeiro.

A trama vai mostrar a trajetória de três ex-astros mirins e suas mães batalhadoras, Lidiane (Claudia Raia) e Janaína (Dira Paes), cada uma a seu modo. Na infância, Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) era a menina mais amada do Brasil. E quando os irmãos Guerreiro, João (João Bravo/Rafael Vitti) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa), se juntaram a ela, a ‘Patotinha Mágica’ virou sinônimo de sucesso e mania nacional.

Mas os anos de fama e reconhecimento ficaram no passado, assim como o grupo, que terminou em meados da década de 1980. Em 1990, João é universitário e comanda um programa na rádio Maremoto FM para o público jovem. Já Manuzita é uma aspirante – com pouco talento – a atriz, que segue em busca de trabalho e conta com o apoio incondicional de Lidiane, uma ex-atriz de pornochanchada e um tanto sem noção.

Desde a infância, uma grande afinidade une Manuzita e João. Algo que sempre incomodou Jerônimo, que alimenta uma inveja e rivalidade contra o irmão e nunca abandonou o desejo de ser famoso novamente. De caráter duvidoso, Jerônimo vai lutar para reviver os dias de glória. Uma personalidade muito diferente de Janaína (Dira Paes), sua mãe. Mulher íntegra, que sempre batalhou na vida, criando os dois filhos com dignidade.

Os caminhos de João, Manuzita e Jerônimo vão se cruzar novamente. Com o reencontro do trio, sentimentos que estavam adormecidos voltam à tona. João e Manu ficam ao mesmo tempo surpresos e entusiasmados com a possibilidade de recomeçar uma história. Mesmo que para isso tenham que manter o namoro em segredo e, assim, evitar que Lidiane interfira na relação deles.

Desta vez, os dois não vão deixar escapar a chance de ficarem juntos. O que revelará que os anos de afastamento do casal, Manuzita e João, não foram suficientes para apagar o amor e afinidade entre eles.

Escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral, com colaboração de Daisy Chaves, Isabel Muniz e João Brandão, Verão 90 é comédia romântica, solar e musical. A novela tem direção artística de Jorge Fernando, direção geral de Jorge Fernando e Marcelo Zambelli e direção de Ana Paula Guimarães e Diego Morais.

A Estrelinha e a ‘Patotinha Mágica’

Desde muito cedo, Manuela Renata, mais conhecida como Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond), sabe o que é ser uma grande estrela-mirim. Referência para milhares de crianças na década de 1980, a menina teve o sucesso impulsionado principalmente pelo programa de TV infantil ‘Patotinha Mágica’, do qual era apresentadora ao lado do Cachorrão (Luiz Henrique Nogueira).

A mãe, Lidiane (Claudia Raia), é sua maior incentivadora. Do tipo empresária e assessora, ela sempre apostou todas as fichas em Manuzita: quer transformá-la na estrela que ela própria não conseguiu ser, mas, ao ver o reinado da filha ameaçado pelo possível término do programa, Lidiane tem a ideia de criar um concurso para escolher um novo integrante para a Patotinha.

A convocação de Manuzita em rede nacional cria um verdadeiro alvoroço. Afinal, que criança da época não sonha em ser um Patotinha? Com os irmãos Guerreiro não é diferente. Fãs incondicionais de Manuzita, João (João Bravo/Rafael Vitti) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa) vibram com a novidade. Janaína (Dira Paes), mãe dos meninos, é contra a ideia da participação deles no concurso, mas os dois decidem ir em busca do sonho e, sem que a mãe saiba, vão sozinhos ao local da seleção.

Enquanto João nutre um amor platônico por sua ídola, Jerônimo, ambicioso, vê na oportunidade uma maneira de ficar rico e famoso, sua grande meta de vida. A seleção atrai milhares de meninos. Já na TV, caminhando pelos corredores e completamente deslumbrado pela magia do estúdio, João encontra Manu, bem por acaso, e eles logo se aproximam. A empatia entre eles é imediata e intensa.

Quando a pequena estrela volta para o local dos testes e avisa a todos que já escolheu seu parceiro de trabalho, Jerônimo é anunciado como o novo integrante pela produção do concurso. Conclusão: os irmãos Guerreiro são escolhidos e a ‘Patotinha Mágica’ vira um trio. Sucesso estrondoso, programa de TV, agenda de shows e idolatria pelo “casal Patotinha Manu e João”. Mas o que seria o ápice da carreira do grupo – o show de Natal no Maracanã, o mais famoso estádio de futebol do Rio de Janeiro – torna-se o começo do fim. Por uma negligência, o show é interrompido, e as consequências levam ao término definitivo do trio.

Enquanto Manuzita e Lidiane permanecem no Rio, Janaína e os filhos se mudam para a fictícia Armação do Sul, cidade litorânea no Sul do país. Os anos passam, mas não são suficientes para apagar da memória os bons tempos da Patotinha. Principalmente para João e Manu. O amor puro que começou na infância e a promessa de nunca esquecerem um do outro resiste ao tempo.

E isso fica comprovado quando eles se vêem por acaso na estrada que dá acesso a Armação do Sul, já na década de 1990. João segue para a cidade a bordo de sua brasília amarela para visitar a mãe, Janaína (Dira Paes), enquanto Manuzita, com seu inseparável fusca azul, tem o mesmo destino, para tentar um papel em um filme que está sendo rodado na cidade. A mistura de sentimentos e a alegria deste reencontro vão permear toda a história e será decisivo para o casal ‘Patotinha’.

A eterna Pantera: um furacão chamado Lidiane

Excêntrica, indomável e insaciável. Tudo o que Lidiane Andrade (Claudia Raia) está longe de ser é uma mulher discreta. Do tipo que chama a atenção por onde passa, a ex-atriz e musa da pornochanchada é conhecida pelo nome artístico de ‘Lidi Pantera’ por conta dos filmes que protagonizou no passado com ‘Hércules Gatão’, o nome artístico de Herculano Mendes (Humberto Martins). Não há quem não conheça o indefectível grito de Pantera, sua marca registrada, e a admiração de alguns fãs ultrapassa gerações.

Nos anos 1990, ao lado do amigo e fiel escudeiro Jofre (Luiz Henrique Nogueira), os tempos são outros. Lidiane está sempre tentando descolar um trampo como forma de ganhar dinheiro para pagar as contas no fim do mês.

