Coluna: Mulheres extraordinárias da televisão brasileira

Xico Sá, escritor e colunista da Folha de São Paulo, jornalista, cronista, comentarista de TV, entendido do universo feminino, lançou, recentemente, o “Livro das Mulheres Extraordinárias”. Na obra, o autor cearense, faz um mix de perfis, mostrando inspirações e impressões que tem de 127 mulheres que passeiam na mídia. Ele fala de beleza, dos trabalhos, das qualidades, das sutilezas e de alguns segredos das musas que provocam emoções em seu coração, no íntimo de seus segredos, nos seus desejos de macho. Intitulado como o homem alfa, que domina o mundo desconhecido das fêmeas, o multimídia Xico Sá também dá expediente nos programas “Amor & Sexo”, na TV Globo, e “Saia Justa”, no GNT. Talvez dali, ou estimulado pelos papos nos bares da vida, nasceu a motivação dele para transformar em crônicas seus pensamentos mais secretos. Afinal, ele é um analista atento às mulheres que brilham na telinha.
Depois de lê-lo, fiquei pensando naquelas que me motivam a ver TV, para quem reverencio meus aplausos de telespectador, e lá no fundo, de quem sou fã e sinto falta da presença em novelas, por exemplo. A seguir, nas cenas dos próximos parágrafos, conheça as atrizes que considero extraordinárias e faço questão de acompanhá-las, quando estão no ar, interpretando personagens complexos ou cômicos, ou até mesmo quando fazem participação especial. Queria listar mulheres de outras áreas como jornalistas, escritoras, líderes, que são inspiradoras, mas a lista ficaria fora dos padrões de leitura da web. Fiz uma seleção das TOP FIVE e descrevi as razões que me prendem em frente à televisão por causa delas. Espero que você goste.
Giulia Gam

A atriz povoa minha mente desde a novela “Que Rei Sou?”, na qual ela fazia a personagem Aline, parceira romântica de Edson Celulari. Ali nascia minha paixão por folhetins e pela Giulia, pois é a primeira lembrança que tenho das novelas que acompanho desde então. Como não recordar dela em “Fera Ferida”, como protagonista, e ainda na minissérie “Dona Flor e Seus Dois Maridos?” Difícil esquecer os gritos histéricos e ciumentos de Heloísa, em “Mulheres Apaixonadas”, que virou sinônimo das mulheres que amam demais. Giulia é top 10. Sempre imperdível.
Cláudia Abreu

Fiquei apaixonado pela Cacau desde “Que Rei Sou?”, porém foi em “Barriga de Aluguel” que ela me fisgou como fã. Torcia e sofria com a personagem Clara, que sonhava em melhorar de vida ao alugar o útero para um casal infértil. Recordo que foi a primeira vez que chorei no final de uma novela. Na memória, os papéis marcantes da atriz como a “cachorra” Laura, em “Celebridade”, e a cantora divertida extravagante Chayene, de “Cheias de Charme”. No entanto, em cena, em qualquer programa, Cláudia Abreu me cativa.
Glória Pires

Maria de Fátima era mais do que perversa e até dava medo na época em que eu era criança, mas já entendia das vilanias das novelas. Com “Vale Tudo”, comecei a gostar de tramas policiais e da Glória Pires. Por prazer em vê-la interpretando, acompanhei a dupla identidade da atriz em “Mulheres de Areia”. A paixão aflorou mais ainda na minissérie “Memorial de Maria Moura”. Inesquecível suas cavalgadas pelas terras em que a personagem conquistou. Em seu último papel, foi hilária a interpretação dela fazendo a Dona Nenê, no capítulo final de “A Grande Família”. Pena que não consigo assistir a tudo em que Glória está, porque ela é sempre belíssima.
Lília Cabral

Com cara de pobre ou de rica, no drama ou na comédia, com vilãs ou mocinhas, Lília Cabral é um espetáculo. Se citar apenas algumas novelas, eu seria injusto. Ela está bem em qualquer uma e também nos filmes, séries, peças etc etc etc. Comecei a curti-la em “Tieta” com a viúva, fogosa e destrambelhada Amorzinho. Lília é sinônimo de qualidade na TV.
Ana Paula Arósio

Tenho um sonho de adolescente: ouvir a voz de Ana Paula ao pé do ouvido, suspirando sentimentos. Desde “Éramos Seis”, no SBT, meu olhar já estava destinado a prestar atenção naqueles belos olhos azuis. O amor começou nas capas de revistas. Aumentou em “Hilda Furacão”. E continua esperançoso em sua volta à TV. Ana Paula Arósio é minha mulher mais que extraordinária e pela qual mais sinto falta na programação. Para ela, faço a hastag #voltaAna.
Até o próximo intervalo,
Juliano Azevedo
Jornalista, Chefe de Redação da TV Alterosa/SBT Minas, Professor na Faculdade INAP.
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