Anitta dá uma “Paradinha” no ‘Conversa com Bial’ desta quinta-feira (15)

Anitta dá uma “Paradinha” no ‘Conversa com Bial’ desta quinta-feira (15)

Quando Anitta nasceu, em 1993, Ariano Suassuna já ocupava uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e uma na Academia Pernambucana de Letras. De formações e segmentos distintos, ambos têm ao menos duas coisas em comum: são nomes bastante representativos da cultura popular brasileira e são tema do ‘Conversa com Bial’, nesta semana. A cantora, que tem apenas 24 anos, é a convidada do programa desta quinta-feira, dia 15, enquanto Suassuna, que faria 90 anos no dia 16, é homenageado por amigos na atração de sexta-feira, dia 16.

As últimas semanas foram de comoção geral em torno de Anitta. A musa, que já era mais do que conhecida em solo brasileiro, aterrissou nos Estados Unidos e no México; cantou com Iggy Azalea, Maluma, Wesley Safadão, Major Lazer e Pabllo Vittar; e lançou uma nova música que conquistou sete milhões de visualizações no YouTube em apenas um dia. Sinais bem claros de onde ela quer e onde ela ainda pode chegar. “Aqui no Brasil, ainda existe muito preconceito comigo por conta do ritmo que eu canto, por ser muito nova, por rebolar, por fazer plástica e assumir. Eu vim da favela, vim do nada, não tenho nenhum milionário injetando dinheiro em mim. Então, eu precisava do meu país para ter essa força toda para ir para fora. Fui planejando essa quebra de barreiras e rótulos aos poucos”, explica a moça, que assume toda a administração de sua própria carreira.

Defensora do funk como expressão da cultura da nossa sociedade, ela tem levado ao conhecimento de outros povos algumas palavras em português. “A palavra ‘bunda’ está se internacionalizando graças à Anitta”, comenta Pedro Bial, que quer saber o que significa, então, a famosa “Paradinha”. “Paradinha é um ‘quadradinho’ com outro nome, porque o Brasil já enjoou desse termo”, diz a moça, referindo-se a outro sucesso do ritmo e mostrando como é que se faz a tal coreografia. Ao lado de suas bailarinas, ela ainda tem tempo de ouvir uma declaração do apresentador: “Morro de orgulho dessa menina.”

Já na sexta-feira, é a vez de dedicar espaço a um dos nossos maiores escritores. “Para falar do artista, vamos pelo caminho do afeto: falar com três amigos de Ariano Suassuna”, apresenta Bial, recebendo o cineasta e diretor Guel Arraes, o ator Luiz Carlos Vasconcelos e o jornalista Gerson Camarotti. O trio, tão presente na vida de Suassuna, revela os momentos que teve ao lado do escritor e conta detalhes da personalidade única do amigo. “Ele era um palhaço exemplar, sem nariz”, brinca Luiz, ao assistir no telão um trecho em que o poeta paraibano critica o Natal. Gerson relembra como o conheceu: “Quando bati na casa dele, achei que ia ser muito protocolar. Mas ele me atendeu, assistimos juntos ao “Auto da Compadecida” e ali começou uma amizade. Toda vez que eu voltava para Recife, eu ia conversar com ele e, às vezes, o papo se estendia pela noite. Falávamos sobre um tema, ele dormia, pensava, acordava e escrevia cartas sobre aquilo”.

Guel, que dirigiu “O Auto da Compadecida”, filme homônimo à obra de Ariano Suassuna, cita a confiança do amigo em sua adaptação e declara a importância de escritor em sua carreira. “Ele promoveu meu reencontro cultural com as origens, com o nordeste”, afirma. Segundo ele, Suassuna reavivou um humor em Guel que ele acreditava ter desaparecido. “Ele quebrava com esse estereótipo do sertanejo triste”, diz.

Exibido após o ‘Jornal da Globo’, ‘Conversa com Bial’ tem direção artística de Monica Almeida e direção de conteúdo de Ingo Ostrovsky.

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