Ela não leva desaforo para casa e vive com a ideia fixa de transformar numa estrela seu maior tesouro: a filha Manu (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond). Para Lidiane, a jovem tem talento de sobra. Só ainda não foi redescoberta. As duas são cúmplices e mantêm em comum a busca pelo sonho da fama. Acontece que Manu é um tanto insegura e muitas vezes acaba sucumbindo aos devaneios da mãe para não contrariá-la.

Manuzita é esforçada. Frequenta as aulas de dança ministradas por Lidiane e está sempre disponível para fazer todos os testes de elenco para novelas e filmes que aparecem, alguns indicados pela produtora e melhor amiga, Kika (Jeniffer Nascimento). A verdade é que lhe falta algo essencial para seguir a carreira de atriz: talento.  

Guerreira até no sobrenome, Janaína é uma autêntica mãe coragem

Não há tempo ruim para Janaína Guerreiro (Dira Paes). Batalhadora, a mãe dos irmãos Guerreiro, João (João Bravo/Rafael Vitti) e Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa), vive pela felicidade dos filhos e não tem medo de trabalho. No início dos anos 1990, Janaína trabalha como cozinheira e gerente na pousada de Celestine (Bel Kutner), e aproveita para guardar dinheiro e alimentar o sonho de abrir o próprio negócio. Jerônimo também vive com a mãe em Armação do Sul, enquanto João mora no Rio, onde faz faculdade de Jornalismo e apresenta um programa na rádio Maremoto.

Apesar de Janaína ter dado o mesmo tipo de criação para os dois, João e Jerônimo tornaram-se pessoas de temperamentos bem diferentes. Sua grande preocupação é Jerônimo. Sem uma ocupação definida, o filho mais velho não estudou e vive metido em encrencas com uma turma de comparsas que pratica roubos pela cidade. Desde pequeno, Jerônimo já dava indícios de ser problemático. Janaína tinha esperança de que, com o tempo, ele encontraria seu rumo, mas os anos passaram e não houve progresso.

Depois de um delito em Armação, Jerônimo foge da cidade sem deixar rastros. E, nesse mesmo período, Janaína vê seu plano de empreender ir por água abaixo por conta da crise econômica que assola o país. Desesperada com toda a situação, ela conta com o apoio de João e se muda para o Rio de Janeiro para tentar descobrir o paradeiro de Jerônimo. Na cidade, Janaína fica na casa de sua irmã Janice (Claudia Ohana) e recomeça a vida enquanto Jerônimo, na verdade, quer mesmo é manter distância da própria mãe.

O Patotinha do mal: Jerônimo Guerreiro, mas pode chamar de Rojê

Jerônimo (Diogo Caruso/Jesuíta Barbosa) acha que a vida lhe deve algo. E muito. Nunca se conformou com o término da ‘Patotinha Mágica’ e esse episódio deixa marcas em sua trajetória. O sentimento de rejeição por Manuzita e João formarem um casal sempre o acompanhou, e Manuzita virou uma obsessão. Jerônimo tem como meta reconquistar a fama e voltar a frequentar o mundo dos ricos, poderosos e bem nascidos. E, para conseguir o que quer, o ‘Patotinha do mal’ não vai medir esforços, nem poupar quem se colocar em seu caminho.  Ambicioso, Jerônimo costuma culpar Janaína (Dira Paes) por não ter dado certo na vida. E, na busca por esse reconhecimento, o vilão é capaz de tudo.

Depois que foge para o Rio de Janeiro, ele cria uma outra identidade e passa a se apresentar a todos como Rojê, um filho de diplomata, que morou fora por muitos anos e que agora se estabelece novamente na cidade.

Assim, ele consegue se aproximar de Quinzinho (Caio Paduan), diretor da PopTV, um canal de TV musical voltado para jovens e onde Rojê deseja se infiltrar. Quinzinho é herdeiro da família Ferreira Lima e é muito bem relacionado na cidade. Tudo que Jerônimo sonha ser.

O filho de Janaína (Dira Paes) também chama a atenção de Vanessa (Camila Queiroz), que frequenta as festas de Quinzinho. Interesseira, a alpinista social está à procura de um homem rico para bancá-la e, por um tempo, tem Jerônimo como alvo. Ela também sonha com uma vaga de Vj na PopTv. Depois que descobre a verdadeira identidade do “filho de diplomata”, o vilão e a pilantra, como o próprio Jerônimo costuma se referir à Vanessa, passam a formar uma dupla explosiva. Amantes e cúmplices, os dois resolvem se unir.

Nessa jornada, ainda tem um terceiro elemento: Galdino (Gabriel Godoy), um típico malandro que faz qualquer negócio por uns trocados. Ele é a primeira pessoa que cruza o caminho de Jerônimo quando o vilão chega ao Rio. Ele se junta à dupla e faz o ‘serviço sujo’, ajudando a colocar em prática todos os planos para Jerônimo tornar-se um homem de sucesso.

A chefe do clã Ferreira Lima: Mercedes e a ganância pelo poder

A família Ferreira Lima é uma das mais tradicionais do Brasil. No Rio de Janeiro são reis. O clã formado pelo casal Mercedes (Totia Meireles) e Quinzão (Alexandre Borges) acumula negócios em diferentes áreas. Além da PopTV, o canal de TV de videoclipes, também são donos da boate Dr. Spock, do hotel Quin’s Palace, de revistas, entre outros. A influência dos Ferreira Lima é tão diversa quanto seus investimentos.

Capitaneada pelo pulso firme de Mercedes, a fortuna só cresceu ao longo dos anos para a alegria dos herdeiros Gisela (Débora Nascimento) e Quinzinho (Caio Paduan).  A matriarca está à frente de tudo e não admite deslizes. Com a filha Gisela tem uma relação difícil. Sempre que pode, humilha a jovem problemática e a culpa pela crise em seu casamento com Herculano (Humberto Martins). O caçula também tem sua vida controlada pela mãe, que pressiona para que Quinzinho marque logo a data do casamento com Larissa (Marina Moschen), também herdeira de uma família tradicional.

