Coluna: Chaves – O campeão de audiência
Olá, queridos leitores! Hoje a “TV Nobre” vai tratar, ou melhor, homenagear um dos principais seriados de comédia de situação já feitos até hoje. O enredo que conquistou os brasileiros por mostrar o cotidiano de uma vila humilde e nada pacata, com personagens consagrados no Brasil, principalmente pelo carinho que, nós brasileiros, temos por eles. O tema da semana é sobre a série que já esteve no horário nobre da TV Brasileira e que já ultrapassou os 30 pontos em audiência. Hoje é dia do campeão de audiência! Hoje é dia de “Chaves”!
“Quero ver outra vez, seus olhinhos…” Criada por Roberto Gomes Bolanõs, a série do garoto sapeca da vila chegou sem graça no Brasil. Mas calma, sem graça porque os diretores do SBT incluindo o dono Silvio Santos tinham a sensação de que o programa não cairia no gosto do público. Colocaram no ar dentro do programa “Bozo” e com o rápido sucesso, ganhou horário fixo na grade e mais, depois ganhou espaço no horário nobre do SBT.
O que para a maioria seria um fracasso tornou-se um incômodo para a concorrência, um incômodo tão grande que a Rede Globo pensou em negociar o passe da série com a Televisa para usar como coringa ou mesmo deixa-lá na “geladeira” da emissora. Era uma época de acirrada disputa entre Globo X SBT. A época do “tudo ou nada”, bons tempos…
“Este personagem era o melhor exemplo de inocência e da ingenuidade próprias de um garoto, e o mais provável é que essas características tenham gerado o grande carinho que o público sentia por ele. O espectador desconhece o nome verdadeiro de Chaves, assim como desconhece quem vive com ele na casa de número oito do cortiço.” – Roberto Bolanõs.
De fato, o “Chavinho” nos surpreendeu pela inocência, mas também pela ironia. O garoto órfão, sempre com fome, sempre brincando com brinquedos fabricados por ele, apaixonado pela Paty e bom de briga. Todos os ingredientes formam o personagem Chaves. Seus bordões depois de trinta anos ainda estão na boca do povo e ao lado de Quico e Seu Madruga, são os campeões dos bordões na série.
Motivos não faltam para adorar “Chaves”, o elenco é de primeira e parece que cada papel foi feito especialmente para cada ator. Da humildade e alegria do Chaves ao mimado e hilário Quico, da esperta e inteligente Chiquinha as bobagens do Nhonho, Godinez e Pópis, da esnobe Dona Florinda ao trabalhador e dedicado professor Girafales, da bondade do Seu Barriga a paixão avassaladora da Dona Clotilde pelo preguiçoso e amigo Mestre Madruga. Todos eles representam um pouco de nós, dos nossos vizinhos, do nosso bairro, amigos, um pouco das nossas lutas diárias e claras e sem esquecer também dos nossos sorrisos.
Hoje, quando uma emissora coloca um produto novo no ar o mesmo terá que ser reformulado meses depois porque já estará desgastado. Isso é com todas as emissoras, abertas ou pagas. O interessante é que mesmo com trinta anos no ar, está certo que com idas e vindas, mas com os mesmos episódios, Chaves e sua trupe conseguem chegar à marca dos 10 pontos mesmo competindo décimo a décimo com “apelações por audiência” como o “Brasil Urgente” e o espetáculo policial “Cidade Alerta” na semana e aos finais de semana competindo com a programação “global”.
O sucesso é tamanho que emissoras como o canal Boomerang e Cartoon Network, compraram a série e também apresentam o sitcom em horários alternativos. Por tudo isso e mais um pouco, “Chaves” é o campeão de audiência e mesmo não sendo uma série brasileira, tem a alma da mesma!
Esse cara é a nossa cara, ele é do nosso jeito e tem o DNA do brasileiro. Jeito preguiça, nervoso, amigo, companheiro, solidário, simples… São páginas e mais páginas nas redes sociais, fotos em forma de homenagens, roupas com o rosto do personagem estampada para homenagear um dos melhores atores/personagens já feitos no mundo da Televisão. É nobre, é de primeira linha. Viva ao Madruga, viva ao Rámon!
Hoje, encerramos por aqui!
Leitores participem também! Sua opinião será sempre bem-vinda. Até a próxima!
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