Entrevista – Ana Canosa: “Em 2015, espero dar continuidade a todos as minhas ações profissionais e iniciar projetos na TV a cabo”
Em seu site ela define-se como: psicóloga, terapeuta sexual e educadora sexual, mas ela vai muito além disso – Escritora, docente, palestrante, apresentadora, autora de vários artigos em revistas do ramo da saúde e do bem-estar, e ainda responsável pela coluna “Sexo Fácil” na revista Vip. Estes são apenas alguns dos inúmeros trabalhos desenvolvidos por ela. Ana Canosa é formada em psicologia e viu na profissão a oportunidade para levar informação para um grande público. Aceitou o desafio em 2011 para comandar um programa só seu no SBT – o “SOS Casamento” onde ajudava casais em crise a tentar solucionar seus problemas matrimoniais. Atualmente está à frente do quadro “Família pede Socorro” do Programa da Eliana”. E é com ela que o Bastidores da TV bate um papo hoje.
Antes de começar, quero enfatizar a docilidade para com minha pessoa, aceitou meu convite com maior apreço. Muito grato pela sua conduta. Agora você faz parte da família!
Vamos às perguntas…

(Bastidores da TV)
Quando era criança/adolescente já demostrava aptidão para a carreira que percorre hoje? Gostava de ouvir os amigos e familiares? E após expor sua opinião acerca do assunto?
Resposta:
Quando criança não sei, mas fui uma adolescente ligada nas relações afetivas e fazia questão de ter amizade também com pessoas que faziam parte do grupo dos “excluídos”: todos os “estranhos” eram meus amigos. Sempre tive um ímpeto para ouvir as pessoas e entender o seu mundo pessoal. Tinha muitos amigos em volta. Sempre fui questionadora e transgressora,mas muito responsável. Fui uma adolescente muito “dona de mim”, difícil de segurar,extremamente espontânea. A liberdade para me expressar sempre foi uma necessidade e uma busca. Não me lembro de ser “procurada” na adolescência para dar opiniões, mas as pessoas sempre se sentiram acolhidas por mim e travavam longas conversas. No final do ensino médio tinha 2 carreiras possíveis: Psicologia e Biologia. Arrisquei a primeira. Entrei. Me apaixonei. Ao longo da faculdade e depois, aí sim: os amigos vinham em busca de conforto, compreensão e opinião. Depois com a formação em Sexualidade isso aumentou muito. Hoje os amigos dizem:“Eu me contenho para não te ligar quando estou aflito” risos.
(Bastidores da TV)
O que guarda de positivo da sua infância? Arrepende-se de algo que tenha feito, ou deixou de fazer?
Resposta:
Fui uma menina tranquila, que gostava de brincar de boneca com as amigas da escola e andava muito na rua, indo da casa de uma para outra. Tive a felicidade de crescer em uma sociedade menos violenta. Não me arrependo em absoluto de nada e só tenho a agradecer aos meus pais as oportunidades que tive. Fui uma criança feliz. Já na adolescência a única coisa que me arrependo é de não ter levado o curso de inglês tão a sério e de ter feito um intercâmbio em outro país. Mas não era tão comum como hoje. Sofro com o inglês até hoje!!!
(Bastidores da TV)
Você ministra aulas em grandes faculdades. Quando notou que esta demanda seria um ótimo caminho para divulgar o seu conhecimento? A escolha foi sua, ou recebeu algum convite?
Resposta:
Tudo foi acontecendo. À partir do meu trabalho de conclusão do curso de pós-graduação em educação sexual “A sexualidade nos contos de fadas”, fui convidada pelos coordenadores a montar uma aula sobre o tema e ministrar para a turma subsequente. Foi aí que todos descobrimos a minha aptidão para a comunicação. Comecei a assumir muitas aulas, escrever textos, dar cursos e palestras. Levei alguns projetos para coordenadores de cursos, como os da maturidade da PUC, onde leciono há 15 anos, e o da pós-graduação em educação sexual do UNISAL, mas na grande parte das vezes fui convidada. A proximidade com o mundo acadêmico ajuda na divulgação do seu trabalho e o contato com a mídia também. Quando me especializei em sexualidade (1996) virei rapidamente fonte para matérias. Naquela época éramos poucos os sexólogos e todos muito solicitados. Lá se vão quase 20 anos de uma carreira como sexóloga e 25 como psicóloga da qual me orgulho muito. Eu sempre digo que tive muita sorte: descobri cedo minhas aptidões o que me ajudou a fazer escolhas acertadas e afinadas com os meus interesses profissionais e pessoais. E agarrei todas as oportunidades que me deram!!