Outro dominado por Mercedes é Quinzão. Fanfarrão e mulherengo, ele está mais ocupado em curtir a vida. Apesar de saber dos deslizes do marido, ela faz questão de manter a imagem de família perfeita e feliz para a sociedade. Austera, a primeira-dama dos Ferreira Lima é capaz de atropelar quem ousar prejudicar seus planos e cruzar seu caminho.

No ar: PopTV – Música para ouvir, ver e sentir

Após uma temporada no Exterior, Quinzinho retorna ao Rio de Janeiro com o objetivo de criar uma emissora de TV especializada em música, semelhante a que estava conquistando os jovens nos Estados Unidos naqueles anos 1990.

Depois de receber carta branca dos pais, Mercedes (Totia Meireles) e Quinzão (Alexandre Borges), o playboy tem a ajuda dos amigos Candé (Kayky Brito) e Tobé (Bernardo Marinho) para inaugurar a PopTV, o primeiro canal de videoclipes do Brasil.

A iniciativa é um sucesso. Programas comandados por VJ descolados, as previsões da misteriosa Freda Mercúrio (Fabiana Karla), e, claro, os videoclipes dos grandes astros da música e das maiores bandas do momento provocam uma febre entre os jovens em todo o país.  

Com isso, o mulherengo Quinzinho ganha ainda mais prestígio. Agora, além de estar à frente da PopTV, ele também tem de conciliar o negócio com a atribulada vida amorosa. A amante, Nicole (Bárbara França), é a famosa VJ do canal, que vive pressionando o rapaz para assumir a relação. O empresário ainda é noivo da patricinha Larissa (Marina Moschen), mas vai ficar mesmo encantado ao conhecer a dançarina Dandara (Dandara Mariana). A fama de Quinzinho rende várias capas de revistas, e essa projeção acaba chamando a atenção de Jerônimo (Jesuíta Barbosa).

O passado de Herculano Mendes – Se arrependimento matasse…

Se existe algo que Herculano Mendes (Humberto Martins) faz questão de esquecer é seu passado como ator de pornochanchada e os filmes picantes em que atuava com o pseudônimo de ‘Hércules Gatão’. Nos anos 1990, ele se esforça para ser reconhecido como um respeitável diretor de cinema nacional e sente pavor quando é reconhecido pelo nome que o consagrou.

Desde que abandonou a carreira de ator, Herculano quer provar para si que é capaz de desenvolver um trabalho diferenciado. Depois de batalhar muito e conseguir juntar dinheiro para produzir seu primeiro longa: ‘Verões de Areia’, a realização de um sonho, ele vê seu plano desmoronar com a chegada da crise econômica e o fim dos investimentos no setor audiovisual. A filmagem que começa em Armação do Sul e que conta no elenco com estrelas como Guilherme Augusto (Mário Frias) e Sandra (Nivea Stelmann) precisa ser interrompida. A frustração com o lado profissional é amenizada quando Herculano conhece Janaína (Dira Paes).

Primeiro, ele fica encantado pelo tempero de Janaína, que é a cozinheira da pousada em que a equipe do filme está hospedada. Ao conhecer a “chef”, o diretor não esconde o fascínio. Janaína também se interessa por ele depois de muitos anos sem se apaixonar por ninguém. A empatia entre eles é forte e recíproca. Mas os dias de lua-de-mel do casal são interrompidos quando Herculano precisa retornar com urgência para o Rio em função de um imprevisto com a filha Isadora (Duda Wedling). Os dois não conseguem se despedir, e Janaína fica arrasada acreditando que Herculano não levou a sério a história que viveram.

Já no Rio, o diretor está num casamento em crise e prestes a se separar de Gisela (Débora Nascimento). Há anos, Herculano e Gisela vivem um relacionamento conturbado, que é instável e problemático em função das crises de ciúmes e da insegurança de Gisela. A mãe de Isadora faz de tudo para chamar a atenção do marido. Herculano tenta pôr um fim no relacionamento, mas Gisela sempre pede uma nova chance com a promessa de mudar seu jeito infantil e mimado. Esse imbróglio amoroso será um obstáculo para a relação entre o cineasta e Janaína, apesar da grande paixão dos dois.

As cartas não mentem – O tarô certeiro e as visões de Madá

Visão além do alcance. Avisos e muita intuição. Desde jovem, Madá (Fabiana Karla) tem o dom da premonição. As visões aparecem de repente e sem aviso prévio. Algumas vezes, meio nebulosas e pouco precisas, em outros momentos, bem claras e assertivas. É justamente o dom de Madá que vai transformá-la numa das maiores videntes do Brasil. Nem a própria poderia prever que viraria uma celebridade do dia para noite. Casada com Álamo (Marcos Veras), um surfista que viaja o mundo em busca de altas ondas e que costuma trazer tecidos de Bali, é ela quem aconselha o amado a batizar de Top Wave a grife de camisetas descoladas que Álamo resolve lançar e o agora ex-surfista vira um empresário de sucesso.

Numa outra ocasião, ao assistir pela televisão a VJ Nicole (Bárbara França) em ação num programa na PopTV, Madá tem mais uma de suas visões. Desta vez, uma sensação ruim e uma forte necessidade de avisar a moça que ela corre perigo. Sem medir as consequências, Madá, disfarçada, invade o estúdio do programa ao vivo. Resultado: recorde de audiência da atração, e o mistério envolvendo a identidade daquela figura exótica toma conta de todos. A partir daí, surge a personagem Freda Mercúrio. Freda é um sucesso nacional. A personagem criada por acaso por Madá ganha uma atração na PopTV. No programa, ela faz previsões para os astros da música e também anuncia suas premonições para as mais diversas áreas, algo que nem os mais visionários da época seriam capazes de imaginar.

Os irmãos Brasil – Malemolência e cumplicidade

Patrick (Klebber Toledo) e Dandara (Dandara Mariana) são baianos e irmãos por parte de mãe. Os dois vivem juntos no Rio num pequeno apartamento num conjunto habitacional, na Zona Sul do Rio, e, assim como todos os moradores do local, são pessoas simples e batalhadoras. Patrick e Dandara são filhos de uma baiana “retada” que mora no Nordeste, e Patrick é fruto de um rápido relacionamento que Mainha teve com um holandês, no passado.

