Marcão do Povo é condenado a 1 ano e 4 meses de prisão por chamar Ludmilla de “pobre macaca”

Marcão do Povo é condenado a 1 ano e 4 meses de prisão por chamar Ludmilla de “pobre macaca”

A cantora Ludmilla comemorou nesta terça-feira (13/05) o restabelecimento da condenação de Marcão do Povo por racismo contra ela no programa “Balanço Geral Distrito Federal”, da Record TV, ocorrido em 2017.

A cantora mostrou-se satisfeita com o desfecho favorável do caso. “Em 2017, fui chamada de ‘pobre macaca’, por um apresentador “ao vivo” na TV aberta. Hoje, finalmente, foi reconhecido o racismo que tentei denunciar lá atrás”, afirmou, em texto divulgado nos stories de seu Instagram.

Ludmilla entende que a decisão judicial ajuda a conscientizar sobre a natureza criminosa do racismo. “Essa vitória não apaga a dor, mas reforça que racismo é crime e tem consequências. Agradeço ao sistema judiciário brasileiro por apoiar essa luta. Justiça foi feita!”

Marcão do Povo foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto e a indenizar a funkeira em R$ 30 mil. A sentença, emitida em junho de 2023, foi anulada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em dezembro, mas restabelecida hoje, por decisão unânime da 5ª Turma do STJ.

Atualmente, Marcão do Povo apresenta o programa “Primeiro Impacto” no SBT.

Veja o vídeo onde Marcão do Povo chama Ludmilla de “pobre macaca”:

Advogado de Ludmilla comenta condenação de Marcão do Povo

Felipe Rei, advogado de Ludmilla e sócio do escritório Vieites Mizrahi Rei Advogados, comentou o caso em conversa com o site Bastidores da TV:

“A decisão do STJ representa um marco importante na luta contra o racismo no Brasil. É um excelente reflexo da evolução que esperamos em nossa sociedade, onde atitudes racistas não podem mais ser toleradas ou tratadas com condescendência.

Essa é uma vitória não apenas para a Ludmilla, mas para toda a população negra brasileira, que diariamente enfrenta manifestações de racismo, muitas vezes disfarçadas de opinião ou liberdade de expressão.

É também uma sinalização clara de que as instituições do nosso país estão vigilantes e prontas para responder com firmeza a essas práticas inaceitáveis. Como advogado da artista Ludmilla, me sinto honrado por contribuir com essa causa e por ajudar a transformar um episódio doloroso em um precedente relevante para o combate ao racismo no Brasil.”

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