(Bastidores da TV)
Qual é a sua sensação quando vê uma turma na qual lecionou formando-se e pronta para o mercado de trabalho?
Resposta:
A melhor. O orgulho. A sensação do dever cumprido. Sempre que posso indico alguns ex-alunos para trabalhos que não posso fazer, convido-os para escrever artigos e fomento tudo aquilo que posso para o crescimento profissional deles, assim como meus mestres fizeram comigo! Tenho respeito e admiração pelos meus alunos.
(Bastidores da TV)
Em reconhecimento do seu trabalho, em 2004, você recebeu uma menção honrosa dada pelo XII Congresso Latinoamericano de Sexologia e Educação Sexual, em certificação pelo desenvolvimento do “Manual de Orientação Sexual para Professores de 1ª a 4ª série”. Como se deu a elaboração do projeto? A experiência lhe trouxe mais confiança?
Resposta:
Uau, foi incrível, porque eu tinha uma certeza interna muito grande sobre a viabilidade do projeto. Foi um convite da editora sttima para incluir o tema da sexualidade na educação, dando seguimento a uma linha editorial, e eu adaptei a proposta. O meu objetivo era concretizar uma proposta do MEC de inclusão da orientação sexual como tema transversal em todas as disciplinas, elaborando um manual para os professores poderem ter, não só pressupostos teóricos, mas propostas práticas de trabalho. Para isso acontecer convidei a minha mãe para ser minha parceira, já que ela tem ótimo conhecimento de pedagogia. Era inovador, ousado. Quando já estávamos em processo de publicação, apresentei o projeto no Congresso do Chile. Sai de SP com o meu pôster debaixo do braço, cheia de alegria, esperança e muito orgulhosa. Confesso que sai dizendo para o Paulo, na época meu namorado: “Tenho certeza que vou ganhar esse prêmio”. Assim que fiquei sabendo que havia ganho, liguei: “Adivinha….” Eu não cabia em mim!Dificilmente tenho tanta convicção sobre meus acertos e contribuições; sei que faço um trabalho honesto, ético e decente, mas estou sempre refletindo sobre minhas ações profissionais, seja na academia, na clínica, na TV e outras mídias e frequentemente acho que poderia ter feito mais e melhor. Mas naquele Congresso eu estava plena, convicta e me achando merecedora! Foi maravilhoso ter esse trabalho reconhecido! Maravilhoso! Agora estamos revisando os livros e ampliando para outras séries do ensino fundamental e médio, com a parceria de outras duas profissionais maravilhosas! Em breve espero que a coleção revisada e ampliada esteja disponível novamente!
(Bastidores da TV)
O prazer pela escrita a levou à publicação de inúmeros artigos em revistas científicas e jornais. Obstante deste mundo, resolveu lançar-se no mercado literário. Seus o “xodós”: A Metade da Laranja? Discutindo Amor, Sexo e Relacionamento e a coleção “Crescendo na Sexualidade” foram criados para suprir uma necessidade pessoal? Foi difícil escrevê-los?