Dandara é um verdadeiro furacão de suingue. Dançarina talentosa, tem a malemolência típica das dançarinas de lambada e arrasa sempre nas pistas de dança, enquanto o irmão é a timidez em pessoa. Patrick ganha a vida como eletricista e, apesar do jeito introspectivo, chama a atenção das mulheres, entre elas, Lidiane (Claudia Raia), que cai de amores pelo jovem depois que ele é chamado para fazer um serviço em sua casa.

O encantamento é mútuo e os dois acabam se aproximando. Dandara também tem o poder de chamar a atenção das pessoas. Tanto que Quinzinho (Caio Paduan), o herdeiro dos Ferreira Lima, se deslumbra ao conhecê-la, a ponto de quase enlouquecer de amor. A relação entre os dois fica conturbada, já que Quinzinho tem dificuldade de assumir o romance com a dançarina por medo da reação da mãe Mercedes (Totia Meireles). Já Dandara não aceita a posição de amante. Depois de colocar um ponto final na história, ela resolve focar na carreira. Seu talento vai levá-la a muitos lugares e mudar completamente sua vida.

Explosão de cores no visual e na maquiagem

Quando se pensa na década de 1990, o figurino e a maquiagem indicam um colorido onipresente. O retorno do estilo da década, inclusive, está inspirando a moda atual com diversas referências. São peças multicoloridas, cores de batons mais marcantes, jeans com modelagens maiores, estampas fluorescentes e muitos acessórios que faziam sucesso na década de 1990 e que estão de volta.

Baseada nesta proposta, a figurinista Marília Carneiro conta que o conceito apresentado em ‘Verão 90’ é justamente uma explosão de cores. “Espero tocar a todos com lembranças de um passado tão recente. Cada personagem tem seu estilo próprio. Aqueles que lançam moda, os ricos, os populares e os jovens”, enumera Marília: “Usamos um colorido alegre e vivo nos figurinos, mas vocês vão perceber que estamos marcando a época, mais fortemente, nos looks do elenco de apoio. Com os personagens da novela estou trabalhando com mais liberdade, pontuando as principais referências, sem muitos exageros”, completa.

Para a Manuzita, de Isabelle Drummond, o estilo “gatinha” da época é o carro-chefe. O figurino é colorido, com direito a bandanas que ela usa em forma de tiara ou como cinto nos shorts, camisas xadrez de flanela com nó nas pontas que concede um charme a mais, e sandálias com corda ou plataforma de cores marcantes.

A caracterizadora Lu Moraes conta que se inspirou no visual das atrizes da série americana ‘Friends’ para compor os cabelos e as maquiagens das personagens da trama. Manuzita, por exemplo, tem características da Rachel, de Jeniffer Aniston. “A minha maior referência para quase todos os personagens foi a série. Queríamos uma proposta mais limpa e minimalista na maquiagem para contrastar com o visual mais chamativo do figurino”, explica.  

Já para Lidiane, personagem de Claudia Raia, a ordem é extravagância em cena. Estampas de onças, peças douradas, brincos grandes e as calças  legging estampadas, que são a marca da Pantera. João Guerreiro, papel de Rafael Vitti, é o típico surfista “menino do Rio”, e Janaína, de Dira Paes, é uma espécie de Gabriela revisitada, a famosa personagem da obra de Jorge Amado. “Uma beleza de beira de praia, naturalmente sexy, com vestidos floridos e estampados”, descreve a figurinista. Segundo Marília, a personagem camaleônica da trama é Vanessa (Camila Queiroz): “Através da Vanessa, que vai encarar vários tipos e disfarces dentro da história, temos a oportunidade de brincar com diferentes possibilidades”, explica.

Responsável por criar acessórios e combinações que viraram febre em todo o país, entre elas, a icônica sandália vermelha de salto com as meias coloridas de lurex usada por Julia Mattos, papel de Sônia Braga em ‘Dancin’Days’, ou o anel-pulseira utilizado por Jade (Giovanna Antonelli) em ‘O Clone’, Marília Carneiro tem suas próprias apostas para ‘Verão 90’. “Acho que as gravatas e suspensórios usados por personagens femininos trazem um charme especial para o figurino, além de outras surpresas que torço para que agradem o público”, aposta.

A Zona Sul do Rio de Janeiro com a atmosfera dos anos 1990

Transportar o público para o clima de descontração dos anos 1990, no Rio de Janeiro, através de lugares que marcaram aquela época. Assim, a dupla de cenógrafos José Claudio e Eliane Heringer define o conceito da cidade cenográfica construída nos Estúdios Globo. “Estamos fazendo uma homenagem à esquina mais famosa do Baixo Leblon nos anos 1990, com seus bares, lanchonetes, lojas e as diversas galerias comerciais de Ipanema e Leblon que ditavam um estilo para o Rio e para o Brasil”, explica José Claudio. Alguns bares e restaurantes inspirados nos ícones do Baixo Leblon daquela década e muitas outras referências estão presentes na cidade cenográfica. Lá, eles foram batizados com os nomes de Pizzaria Rio de Janeiro, restaurante Real Astral, Hexagonal e Z.Z Lanches, entre outros. A boate Doutor Spock, a Galeria 405, e a PopTv, o canal de música, também são pontos de encontro de vários personagens. “Temos a galeria que é um centro comercial com 19 lojas nos moldes das existentes nos bairros, na época. Muitos desses locais, inclusive, existem ainda hoje”, ressaltam.

Além de Ipanema e Leblon, tradicionais bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro, há ainda uma outra cidade cenográfica onde foi construído o prédio inspirado no Conjunto Habitacional Marquês de São Vicente, popularmente conhecido como Minhocão, e que serve de cenário para vários personagens como a família de Janice (Claudia Ohana), os irmãos Dandara (Dandara Mariana) e Patrick (Klebber Toledo), entre outros. “O maior desafio é reproduzir um passado recente que ainda está muito na lembrança das pessoas. Como não estamos reproduzindo um ano específico e sim um período de uma década, isso nos dá um pouco mais de flexibilidade”, conta Eliane.

