Fórmula 1 na Globo perde mais de 50% do público em uma década

De todos os eventos esportivos os quais a Globo tem exclusividade, nenhum está tão decadente quanto a Fórmula 1. As informações foram publicadas nesta quinta-feira (24) pelo colunista Ricardo Feltrin, do UOL.
Dados exclusivos obtidos pelo UOL mostram que nos últimos dez anos o automobilismo na Globo perdeu mais de 50% de público, tanto em pontos de ibope como em TVs ligadas.
Ou seja, 5 em cada 10 aparelhos de TV ligados, que até 2005 sintonizavam a Globo para assistir às corridas aos domingos, caíram fora: mudaram de canal, migraram para a TV paga, preferem assistir a um DVD, ao Netflix ou simplesmente agora passam mais tempo na internet, postando ou lendo textos fofos e interessantes como este 😉
Em 2005, quando o campeão foi Fernando Alonso, a média de audiência apenas das corridas (sem contar aquele “frufru” antes e depois, com o Galvão) foi de 15,8 pontos de média e 49,3% de share.
No ano passado essa média foi de 7,7 pontos e 23,9% de share. O valor de cada ponto de audiência (em São Paulo e país afora) mudou de lá para cá: a população cresceu, e hoje cada ponto vale por 69,4 mil domicílios na Grande SP.
No entanto, o share (a participação da Globo ou de outra emissora no universo de TVs ligadas) é um índice “imutável”. Repetindo, dez anos atrás a F1 concentrava em seu horário quase 50% das TVs ligadas. No ano passado, foi de apenas 24% (23,9% na verdade).
De acordo com Feltrin, em 2003, por exemplo, quando Michael Schumacher ainda corria, a F1 dava 58% de share em São Paulo, o principal mercado para as TVs.
Desde então só faz cair. Veja a decadência da F1 na TV aberta em sua participação nas TVs ligadas desde 2002:
2002 – 54,0%
2003 – 58,0%
2004 – 55,5%
2005 – 49,3%
2006 – 47,8%
2007 – 46,5%
2008 – 47,3%
2009 – 45,6%
2010 – 39,7%
2011 – 35,5%
2012 – 32,7%
2013 – 30,0%
2014 – 26,2%
2015 – 23,9%