Resposta:
Escrever é parte de meu processo de pensar. Tudo aquilo que eu reflito sobre os comportamentos humanos, no que se refere ao afeto e o sexo, acaba virando um texto. Eu gosto de escrever, além de ter certa facilidade para isso. Gosto dos artigos científicos e capítulos de livros, tenho prazer com o resultado final, mas eles me dão bastante trabalho; atualmente tenho tido muita dificuldade em cumprir prazos de entrega. Já as crônicas e textos que escrevo para alguns sites da internet são curtas, mais leves, eu posso “voar”. Os livros estão inseridos em um processo maior, mais intenso e de mergulho no assunto por meses. Da Coleção Crescendo eu falei bastante acima, foi muito trabalhoso pois não tínhamos na época nenhum referencial teórico de ação para nos basear: todas as atividades foram criadas e isso gera insegurança, dúvidas. Já o livro “A Metade da Laranja?” veio de uma necessidade pessoal de organizar muitos anos de textos, artigos e participação em matérias de revistas, jornais e sites (sempre arquivei tudo o que pude). Um dia pensei: “Nossa, eu já escrevi muito. Está na hora de organizar e publicar”. Foi então que contei com a ajuda da Fernanda, que é jornalista, para fazer o trabalho duro e começara dar formato ao livro. Foi uma grande realização profissional e pessoal. O dia do lançamento foi muito marcante, pois muita gente mesmo foi me prestigiar: de amigos antigos aos recentes, alunos, ex-alunos, pacientes, familiares, colegas de trabalho. Foi um dia lindo!

(Bastidores da TV)
O “SOS Casamento” permaneceu na grade do SBT por volta de quatro meses, e depois saiu do ar. Como recebeu a notícia? Caso surgisse outra oportunidade de reviver o formato, aceitaria voltar?
Resposta:
Não gostei. Eu adorava fazer o SOS e fiquei muito frustrada quando soube que não gravariam a segunda temporada. Mas logo eu comecei a fazer o “Família pede Socorro”, que é uma versão mais enxuta (pois o quadro é mais curto), por outro lado é mais ampla na medida em que o trabalho abrange conflitos com outros membros da família. Eu amo fazer o família. Se pintar um novo SOS eu iria pensar com muito carinho. Quem sabe na TV a cabo? A Discovery Home & Health comprou e veiculou a primeira temporada. Se for possível conciliar os 2 trabalhos…

(Bastidores da TV)
Atualmente na TV, você está à frente do quadro “Família pede Socorro” no Programa Eliana. Quem a convidou para encabeçar o projeto? Está gostando? A algo que a incomoda e gostaria de mudar?
Resposta:
A ex-diretora do programa Leonor Correa foi quem me chamou para dar andamento no Quadro “Família pede Socorro”, que já existia, mas tinha outro desenho e outra missão. A Eliana aprovou e começamos a cuidar dele a partir da experiência com o SOS. Gosto muito e acho que comentar o quadro no palco com a Eliana faz toda a diferença, pois posso explicar minha leitura sobre o conflito, o objetivo das atividades e o desenrolar do trabalho com as pessoas. Não mudaria nada.

(Bastidores da TV)
Como é o seu relacionamento com a apresentadora Eliana? São amigas fora do vídeo? Ela escuta seus conselhos?
Resposta:
Somos parceiras de trabalho e amigas, nos identificamos e trocamos ideias sobre a vida amorosa, social e principalmente sobre a maternidade. Sinto que ela me respeita e leva em consideração minhas ideias e sempre está atenta ao conteúdo do quadro. Faz toda a diferença trabalhar com alguém que acredita e confia no que você faz. Gosto demais dela, a admiro como pessoa e profissional. E nem tudo é papo cabeça entre nós: a gente também ri muito!!
(Bastidores da TV)
A mídia, em especial a TV, ajudou a difundir a profissão dos sexólogos no Brasil. Ganhou reconhecimento e notoriedade, como exemplo temos: Carla Cecarello e Laura Muller. Você também desempenha esse papel, é sabido, e caso surgisse uma oportunidade aceitaria fazer um programa voltado a esta temática? Quais fatores o projeto teria para chamar sua atenção?