Para os cenários de estúdio, que são os interiores das casas, a ideia é utilizar materiais, estampas, revestimentos, móveis e objetos que eram corriqueiros na época e, que hoje, já estão em desuso como a moda de manter na sala um pequeno bar com direito a taças penduradas. “Garimpamos muitos objetos em brechós e temos uma lembrança viva daquela época, que não é tão distante, mas que mudou muito em termos de tendência”, lembra Eliane. O produtor de arte Luiz Pereira também recorreu ao acervo da Globo, além de brechós e colecionadores para reunir objetos de cena que hoje não são mais tão comuns.

Há 35 anos na Globo, a dupla José Claudio e Eliane Heringer mantém uma parceria de longa data com o diretor Jorge Fernando. Juntos fizeram, nos anos 1990, as novelas ‘Rainha da Sucata’, ‘Vamp’, ‘Vira Lata’ e ‘A Próxima Vítima’. “É muito bacana essa oportunidade de trabalhar numa novela da década de 1990 em que algumas das referências são nossos próprios projetos, novelas antigas e que fizemos juntos com o Jorge”, celebram.

Entrevista com as autoras Izabel de Oliveira e Paula Amaral

Formada em Teatro e Jornalismo e com mestrado em Literatura Comparada, Izabel de Oliveira antes de ser autora de novela, já se dedicava ao estudo do gênero. Começou a carreira na década de 1990 e está na Globo desde 2000, colaborou em sete novelas, entre elas ‘Insensato Coração’, de Gilberto Braga, e Ricardo Linhares e ‘Duas Caras’, de Aguinaldo Silva. Em 2005 e 2006 assinou como titular, ao lado de Paula Amaral, duas temporadas de ‘Malhação’. Assinou as novelas ‘Cheias de Charme’ e ‘Geração Brasil’, em parceria com Filipe Miguez.

Paula Amaral também entrou na Globo em 2000, através da Oficina de Humor e, no mesmo ano, estreou como colaboradora em ‘Malhação’ permanecendo até 2004. Em 2005 e 2006, assinou como titular, ao lado de Izabel de Oliveira, duas temporadas da crônica jovem. No ano seguinte, dividiu a autoria da temporada de ‘Malhação’, com Marcio Wilson. Em 2012, Paula escreveu ‘Acampamento de Férias 3’, minissérie estrelada por Renato Aragão e no mesmo ano foi colaboradora em ‘Cheias de Charme’. Ainda em parceria com Izabel de Oliveira foi colaboradora em ‘Geração Brasil’. Já em 2014 assinou o seriado ‘Segunda Dama’, estrelado por Heloisa Périssé.

‘Verão 90’ se passa nos anos 1990, no Rio de Janeiro. Como surgiu a ideia de ambientar a história nesta década?

Izabel – Acho essa década emblemática por conta do salto tecnológico que refletiu nas relações interpessoais. O que era ultra moderno pro jovem da época, soa como pré-história para o jovem que já nasceu na era digital. As mudanças que aconteceram nesse período originaram esse jovem antenado (para usar uma palavra de época) e conectado de hoje. É o Rio de Janeiro de um período em que a cidade era, ao mesmo tempo, o centro das atenções, mas parecia também tudo muito provinciano. Todo mundo se conhecia, se esbarrava nos mesmos lugares… A chegada do verão era uma grande festa. E é esse o espírito que queremos resgatar com essa história. ‘Verão 90’ vai se passar num grande verão, que vai começar em Janeiro e vai até o fim da história.

Paula Quando a gente olha para trás e vai ver os hábitos, os costumes daquela época, nos parece tudo muito distante, mas, na verdade, aconteceu ontem. O mundo mudou profundamente nos últimos anos, então ter a oportunidade de apresentar essa atmosfera para os jovens, para aqueles que não viveram os anos 1990, é muito bacana, assim como trazer a memória afetiva para aqueles que viveram tudo intensamente.

A trama de ‘Verão 90’ gira em torno dos três ex-astros mirins que após o fim da ‘Patotinha Mágica’, seguem rumos diferentes. Como surgiu a inspiração para esse enredo?

Paula – O assunto da pós-fama, por si só, é algo muito interessante. Quando pensamos que fim levou aquele cantor mirim, ou a atriz que quando pequena era uma estrela, o astro de Hollywood que era a criança mais idolatrada do mundo e que depois simplesmente desapareceu, então temos um leque de oportunidades para explorar. Além da atmosfera dos anos 1990, que é um período rico, efervescente, dinâmico e pouco explorado na dramaturgia. Fazer a novela ambientada neste período partiu da vontade de revisitar uma época que vivemos intensamente e com a qual temos uma forte relação afetiva.

Izabel – Temos como referências os grupos infantis da época como Balão Mágico, Trem da Alegria, e a trajetória de atores como Shirley Temple, Macaulay Culkin… Mas, mais do que isso, ‘Verão 90’ é uma história de reencontro, dentro dessa atmosfera dos anos 1990, de três pessoas que viveram o auge do sucesso no passado, quando crianças, e que por circunstâncias do destino seguiram rumos e trajetórias diferentes e agora precisam conviver com o fim da fama, tem que batalhar para estar de novo na crista da onda.

Os Anos 1990 serão mais do que pano de fundo nessa novela. Quais aspectos e acontecimentos daquela década estarão presentes na história?

Izabel – A década de 1990 é cenário e personagem da nossa história, mas não podemos esquecer que é uma ficção, então não há um rigor para se retratar fielmente os acontecimentos históricos. De todo modo, vamos passear por vários momentos da época, fazendo referências a eventos como a Copa do Mundo, as praias do Rio, as vitórias e morte de Ayrton Senna, questões políticas, o ouro no vôlei nas Olimpíadas, a chegada do microondas, os telefones sem fio com secretária eletrônica, o CD e etc.

Paula – Fomos beber da fonte dos anos 1990. Vimos que tinha muita história boa para ser contada e referências em diferentes áreas como a música, que terá um papel fundamental na novela, a moda, e até mesmo as novelas daquela época, entre outros.

Como está sendo a experiência de desenvolver uma trama sem considerar os recursos tecnológicos contemporâneos?

Paula – É um grande exercício para nós. Porque tem soluções numa trama contemporânea em que o celular, uma mensagem de texto, um e-mail ou o GPS resolvem tudo. Em ‘Verão 90’ não teremos essa possibilidade. Numa cena temos um personagem que ouve uma conversa pela extensão de um telefone fixo. Hoje em dia, quem tem 18, 20 anos, nem imagina o que significa isso.

