Afiliadas ensinam emissora a tratar jornalismo com profissionalismo – SBT diz que “puxadinho” continua como estúdio de telejornais

Afiliadas ensinam emissora a tratar jornalismo com profissionalismo – SBT diz que “puxadinho” continua como estúdio de telejornais
Vista áerea da sede do SBT SP

A coluna recebeu na última semana, uma informação exclusiva de bastidores, de uma possível reviravolta no setor de jornalismo do SBT. O novo comitê artístico e a direção de jornalismo teriam encomendado estudo para construção de um estúdio próprio para os telejornais da emissora, dentro do CDT da Anhanguera, sede do canal de Silvio Santos, em Osasco, na Grande SP. O objetivo, se aprovado o projeto, seria de estrear o novo espaço até agosto de 2018. No entanto, a informação que circulou nos corredores da emissora, segundo a assessoria de imprensa do SBT, em resposta ao colunista, não passa de boato: “Não há projeto algum para o jornalismo. Tudo continuará como está. A informação não procede”.

Vista aérea da sede do SBT SP

O jornalismo do SBT já teve seus altos e baixos. Se hoje ocupa ao vivo cerca de 7h, do início da madrugada até o início da manhã, com o “SBT Notícias” e o “Primeiro Impacto”, além do “SBT Brasil, exibido em horário nobre e o premiado “Conexão Repórter”, de Roberto Cabrini, aos domingos, houve períodos que ele praticamente foi extinto da programação. Por isso, não é de se surpreender que salas do segundo andar do CDT passaram a abrigar a redação de jornalismo e transformados em estúdios de todos os jornalísticos da emissora, inclusive do programa “Fofocalizando”, exibido ao vivo no período vespertino. Chega a ser constrangedor para uma emissora do porte do SBT, que por muitos anos se orgulhou em ostentar sua sede, como uma das mais modernas do mundo. O CDT, de fato, possui uma área ampla que se houvesse inteligência e visão que não beirasse o amadorismo, poderia abrigar tranquilamente novos estúdios planejados para um jornalismo de emissora de sede e até para novos projetos na teledramaturgia e entretenimento. Na emissora que se orgulha em ser a única a dar diversos milhões de reais aos telespectadores, separar pelo menos R$ 2 milhões para investir num estúdio digno para seus telejornais, parece que não seria problema. O que falta é planejamento, deixar a comodidade de lado e se posicionar como uma emissora grande. Hoje, a cabeça de rede não é exemplo para suas filiadas e afiliadas, pelo contrário, paga mico para a maioria delas e não é exagero.

Novos estúdios do jornalismo do SBT SC.

Um exemplo recente é do SBT SC (SCC TV). A afiliada que era considerada uma das mais fracas e pobres em estrutura, desde 2012, se destaca pelos seu jornalismo, após investir forte na digitalização, novos equipamentos, profissionais e principalmente R$ 2 milhões na construção de sua nova sede no Morro da Cruz, em Florianópolis. Com estúdios amplos e modernos, hoje conseguem produzir bons telejornais. Outrora, no Rio de Janeiro, o SBT Rio siga o mesmo exemplo de São Paulo. Com excelentes índices de audiência e principalmente bons jornais locais, a filiada carece investimentos urgentes em sua sede e estúdios. Bons exemplos de estrutura, também podem ser observados na Rede Massa (Curitiba), TV Serra Dourada (Goiânia) e Jangadeiro (Fortaleza). São afiliadas que mostram para a cabeça-de-rede que é preciso investir para ter bons resultados. Hoje, os três jornais nacionais do SBT possuem os mesmos cenários e pacotes gráficos. Além de soar ridículo e amador, fazem com que o telespectador enjoe de assistir os jornais, tornando seus produtos sem identidade própria, dando a impressão de que tudo não passa de reprise.

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