Record quer mais parcerias com produtoras independentes para produção de séries

Record quer mais parcerias com produtoras independentes para produção de séries
Cena da série "Conselho Tutelar", exibida pela Record no ano passado. Foto: Reprodução/Record
Cena da série "Conselho Tutelar", exibida pela Record no ano passado. Foto: Reprodução/Record
Cena da série “Conselho Tutelar”, exibida pela Record no ano passado. Foto: Reprodução/Record

A Record tem planos de expandir a presença de produções realizadas em parcerias com produtoras independentes em sua programação. Hiran Silveira, diretor de aquisições e relações internacionais da emissora, disse em encontro com produtores durante o TelasFórum, que o canal pretende produzir de duas a quatro séries de ficção por ano.

Segundo informações do jornalista Leandro Sanfelice, do site Tela Viva, Silveira disse que o plano reflete uma “mudança na forma de produzir” da Record. O executivo conta ainda que o canal está, aos poucos, deixando de focar na produção própria e no controle sobre o conteúdo. “Principalmente na dramaturgia, tínhamos uma ideia muito forte de produzir conteúdo próprio e manter o controle sobre esse conteúdo. Isso mudou, a ideia agora é produzir em parceria com o mercado. Claro que, como investidor coproprietário, o canal detém parte dos direitos. Mas do ponto de vista estratégico, nosso foco passa a ser no conteúdo, e não a propriedade”, disse.

A intenção é ter um melhor aproveitamento da capacidade criativa da indústria independente, com o canal atuando como coprodutor e distribuidor do conteúdo na TV aberta. “Há tecnologia e capacidade fora de nós. E nosso grande trunfo é a exibição em larga escala, que é o que os produtores não têm. Temos a tela e precisamos do conteúdo. Com as parcerias, esse circuito se fecha”, explicou Silveira.

A dificuldade do canal em financiar a produção de séries seria um dos fatores que teria influenciado a nova diretriz do canal. “Um dos principais problemas é financiamento, então estamos utilizando recursos incentivados e nos especializando nesse tipo de produção”, disse o executivo.

O canal teria avaliado ainda que, como não tem necessidade de manter o conteúdo no ar por um período longo, não seria necessário manter o controle sobre as produções. “Nós não temos a necessidade de passar muitas vezes o conteúdo, que é uma estratégia do cabo”, concluiu Silveira.

No encontro, o executivo indicou o perfil do conteúdo desejado pela Record. De acordo com Silveira, a Record busca por séries de ficção com duração entre cinco e dez episódios nos gêneros ação, policial ou com denúncias dos problemas do País. Como exemplo, ele citou a “Conselho Tutelar”, produção da Vision. No entanto, disse, o canal está aberto a ouvir propostas que fujam do perfil previamente desejado.

A Record planeja para o ano que vem quatro estreias de séries. Entre elas, estaria a série de ação “Sem Volta”, produção da Panorâmica, com 13 episódios. A exibição da será diária, pois a exibição semanal não funcionou. “Já tentamos adotar o formato da exibição semanal, mas não funcionou. Esse formato é muito adotado em canais internacionais porque eles exibem uma série por dia. No Brasil, como não tem outras séries para assistir, o telespectador é obrigado a esperar uma semana e ‘se perde'”, explicou Silveira.

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