Izabel – É bem interessante porque precisamos driblar os artifícios tecnológicos, o que acaba criando outras oportunidades para desenvolver as tramas, os conflitos e a própria relação entre os personagens, que era bem diferente se comparada aos dias atuais. Hoje temos as redes sociais e tantas outras formas de nos comunicar sem ter o ‘olho no olho’ como era mais comum num passado recente.

Qual a mensagem de ‘Verão 90’ na opinião de vocês?

Izabel – É uma história que mostra a perseverança das pessoas por seus ideais e convicções. Eu acho que acima de tudo é uma novela que fala de ética. O Jerônimo, que é o personagem que conduz o início da trama, acha que ser honesto é uma perda de tempo, já Janaína e João acreditam que é possível vencer sem passar por cima de ninguém. E personagens como o Diego, do Sergio Malheiros, mostram que não basta ter mérito pra quem não tem oportunidade. Temos grandes figuras femininas também, mulheres guerreiras e que, apesar de todas as dificuldades, lutam pelos seus, por sua felicidade e para transformar a realidade em que vivem. Lutam por dias melhores de forma ética e justa, como é o caso de muitas brasileiras.

Paula – Acho que a novela resgata muito a alegria, a irreverência dos anos 1990 através da música, do romance e das relações. Um folhetim que é atual, mas com a cara dos anos 1990, e que traz a questão sobre vencer na vida de forma ética, sem precisar prejudicar o próximo.

Entrevista com o diretor artístico Jorge Fernando e com o diretor geral Marcelo Zambelli

Jorge Fernando é ator, diretor e dramaturgo. Começou sua carreira na Globo como ator, em 1978. Como diretor, seu primeiro trabalho foi Jogo da Vida, com Silvio de Abreu. Depois vieram ‘Guerra dos Sexos’, ‘Cambalacho’, ‘Que Rei sou Eu?’ e ‘Rainha da Sucata’, entre outros. Também foi diretor artístico em ‘Chocolate com Pimenta’, ‘Alma Gêmea’, ‘Sete Pecados’, ‘Caras e Bocas’, os remakes de ‘Ti Ti Ti’ e ‘Guerra dos Sexos’. Esteve à frente da minissérie ‘Dercy de Verdade’ e de ‘Êta Mundo Bom!’. Além de seus trabalhos na televisão, Jorge Fernando fez carreira no teatro e no cinema. Entre seus maiores sucessos nos palcos estão ‘No Escurinho do Cinema’, ‘Os Duelistas’, ‘Pequeno Dicionário Amoroso’ e ‘Boom’, espetáculo em que o artista canta, dança e interpreta vários personagens. Nas telas, dirigiu ‘Sexo, Amor e Traição’ e ‘A Guerra dos Rocha’, entre outros. Em 2012, levou para o teatro ‘Salve Jorge’, um espetáculo autobiográfico que reúne histórias vividas por ele no teatro, no cinema e na TV.

Marcelo Zambelli é parceiro antigo de Jorge Fernando. Juntos trabalharam em novelas como ‘Êta, Mundo Bom!’, ‘Caras e Bocas’, ‘Ti Ti Ti’, ‘Alto Astral’, ‘Guerra dos Sexos’, ‘Sete Pecados’, além de ‘Bambuluá’ e ‘Flora Encantada’, estrelados por Angélica. Também trabalhou em ‘Rock Story’ e ‘Segundo Sol’ e atualmente é o diretor geral de ‘Verão 90’.

Como você define ‘Verão 90’?

Jorge Fernando – É uma novela com muito humor, romance, emoções, música… O grande barato de dirigir uma novela como esta é poder homenagear o gênero. É uma história que mostra a trajetória dessas crianças que foram muito famosas e como elas estão agora nos anos 1990, período em que a novela é ambientada.

Marcelo Zambelli – Acho que temos dois ingredientes muito fortes: é uma novela com o espírito da década de 1990 e com a cara do Rio de Janeiro. O verão era muito marcante nessa época, no Rio. Sempre foi um acontecimento. Aliado a isso, é também uma história muito boa, que acontece dentro de uma década que ainda foi pouco explorada dramaturgicamente.

‘Verão 90’ traz os grandes hits e sucessos da década. Como foi a seleção musical?

Jorge Fernando – São gravações originais, grandes clássicos dos anos 1980 e 1990. O que o povo ouvia e dançava na época… Temos Legião Urbana, Cazuza, Bethânia, além dos sucessos internacionais.  Estamos acessando a memória afetiva das pessoas, uma viagem no tempo através desses sucessos. Os temas da Lidiane (Claudia Raia) são Rosana com o clássico ‘O amor e o poder’ e ‘Freak Le Boom Boom’, sucesso da Gretchen. Também temos Maria Bethânia, que embala as cenas de Dira Paes com ‘As Canções Que Você Fez Pra Mim’, e muitas outras músicas com a cara do verão como ‘Uma Noite e Meia’, da Marina Lima, ‘Menino do Rio’, entre outros.

Marcelo Zambelli – Poder reviver esse clima de nostalgia através dessas músicas que muita gente conhece é uma diversão à parte. É tudo muito vivo na nossa memória. E era uma época de muita alegria.

Jorginho, ‘Verão 90’ é uma comédia romântica com humor, um típico folhetim. Como você avalia a sua retomada ao gênero que o consagrou nos anos 1990?

Jorge Fernando – É uma novela da minha época, da época do Zambelli… É um período que atinge em cheio o consciente e o inconsciente das pessoas. Você vê uma ficha de telefone e se emociona. Porque tem gente que não sabe nem o que era um orelhão, né? (risos). O próprio elenco mais jovem se surpreende com a quantidade de coisas que eles não viveram e que resultou neste mundo de hoje que está aí. A gente tinha um espírito desbravador naquela época. Tenho 36 novelas no currículo fora os programas, minisséries e musicais. Ter, agora, a possibilidade de criar mil outras possibilidades é muito bom.

Você tem 40 anos de carreira, já trabalhou e dirigiu novelas e séries de praticamente todos os autores da Globo e agora trabalha pela primeira vez com as autoras Izabel de Oliveira e Paula Amaral. Como está sendo essa parceria? E pra você, Marcelo Zambelli?

