Coluna: Datena na Copa – Quase deu um 11/09 brasileiro

Coluna: Datena na Copa – Quase deu um 11/09 brasileiro

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“DATENA NA COPA É UMA COLUNA DE FICÇÃO E DE HUMOR. COM TODA A CERTEZA, NENHUMA DAS SITUAÇÕES RELATADAS ACONTECEU. SE ALGUMA SITUAÇÃO FOR PARECIDA, SERÁ SOMENTE UMA MERA COINCIDÊNCIA”.

Após o encontro constrangedor com a nossa “presidenta”, o Datena estava indo ao Aeroporto para viajar para a próxima sede da Copa do Mundo da FIFA, em que iria narrar o jogo Brasil X Chile, em Belo Horizonte.

Normalmente os contratados da Band iriam viajar por meio de dois aviões da Azul, customizados especialmente para a cobertura da “Band na Copa”.

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Avião da Azul Linhas Aéreas, customizado para a Bandeirantes

Entretanto, um desses aviões teve uma avaria e teve que passar por um conserto. Parte da equipe da Bandeirantes teve que viajar em um voo comercial da própria Companhia Aérea Azul. Os azarados foram o apresentador e narrador José Luiz Datena (o nosso grande herói) e o comentarista Neto.

Neste exato momento, os dois estão dentro do avião e em instantes ele iniciará o voo.

(DATENA) – Barbaridade, Neto. Parece que o aeroporto virou uma rodoviária de tanta gente que frequenta.

(NETO) – “É brinnncadeirrra”, o Brasil está ficando com uma qualidade de vida cada vez maior. Mais pessoas podem comer mais. Mais pessoas podem ter TV a cabo para assistir a nossa BandSports. É o milagre brasileiro.

(DATENA) – Que milagre o quê! Isso tem uma resposta: crédito. As pessoas podem não pagar, mas podem comprar. Aí elas só “vão se lascar” daqui uns anos. E aí quem ganham são os bancos, financeiras, etc.

(NETO) – Tá bom. Como foi o encontro com a Dilma?

(DATENA) – Prefiro não comentar, mas digo a você que ela ouviu de mim aquilo que todo o brasileiro tem vontade de falar para ela.

Trinta minutos após a decolagem do avião uma pessoa com uma cara suspeita se levantou e disse:

(PESSOA SUSPEITA) – Pessoal, o avião está sequestrado. Nós somos do Grupo Guerrilheiro em Prol do País Basco. A seleção espanhola foi eliminada e por isso nós iremos nos vingar dos malditos chilenos e vamos afundar este avião na concentração chilena. E como este avião também é de carga, então nós contratamos o serviço de Carga da Azul e secretamente lotamos a carga desse avião com explosivos plásticos.

De repente todos gritaram, até o Neto.

Os passageiros da Azul sendo amedrontados pelos terroristas bascos
Os passageiros da Azul sendo amedrontados pelos terroristas bascos

(NETO) – É “brinncadeirraa” Datena, “tamos ferrados meuu”. E nem terminei de pagar o meu apartamento no Guarujá. Aeromoça! Quero que você realize o meu último pedido. Traga tudo de gorduroso que você tiver aqui que eu vou comer como se fosse a minha última refeição. Corrigindo, é a minha última refeição.

(DATENA) – Barbaridade, Neto. Você se esforçou tanto para deixar de ser gordo e você quer botar tudo a perder agora. O pedido está cancelado, aeromoça. Prepare uma sopinha de legumes e, para não ser tão saudável, pode colocar uma torradinha.

(NETO) – “Meeeuuu”, é minha última refeição!

(DATENA) – Se for ruim, vai parecer que ela não vai acabar nunca. Agora vou tentar salvar todos. Vou negociar com os bandidos. Tantos anos no “Brasil Urgente” vão servir para alguma coisa.

(NETO) – “Tú tá loco”, Datena?

(DATENA) -Não, mas não custa tentar isso.

De repente o Datena saiu de sua poltrona e começa uma conversa com o líder dos guerrilheiros, que se chama Dom Gostosón.

(DOM GOSTOSÓN) – Você é o Datena?

(DATENA) – Sou, mas não vou te chamar de Gostosón, pois não acho homens bonitos ou gostosões. Vou te chamar de Dom.

(DOM GOSTOSÓN) – Qual é o papo?

(DATENA) – Acontece o seguinte: vocês estão armados?

(DOM GOSTOSÓN) – Não, os detectores de metais iriam detectar a presença de armas. Só estamos com armas brancas.

(DATENA) – Quais armas brancas?

(DOM GOSTOSÓN) – Umas faquinhas de plástico que eu peguei no serviço de bordo.

(DATENA) – Como você pode imaginar que meras faquinhas de plástico podem fazer mal a alguém?

(DOM GOSTOSÓN) – Vi que no filme do 11 de setembro os terroristas usaram facas de plástico para amedrontar os passageiros.

(DATENA) – Não confie em Hollywood, tudo que eles falam é mentira. Se tudo lá fosse verdade, as cicatrizes no rosto deixariam as pessoas malucas e com sede de vingança. Todas as sacolas de compras teriam uma baguete de pão. Todos os índios possuiriam conhecimentos místicos sobre a natureza e olhariam o homem branco com sentimento de piedade. As mulheres teriam pernas e braços depilados, mesmo num filme das cavernas. O herói, se é preso, sempre vai para a ala dos piores e mais violentos maníacos, mas nunca é estuprado e ainda bate no valentão, adquirindo o respeito de todos. Não confie em Hollywood.

(DOM GOSTOSÓN) – Mas ainda posso te fazer de refém e, como você sofre de diabetes, qualquer ferimento dessa faquinha de plástico pode infeccionar e aí pode ser terrível para a sua saúde.

(DATENA) – Não faria isso se fosse você. Eu aprendi uma técnica de luta israelense chamada Krav Maga. Consigo impedir esfaqueamentos e tiros a queima roupa em minha pessoa. Por isso, como diria o Danilo Gentili: “AGORA É TARDE”.

(DOM GOSTOSÓN) – Podemos negociar. Vamos deixar este negócio de destruir chilenos pra lá. Que tal fazermos o seguinte? Nós ainda podemos explodir o avião a qualquer momento e por isso vou ativar o detonador. É só ligar o detonador com uma ligação do meu celular. Mas, peraí, está sem sinal. MALDITA TIIIIIIMMMMMMMMMMM.

(DATENA) – Vamos fazer o seguinte, parafraseando o Capitão Nascimento, “Não Vai Subir Ninguém”.

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Datena dando uma banana para todos os bandidos possíveis

 

Assim, o jornalista policial e o resto dos passageiros renderam os guerrilheiros e o avião conseguiu pousar numa boa. E ele conseguiu salvar 200 passageiros e a seleção chilena e ainda deu uma de copiloto, aproveitando as lições de pilotagem que ele teve com o Comandante Hamilton.

Semana que vem o apresentador do “Brasil Urgente” irá trazer uma entrevista exclusiva com o Neymar. Ele não irá entrevistar o Felipão, pois ele tem medo que seja um sósia, já que um sósia do Felipão foi entrevistado por um Jornalista da Folha de São Paulo.

 

 

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