Resposta:
Sim, ainda bem que a TV se abriu para o tema da sexualidade, já não era sem tempo! Adoro a Carla e a Laura (que foi minha aluna na pós em educação sexual) e acho que elas fazem um trabalho ótimo, cada uma a sua maneira. E há muitos outros colegas que estão levando a sexologia para a mídia, no Brasil todo, seja na TV, no rádio, internet e mídia impressa. Eu mesma estou há 5 anos escrevendo sobre sexualidade na VIP! Se eu faria um na TV? Claro que sim…só não pensei de que maneira ainda. Mas eu teria que ter liberdade para tratar dos temas… sem muita censura.. risos. Eu tenho vontade de sair por aí com uma kombi, como um espaço itinerante que pudesse acolher as dúvidas e angústias das pessoas, fazer umas ações dramáticas, pessoas ajudando umas às outras, como o pessoal da terapia comunitária. Estacionar a kombi (ops, ainda existe kombi?), colocar um sofá na rua e trabalhar com quem aparecer. Mas é preciso pensar nos objetivos, nos limites, no que pode realmente ser efetivo e lúdico. Alguém ai quer pensar junto e colocar o projeto adiante??
(Bastidores da TV)
Como acredita que deveriam ser tratadas as vítimas de violência infantil? E seus agressores?
Resposta:
Eu acredito no trabalho familiar, principalmente se o(a) agressor(a) mora ou tem parentesco com a vítima. Embora o abuso e a violência sexual tenham que ser encarados com a devida gravidade, nem toda situação de abuso é igual e quando o(a) agressor(a) não tem perfil de psicopatia nem de pedofilia, os trabalhos familiares que incluem o agressor sempre dão mais resultado. Eu mesma, quando me deparo com uma situação dessas em consultório faço um trabalho de parceria com um colega, que é um profissional e ser humano incrível! Ele trata o agressor, eu a vítima e outras pessoas da família. Embora seja um crime que provoca fúria e indignação, é importante ter calma para avaliar a melhor maneira de orientar os casos. O trabalho com o(a) agressor(a) é fundamental. Muitas vezes ele já foi uma vítima também, o que não justifica, mas explica muita coisa!
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – Matheus (@matheus_valadao)
Dentre todos os casos do “Família pede Socorro” qual foi o mais complicado? Por quê?
Resposta:
O mais complicado foi de um casal que pensavam a vida em comum de maneira muito distinta e o problema é que um tinha menos experiência emocional com relacionamentos do que o outro. Então ficava complicado entender como o parceiro pensava, pois é só a partir desse entendimento que o casal consegue se abrir para negociar.
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – Alencar (@alencarTognon)
As terapias de casais e de família costumam demorar. Quais as técnicas e métodos utilizados na TV para que os resultados sejam tão imediatos?
Resposta:
Então. A primeira questão a salientar é que o que eu proponho não é terapia e sim uma conciliação. Nesse sentido já na triagem, conflitos mais profundos, problemas com álcool e drogas ou graves distúrbios de personalidade não são aceitos para o trabalho, já que demandam um processo profundo e acompanhamento constante. As técnicas são baseadas no Psicodrama, uma linha teórica da Psicologia, também bastante aplicada à pedagogia. Elas ajudam as pessoas a “sentir” o conflito e não só pensar sobre ele de maneira racional. Isso acelera a percepção e por isso funciona tão bem. E o mais incrível do trabalho é que eu posso usar muitos recursos cênicos improváveis em consultório, recriando situações em forma de atividades. Fica fácil de visualizar e sentir como cada um age diante do outro frente a situação que gera o problema. E as pessoas passam por isso 2 vezes: quando fazemos o trabalho e depois quando assistem pela TV. Muitas fichas caem. Basta querer dar andamento diferente à vida que as coisas melhoram muito!Também indico psicoterapia para alguns, se for necessário.
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – Alencar (@alencarTognon)
Quais as diferenças que ocorrem para uma terapia que será exibida na televisão? Envolve algo manipulável para atrair o público?
Resposta:
Para o que eu proponho, que é a conciliação, o trabalho está sendo feito com as atividades, que tem que ser dinâmicas para o público não se cansar. No entanto, há muita conversa também, que ao final da edição não aparece tanto. Nós gravamos muitas horas de maneira intensa, mas nem todo o conteúdo dialogado vai para o ar. Os processos terapêuticos são baseados na comunicação e em algumas atividades possíveis dentro de um consultório. A diferença é bastante grande.
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – (@TelaAbsurda)
Qual é o segredo do sucesso? E como é para você conseguir reconciliar famílias no seu quadro?
