Coluna: Glória Perez traz de volta o mundo dos psicopatas, com “Dupla Identidade”
O cenário explicitado em “Dupla Identidade” não é nenhuma novidade, sugado em grande massa pela imprensa teledramatúrgica internacional já ganhou as telas em vários formatos e esquetes. São filmes, novelas, seriados… Dentre todos os mais aclamados são: Dexter, e o lendário Hannibal Lecter. Longe de qualquer suspeita os serial killers trabalham de forma fria e metódica, que acabam por gerar um emblemático universo acerca dos detalhes e motivos das mortes em série. Representando assim uma parcela de um público que adora consumir este tipo de entretenimento.
Abertura do seriado “Dexter”
No Brasil já tivemos este tema abordado em produtos como: “A Próxima Vítima” e “As Noivas de Copacabana”, ambas tinham como clímax o “estrago” feito por serial killers. A mais recente aposta “Dupla Identidade” de autoria de Glória Perez só veio para somar ainda mais para a teledramaturgia deste quesito.

Com um texto robusto, excêntrico e detalhista o novo seriado da Rede Globo apresentou um piloto muito bem elaborado, criou expectativas e fidelizou o telespectador. O elenco é pequeno e centrado em atores da chamada “nova geração”, tais como: Bruno Gagliasso e Débora Falabella.
Munido de um extenso trabalho de pesquisa o protagonista Bruno Gagliasso, entregou-se de corpo e alma ao papel. Soube compor exatamente a mente fria e perversa de um psicopata em ação por gestos e expressões, até um jogo de olhar com uma feição meiga e dócil quando em extremidade oposta. Já Débora Falabella mostrou uma faceta totalmente diferente da de Nina de “Avenida Brasil” – eclética, estruturou uma mocinha árdua, que sofre de transtorno borderline e que busca a cura. Outra que roubou a cena foi Marisa Orth, desta vez em um papel denso e dramático, diferente da espevitada Magda de “Sai de Baixo”.

Destaque para a abertura que contextualizou imprimidamente com o objetivo pressuposto. Sem uma cartela extensa de cores, e fortalecido por enquadros e sombras, brincou ao simular como um psicopata organiza o seu mundo. A mente perturbadora e a sensação de impunidade também ficam nítidos.
Glória Perez mais uma vez mostrou que quando encara um projeto, adentra-se no universo abordado. Workshop com Ilana Casoy, clássicos do cinema como: O Iluminado, livros, artigos, seriados, noticiários. A informação transformada em arte, transparece realidade.

Ainda é cedo para dizer se o seriado será um sucesso ou não, a principio está de bom tamanho. Condiz com a expectativa. O maior medo é a perda do eixo com o decorrer dos episódios, fato que vem ocorrendo com certa frequência na Rede Globo. Enquanto ao final, o mínimo que se espera é que o psicopata Edu não se redima ao ponto de virar pastor, pelo menos na ficção o alienado tem que sofrer uma punição.
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