Análise: Domingo Legal já morreu faz tempo – Renovação é necessária!
O fim do Domingo Legal em 2017, não pegou nós do BastidoresDaTV de surpresa. Em diversas ocasiões levantamos em redes sociais e nesta coluna, segredos de bastidores sobre Celso Portiolli e a necessidade de descanso do Domingo Legal. Mais um furo que você leitor do Bastidores já sabia e que dias depois, a grande mídia confirma. Outro furo que vai se confirmando é a troca de apresentador do Domingo Espetacular, uma possível volta de César Filho para as manhãs do SBT ou até para o novo Aqui Agora e ao mesmo tempo a intenção da RecordTV em ter César Filho no Domingo Espetacular.
Enquanto muitos criticam o fim de um dos programas mais tradicionais do SBT é preciso analisar com a razão e não com a emoção. O Domingo Legal não é mais legal faz tempo e a culpa não é de Celso Portiolli, que já herdou o programa desgastado, em um horário ingrato, o qual Silvio Santos realocou para penalizar Gugu que “preparava sua mudança para a Record”. O maior penalizado, no entanto, foi o próprio programa, já fragilizado. Desde o caso “Farsa do PCC”, o programa perdeu credibilidade e nunca mais foi o mesmo. Deixou de investir em jornalismo e passou ao assistencialismo. Perdeu quadros e brincadeiras no palco, para em alguns programas se resumir a três quadros em 4h: Construindo um Sonho, De Volta pra Minha Terra e Lendas Urbanas (ou Aconteceu Comigo).
Os clássicos “Sentindo na Pele”, “Trocando as Bolas”, “ Telegrama Legal”, “Prova do Bicho”, “Banheira do Gugu”, Táxi do Gugu” e outros quadros simplesmente desapareceram. O jornalismo de grandes coberturas deu lugar a um programa sem graça, engessado e trágico. Portiolli assumiu. Tentou mudar. Ressuscitou o Passa ou Repassa. Não deu certo. Passou a se inspirar no sensacionalismo da Record e novamente fracassou. O estrago já vem lá de trás. De nada adiantaria investir mais ou mudar tudo, se o nome continuasse. O SBT deixou o telespectador migrar pra concorrência e gostar das alternativas que a emissora apresentou. A RecordTV notou algo semelhante com o desgaste de “O Melhor do Brasil” e relançou Rodrigo Faro com “A Hora do Faro”. O resultado: a vice-liderança isolada. Portiolli foi testado com o “Sabadão” e mostrou que tinha um potencial não explorado. Silvio Santos deve colocá-lo nas tardes de sábado, possivelmente com o “Sábado Legal” ou “Sábado Família “, duas sugestões já apresentadas nos bastidores.
Na TV, onde nada se cria, tudo se copia, outra regra se aplica: o tempo evolui e é preciso se renovar, se reciclar e acompanhar a evolução e a concorrência. Trazer o Fantasia, um programa que já teve tantas versões no SBT, tem alguma evolução? Evidente que não. No entanto, o programa não será fixo na grade. Servirá apenas como transição para um novo projeto a ser desenvolvido nas tardes de domingo, a partir de maio ou junho de 2017. O Qual é a Música chegou a ser também discutido como alternativa, neste período. A intenção é descansar a imagem do Domingo Legal e meses depois relançar o domingão do SBT, com um novo programa de auditório e novo apresentador. Vamos aguardar!
Obs. Reveja algumas colunas onde adiantamos os furos. Mais no @jcfantin, no Twitter, anunciando com detalhes, ainda em novembro, o que hoje é confirmado.
Coluna: SBT tem que reconhecer jeito Celso Portiolli de fazer rádio e TV
Exclusivo: Record teme perder Rezende e Bacci para o SBT e cria blindagem
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