Coluna: O Jornalismo em sua essência nas eleições 2014

Coluna: O Jornalismo em sua essência nas eleições 2014

Olá meus queridos, tudo bem com vocês?! Hoje a coluna “Ponto de Conversa” vem com um tema especial. Nas últimas semanas, a disputa pelo cargo de presidente do nosso país tem se tornado o assunto das rodas de conversa, então, convido vocês a esta leitura e a comentarem o que acham. Aproveito para agradecer pelos acessos nos últimos textos, vocês são demais!

Confrontar os entrevistados com perguntas que questionam o desempenho deles em cargos públicos. Este é o objetivo principal das entrevistas do Jornal Nacional com os candidatos a presidência do Brasil. O noticiário apresentado por Patrícia Poeta e William Bonner se tornou uma espécie de personagem na corrida presidencial de 2014. A transparência e o tom incisivo das entrevistas chamou a atenção do telespectador que ao perceber as perguntas que ele tinha vontade de fazer aos candidatos estavam norteando a conversa, parou para analisar a forma como as repostas eram fornecidas. Deste modo, as entrevistas do JN se tornaram mais uma via de apresentação do candidato, mas desta vez, com 15 minutos diretos, sem assessores, ao vivo e com perguntas pensadas para pisar no calo mais dolorido dos possíveis futuros presidentes do país.

http://www.youtube.com/watch?v=nV3ZlzkM1TQ

A eleição presidencial de 2014 é, sem dúvidas, uma das mais interessantes desde que a democracia foi instaurada no Brasil. Em pouco dias, dois cenários diferentes tomaram conta dos noticiários. Se em uma terça-feira, à noite, a entrevista de Eduardo Campos chamava atenção no “Jornal Nacional”, na quarta pela manhã, uma tragédia envolvendo o candidato mudava tudo.

No primeiro cenário, com Dilma (PT) tranquila em primeiro lugar e Aécio (PSDB) com boa distância de Campos (PSB) que era o terceiro colocado, as entrevistas do JN já eram uma grande vitrine, mas ainda não eram capazes de somar tantos votos quanto era necessário para que algum dos concorrentes subisse ou descesse uma posição. No segundo cenário (e com ele a sorte daqueles candidatos que ainda não tinham sido entrevistados), com Marina assumindo o posto de Campos e invertendo a antiga posição com Aécio e se aproximando de Dilma, qualquer aparição fora do horário eleitoral se tornou algo mais que uma vitrine. As exposições passaram a ser detalhadamente analisadas pelo eleitorado, de uma forma geral.

Assista a entrevista de Marina Silva no link abaixo:

http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/v/marina-silva-e-entrevistada-no-jornal-nacional/3591785/

É importante ressaltar o poder das redes sociais. As entrevistas do Jornal Nacional não pararam de repercutir enquanto o jornal saiu do ar. Elas ainda são compartilhadas, curtidas e comentadas pelos internautas. Pode parecer pouca coisa, mas a cada nova pessoa que compartilha ou indica o link, outras mais acabam assistindo e analisando a conversa de Bonner e Poeta com os candidatos. No final, é difícil estimar, mas é possível dizer que com as mídias sociais, para além dos milhões de telespectadores que o telejornal alcança, outras milhares de pessoas chegam ao conteúdo do JN. Uma dimensão capaz de somar votos suficientes para inverter posições em uma disputa tão acirrada como essa.

Assista a entrevista de Aécio Neves no link abaixo:

http://globotv.globo.com/rede-globo/jornal-nacional/v/aecio-neves-e-entrevistado-no-jornal-nacional/3557503/

Entretanto, não credito apenas ao Jornal Nacional a parcela de mudanças na escolha do eleitorado. O debate da Bandeirantes, por exemplo, que aconteceu na última terça-feira, ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Em outras redes sociais, as presepadas dos candidatos se tornaram memes que tiveram tanta repercussão que chegaram a ocupar espaço em sites de notícia. Ainda sim, o que tiro desta análise, é que não somente a TV ou somente a Internet, ambas, como uma via de mão dupla, podem representar mudanças que irão definir aquele ou aquela que governará o Brasil nos próximos quatro anos.

Entendo os debates com os candidatos como uma obrigação jornalística, apesar de achar que o formato apresentado hoje em dia precisa de algumas modificações. Mas a entrevista do “Jornal Nacional” conseguiu ser tanto quanto relevante porque as perguntas eram inteiramente sobre assuntos que os candidatos evitam falar. Conhecem o ditado “Quando a porca torce o rabo?” Pois então, ali, embolar alguma resposta, exaltar-se em outras ou fugir do que deveria ser respondido, é como dizer que fora do discurso bonito e planejado, que mesmo nos debates é bastante presente, o candidato não consegue ao menos se guiar pelo caminho mais sensato. Transparece o que não é verdade e perde aquele que se contradiz.

Debate na Band elevou os índices de audiência da emissora chegando a picos de 7 pontos no IBOPE
Debate na Band elevou os índices de audiência da emissora, chegando a picos de 7 pontos no IBOPE

Parabéns aos jornalistas William Bonner e Patrícia Poeta pelas perguntas. O jornalismo em sua essência, defendendo os interesses do povo, como gosto! Parabéns às emissoras que promoveram ou realizarão os debates. Eles são importantíssimos para guiar os eleitores!

E para quem, assim como eu, está ligado nas eleições 2014, dia 1° de setembro, às 17h45, no SBT, tem debate com os presidenciáveis! Horário alternativo para aqueles que dormem cedo. Na quarta, tem nova pesquisa do IBOPE e os desdobramentos deste debate poderão aparecer nas estimativas.

Eu sou Fábio Melo e este foi o nosso, “Ponto de Conversa”!

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Grande Abraço! Até domingo que vem, uma ótima semana a todos vocês!

#fuuui!

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