Jorge Fernando – Quando eu li a sinopse da novela tive uma identificação imediata. Uma novela colorida, para cima, alto astral. O texto da Izabel e da Paula é ágil, interessante e com vários ganchos. Acredito que o público vai curtir também.

Marcelo Zambelli – É a minha primeira vez trabalhando com a Paula e a Izabel, mas a parceria se estabeleceu desde o início. Com Jorginho tenho uma história mais longa. O texto delas é incrível e traz todo o clima daquele período que foi tão efervescente e alegre.

Perfil dos personagens:

Patotinha Mágica

Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) – Linda, carismática, Manu é uma ex-estrela mirim que luta para voltar ao estrelato, apesar de não ter talento. É apaixonada por João Guerreiro (João Bravo / Rafael Vitti), seu antigo companheiro do grupo ‘Patotinha Mágica’, e filha de Lidiane (Claudia Raia). Também será disputada por Jerônimo (Jesuíta Barbosa), seu antigo companheiro de grupo.

João Guerreiro (João Bravo/ Rafael Vitti) – Filho de Janaína (Dira Paes) e irmão de Jerônimo (Diogo Caruso/ Jesuíta Barbosa), é um rapaz bom caráter e de bem com a vida. Surfista nas horas vagas, ele comanda um programa na rádio e é estudante de Comunicação.  Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) é seu primeiro e grande amor.

Jerônimo Guerreiro/Rojê (Diogo Caruso/ Jesuíta Barbosa) – O mais velho dos irmãos Guerreiro sempre teve raiva do brilho de João (Rafael Vitti). O filho de Janaína (Dira Paes) e um tipo invejoso, que sonha em ser rico e reconquistar a fama.  No Rio, adota o pseudônimo de Rojê, e terá em Vanessa (Camila Queiroz) uma grande cúmplice.

Jofre, Cachorrão (Luiz Henrique Nogueira) – Nos tempos da ‘Patotinha Mágica’, Jofre era o personagem Cachorrão. Com o término do grupo, seguiu como fiel escudeiro de Lidiane (Claudia Raia) e grande amigo de Manuzita (Isabelle Drummond).

As mães

Lidiane (Claudia Raia) – Ex-atriz de pornochanchada, conhecida como Lidi Pantera, é a mãe de Manuzita (Melissa Nóbrega/Isabelle Drummond) e a extravagância em pessoa. Em 1990, é professora de dança e sonha com o estrelato para a filha. Mantém uma eterna rivalidade com Janaína (Dira Paes) e vai se envolver com Patrick (Klebber Toledo).

Janaína Guerreiro (Dira Paes) – Mulher guerreira e ética, criou os filhos João (João Bravo / Rafael Vitti) e Jerônimo (Diogo Caruso/ Jesuíta Barbosa) sozinha. Cozinheira de mão cheia, sonha em ter o próprio negócio. Ao se apaixonar por Herculano (Humberto Martins) irá enfrentar muitos obstáculos para viver esse amor.

Núcleo dos Ferreira Lima

Quinzão (Alexandre Borges) – Fanfarrão e mulherengo, é casado com Mercedes e dominado por ela. Pai de Gisela (Débora Nascimento) e Quinzinho (Caio Paduan), a família é dona de um império de comunicação e do canal PopTv.

Mercedes (Totia Meireles) – Dominadora, Mercedes é a matriarca dos Ferreira Lima e costuma controlar a vida dos filhos, Gisela (Débora Nascimento) e Quinzinho (Caio Paduan). Faz vista grossa para as escapadas de Quinzão (Alexandre Borges), e é do tipo que atropela quem cruzar o seu caminho.

Quinzinho (Caio Paduan) – Playboy, filho de Mercedes (Totia Meireles) e Quinzão (Alexandre Borges), inaugura a PopTV e fica ainda mais popular. Bon-vivant como o pai, mantém um caso com Nicole (Barbara França) e é noivo de Larissa (Marina Moschen). Sua vida muda quando conhece a dançarina Dandara (Dandara Mariana).

Gisela (Débora Nascimento) – Linda e frágil, sofre pela relação conturbada com a mãe, Mercedes (Totia Meireles). Mãe de Isadora (Duda Wedling) e casada com Herculano (Humberto Martins), ela tenta a todo custo manter o casamento. Costuma fazer escândalos para desespero da família.

Isadora (Duda Wendling) – Filha de Gisela (Débora Nascimento) e Herculano (Humberto Martins), ela tem mais maturidade que a própria mãe. Esperta e prestativa, a menina percebe que a relação dos pais não é das melhores e tenta ajudá-los.

Herculano (Humberto Martins) – Ex-ator de pornochanchada, sente vergonha do passado e da época em que formava dupla com Lidi Pantera (Claudia Raia).  Determinado e correto, Herculano quer se firmar como diretor de cinema e está empenhado em produzir seu primeiro longa. Está em crise no casamento com Gisela (Débora Nascimento) quando se apaixona por Janaína (Dira Paes).

Larissa (Marina Moschen) – Irmã de Candé (Kayky Brito) e noiva de Quinzinho (Caio Paduan), fica em dúvida sobre a relação ao conhecer Diego (Sergio Malheiros). Bom caráter, ela é alvo fácil da interesseira Vanessa (Camila Queiroz), que se diz sua grande amiga.

Os pilantras

Vanessa Dias (Camila Queiroz) – Alpinista social, não mede esforços para subir na vida e frequentar as altas rodas. Ao lado de Jerônimo (Jesuíta Barbosa), de quem é cúmplice e amante, vai formar uma dupla imbatível. Seu sonho é ser Vj da PopTV. 

Galdino (Gabriel Godoy) – Malandro, Galdino vive de bicos e topa qualquer trabalho por dinheiro. Quando Jerônimo (Jesuíta Barbosa) chega ao Rio e adota o nome de Rojê, Galdino será uma espécie de executor de trabalhos escusos.

PopTV

Madá / Freda Mercúrio (Fabiana Karla) – Sensitiva e vidente, é esotérica e tem o dom da premonição. Casada com Álamo (Marcos Veras), ela tem visões do futuro e vai ganhar fama com a personagem Freda Mercúrio, na PopTv.  

Nicole Ferraz (Bárbara França) – VJ da PopTV e principal estrela do canal, é amante de Quinzinho (Caio Paduan).

