Coluna: “Eliana”, uma grande apresentadora para um pequeno programa
Não deve ser nada fácil trabalhar aos domingos. Ainda mais quando você precisa concorrer todo final de semana com outros profissionais.
Esta tarefa, no entanto, vem sendo encubida pela apresentadora Eliana Michaelichen, 41, há mais de uma década.
Desde o “Tudo é Possível”, da Rede Record, a loira vem apresentando uma nova opção de conteúdo para as tardes de domingos da TV brasileira. Trilhando sua passagem para o SBT, em 2009, a apresentadora conseguiu firmar a sua marca e se posicionar como um dos mais importantes nomes da televisão.
Como em todo programa, ao decorrer do tempo, prevalece a necessidade da renovação, Ariel Jacobowitz, diretor, assumiu a direção da atração em 2012, e, exerce a função até os dias atuais. Remodelando o programa com novos quadros, e substituindo antigos escudeiros de Eliana como o biólogo Sérgio Rangel e o trio do Ciência em Show, pela sósia de Narcisa Tamborindeguy (Tiago Barnabé), o dominical ganhou uma nova cara e uma sobrevida. Quadros famosos como o armado “Rola ou Enrola”, “Famosos da Internet”, “Beleza Renovada”, Força do Bem” e “Rede da Fama”, são marcas da atual direção do programa, que vem enfrentando derrotas habituais para o seu maior concorrente, “Hora do Faro”, da TV Record.

É fato, que está cada vez mais difícil, encontrar um programa de qualidade e que traga conteúdo diversificado. A maioria dos diretores de TV, acreditam que, todas as fórmulas foram esgotadas. A reflexão que cabe aqui, é, que, se a roda foi inventada, use ela em um caminho diferente da direção que você costuma atravessar. Um programa como o “Eliana”, que traz uma marca gigante a atração, não pode em hipótese alguma continuar apresentando o rendimento levado ao ar nos últimos meses.
Um marasmo criativo, que ajuda a exemplificar mais um, entre muitos, o que os programas de auditórios tem se tornado. Se a crise financeira impede a criação de quadros competitivos por conta de eventuais gastos, a liberdade criativa poderia ser muito bem empregada. Quem planta com nada, pode colher com grãos. Basta querer fazer com que as coisas sejam diferentes.
Na atual situação, vemos um programa arrastado, óbvio, que parece não existir necessidade alguma de se fazer apresentar ao vivo. Felizmente, o público não tem engolido qualquer coisa. No último domingo, 4, vimos a mais fraca edição da história do “Eliana”. O show de vergonha alheia, apresentado por um quadro de hipnose, e a reprise de um quadro transmitido há uma semana atrás, só ilustraram a atual fase que o programa vem passando e, provando o porque, merece ser constantemente ser derrotado por Rodrigo Faro e seu programa.
A direção do “Eliana” precisa entender, que, enquanto se acomodam, a concorrência se movimenta e o público, também. Nesse caso, movimentando o controle remoto, até que a atração quem sabe, volte um dia, a ser mais atrativa.
