Coluna: Pânico encontra-se em Pânico

Coluna: Pânico encontra-se em Pânico

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O “Pânico na Band” de nada lembra o antigo e saudoso “Pânico na TV”. Quadros gastos e a falta de criatividade tomam conta do programa, que um dia já chegou a incomodar a Globo, mas hoje em dia se contenta quando atinge 7 pontos.

Lançado em 2003, o “Pânico na TV” foi considerado inovador e uma ótima opção aos já consagrados programas dominicais, como o “Fantástico”, da Globo, e o “Domingo Legal”, do SBT. Com o passar dos anos e a troca de emissora, em 2012, o “Pânico na Band” deixou de ser uma alternativa para as noites de domingo e perdeu a graça.

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Algumas novidades até foram lançadas este ano, porém sem sucesso. Uma delas foi o quadro “Emprego em Pânico”, no qual pessoas pedem demissão com a ajuda de uma equipe do programa (indireta a Sabrina, que foi para a Record). Houve também o “Jornal dos Dois Echás”, em que Márvio Lúcio, o Carioca, faz a imitação de Ricardo Boechat, apresentador do “Jornal da Band”. O quadro do humorístico faz uma brincadeira com o Bom e o Mau Echá, interpretados por Carioca e Eduardo Sterblitch. Outra novidade é uma brincadeira com o jornalista Zeca Camargo e o programa “Video Show”, satirizados como Zeca Tamagro no “Vídeo Sou”. A sátira da jornalista Rachel Sheherazade feita pelo ótimo Sterblitch não vinga. Os quadros até poderiam ser melhores aproveitados, porém, a falta de criatividade, textos e novidades impressionam. Parece que todos os quadros são um só.

"Jornal dos Dois Echás", novo quadro do programa
“Jornal dos Dois Echás”, novo quadro do programa

Eu mesmo acompanhei os bastidores do programa ano passado e participei da edição “Pânico 3.0” (versão do programa feito para a internet), por três vezes. Quando as câmeras são desligadas, os sorrisos dos artistas se fecham. Será por causa da audiência?

"Bola" e eu em gravação do "Pânico 3.0"
“Bola” e eu em gravação do “Pânico 3.0”

Em geral, esta nova geração, que conta com ótimos nomes como Eduardo Sterblitch, Carioca, Evandro Santo entre outros, é mal aproveitada. A impressão é que os roteiros e pautas são mal elaborados. Os filhos do “Pânico”, que um dia já nos fizeram rir e ter a ansiedade de curtir o programa nas noites de domingo, fazem de tudo para denegrir a imagem dos outros, com piadas repetitivas, zombarias com anônimos e artistas. Fora isso, o programa tem grande repercussão comercial e entre os jovens que ainda conseguem ver graça nisso.

 

Confira ALGO A MAIS sobre Patrícia Abravanevel: http://www.bastidoresdatv.com.br/colunas/coluna-patricia-abravanel-literalmente-entrou-na-maquina-da-fama/

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