Candé (Kayky Brito) – Irmão de Larissa (Marina Moschen), Candé trabalha na PopTV ao lado do amigo Quinzinho (Caio Paduan). Playboy preconceituoso, ele está sempre metido em brigas.

Tobé (Bernardo Marinho) – Ao lado de Candé (Kayky Brito) e Quinzinho (Caio Paduan), eles formam um trio inseparável. Um tanto devagar nas ideias, Tobé é aquele típico ‘sem noção e vai se apaixonar pela hippie Diana (Maria Carol).

Álamo (Marcos Veras) – Casado com Madá (Fabiana Karla), é surfista e viaja o mundo. Numa dessas idas ao exterior, ele traz tecidos de Bali para vender no Brasil e vai criar a Top Wave, grife descolada de camisetas.

Kika (Jeniffer Nascimento) – Melhor amiga de Manuzita (Isabelle Drummond), é uma produtora descolada e independente.

Vera Regina (Renata Motta Lima) – Secretária da PopTV. Eficiente e responsável, Vera vive atrapalhada com as modernidades da época.

Manjubinha (Felippe Luhan) – assistente administrativo da emissora.

  

Irmãos Brasil

Dandara (Dandara Mariana) – Irmã de Patrick (Klebber Toledo), Dandara é dançarina de lambada. Determinada e talentosa, a dançarina encanta Quinzinho (Caio Paduan) com seu molejo.

Patrick (Klebber Toledo) – Meio-irmão de Dandara (Dandara Mariana). Tímido e prestativo, trabalha como eletricista e tem uma clientela fiel. Chama muita atenção das mulheres e é surfista nas horas vagas. Fica enlouquecido ao conhecer Lidiane (Claudia Raia) e terá um romance com a Pantera.

 Família Oliveira

Janice (Claudia Ohana) – Irmã e confidente de Janaína (Dira Paes), é casada com Otoniel (Val Perré) e mãe de Diego (Sergio Malheiros) e Clarissa (Alana Cabral). Ela trabalha na confecção de Álamo (Marcos Veras), é ética e justa. Janice recebe a irmã quando ela se muda para o Rio de Janeiro.

Otoniel (Val Perré) – Marido de Janice (Claudia Ohana) e pai de Diego (Sergio Malheiros) e Clarissa (Alana Cabral), Otoniel é um homem bom e trabalhador. É garçom e braço direito de Raimundo (Flavio Tolezani) no restaurante Baião de Dois, especializado em comida nordestina e que faz sucesso em Ipanema.

Diego (Sérgio Malheiros) – Filho de Janice (Claudia Ohana) e Otoniel (Val Perré), passa por uma situação de preconceito racial que muda os planos de sua vida. Ele vai se apaixonar pela patricinha Larissa (Marina Moschen), mas a diferença social entre eles vai dificultar o relacionamento entre os dois.

Clarissa (Alana Cabral) – Irmã caçula de Diego (Sérgio Malheiros), é espevitada e alegre. Ela é uma das alunas das aulas de dança de Lidiane (Claudia Raia).

Núcleo do jornal Notícias Cariocas 

Moana (Giovana Cordeiro) – Estudante de Jornalismo, é grande amiga de João (Rafael Vitti), por quem também nutre uma paixão antiga.

Murilo (Marcelo Valle) – Repórter de jornal sensacionalista, ele está sempre atrás de furos de reportagens.

Codorna (Ivo Gandra) – fotógrafo do jornal e parceiro de Murilo.

Núcleo Baião de Dois

Raimundo (Flavio Tolezani) – Dono do Baião de Dois, restaurante famoso de comidas nordestinas em Ipanema, é hoje um empresário bem-sucedido, apesar da origem humilde. É apaixonado por Janaína (Dira Paes) e vai ajudá-la a conquistar seus sonhos.

Lacerda (André Junqueira) – Maître do restaurante Baião de Dois, de propriedade de Raimundo (Flavio Tolezani).

Armação do Sul

Celestine (Bel Kutner) – Dona de uma pousada em Armação do Sul, ela é muito amiga de Janaína (Dira Paes), que no início da trama trabalha como gerente de sua pousada.

Tutano (Bernardo Mendes) – É o líder de uma gangue de surfistas que vive de pequenos roubos e furtos em Armação do Sul. É comparsa de Jerônimo (Jesuíta Barbosa).

Louro (Fabio Beltrão) – Integrante do bando de Tutano (Bernardes Mendes).

Magaiver (Ricardo Vianna) – Comparsa falastrão de Tutano (Bernardes Mendes).

Guilherme Augusto (Mario Frias) – Ator famoso que integra o elenco do filme de Herculano (Humberto Martins).    

Sandra (Nívea Stelmann) – Atriz do filme de Herculano (Humberto Martins), ela faz a linha perua e afetada.

Outros personagens:

Ticiano (Ícaro Silva) – Famoso cantor de Lambada vai descobrir o talento de Dandara (Dandara Mariana) e transformá-la em sua dançarina oficial.

Diana (Maria Carol) – Irmã de Herculano (Humberto Martins), é musa da praia e tem um estilo hippie. Vai se apaixonar pelo playboy Tobé (Bernardo Marinho).

Figueirinha (Lucas Domso) – Motorista e faz-tudo de Mercedes (Totia Meireles) é um sujeito misterioso e calado. Muito eficiente, está sempre a postos para atender as ordens da patroa.

Catraca (Orlando Caldeira) – Amigo de Diego (Sergio Malheiros). Boa praça, está sempre disposto a ajudar os outros.

Ondina (Lana Guelero)  Dona da pensão do Catete.

Floriano (Alexandre David) Gerente da confecção de Álamo (Marcos Veras).

Dirce (Marilia Martins) Vendedora na confecção de Álamo (Marcos Veras) e melhor amiga de Janice (Claudia Ohana).

Marta (Renata Imbriani) – Empregada da casa de Mercedes (Totia Meireles).

Tânia (Marcela Siqueira) – Babá de Isadora (Duda Wedling) ela cuida também de Gisela (Débora Nascimento).

Horácio (Ricardo Martins) – Gerente do hotel Queen Palace, de propriedade da família Ferreira Lima.

Pin It on Pinterest