Resposta:
O segredo está na vivência do conflito de maneira visceral e na possibilidade de ter alguém para conduzir a conciliação. Quando as pessoas percebem aonde precisam ajustar os pontos, me sinto realizada. Além disso há a expressão do afeto do outro, que eu sempre proponho e isso alivia angústias. Também fico muito feliz quando os telespectadores me escrevem dizendo que se perceberam assistindo o quadro e que vão usar as dicas em suas vidas! Talvez traduzir conflitos que são muito frequentes para uma linguagem clara, concretizando em atividades que ajudam as pessoas a se identificarem, e por isso o quadro agrada tanto.
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – Anderson (@Anderson_reges)
Mudou algo na sua carreira profissional após a participação em programas de TV como “Eliana” e “Você Bonita”?
Resposta:
Mudou a maneira como as pessoas me veem, às vezes como uma espécie de “fada madrinha” que vai resolver tudo, e isso é difícil, pois a maior parte do trabalho depende do quanto os envolvidos querem se desgrudar de crenças e comportamentos, estão dispostos a se rever e melhorar a vida emocional. Eu sou apenas uma facilitadora. De qualquer maneira o trabalho veio“coroar” uma carreira que já era sólida e isso é ótimo!
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – Anderson (@Anderson_reges)
Diante de todas as situações ao quais você tem acesso através do quadro “Família Pede Socorro”, alguma vez ficou realmente tocada por alguma em especial?
Resposta:
Sempre fico tocada, mas certa vez chorei muito no trabalho com uma mãe e uma filha adolescente enquanto explicava para a filha que a mãe fazia o que achava que era o melhor para ela e que ela tivesse essa compreensão do comportamento da mãe, não só vendo como implicância e chatice. Foi difícil de segurar. Desabei. Me vi na adolescente, me vi na mãe, naquele conflito tão comum!
https://www.youtube.com/watch?v=P8wds72qRFM
Ana Canosa no comando do “Família pede Socorro”
(Bastidores da TV)
Pergunta internauta – Laércio Botega (@laerciobotega)
Quando o assunto é relacionamento, cedo ou tarde nos deparamos com as crises. Você também passou por uma, o que acabou por resultar em separação. Como foi essa experiência? Ocorreu antes ou depois de ter iniciado seu trabalho como terapeuta de casais na TV?
Resposta:
Fui casada durante 8 anos com meu primeiro marido. Fizemos terapia de casal por um tempo, o que ajudou a perceber que realmente eu desejava a separação. Ainda levei mais tempo trabalhando em terapia individual a decisão pela separação, pois casei com o desejo de viver bem e feliz para toda a vida e mudar o rumo não era fácil. Tudo isso aconteceu bem antes do projeto da TV. Passei alguns anos vivendo sozinha, o que foi ótimo e depois conheci o meu atual marido. Diante de uma crise conjugal, lá fomos nós para a terapia de casal também. Dessa vez o processo mostrou que queríamos muito ficar juntos. Amadurecemos, foi uma fase difícil, mas muito importante e linda. Depois “engravidamos” do nosso filho, que chegou em um momento muito bom. O trabalho na TV começou 2 anos depois. Estamos há 12 anos juntos e nos damos muito bem, resolvendo nossos conflitos e curtindo tudo o que construímos pessoalmente e como casal. Como vê, de terapia de casal eu entendo bem! (risos).
(Bastidores da TV)
Qual o balanço do ano de 2014? E o que espera de 2015?
Resposta:
2014 foi um ano muito bom para mim, embora todos os problemas que o Brasil enfrenta, principalmente no que se refere à péssima gestão pública relacionada às necessidades reais da população e toda a corrupção que se apresenta tenham me afetado bastante também. Experimentei em 2014 sentimentos fortes de insegurança, impotência, indignação. Como sou otimista por natureza me incomodou a maneira de me pegar as vezes tomada pela desesperança. Eu espero que em 2015 as pessoas se conscientizem de fato sobre a sua importância pessoal e social para a promoção de mudanças. E que compromisso seja a palavra de ordem. Profissionalmente espero dar continuidade a todos as minhas ações profissionais e iniciar projetos na TV a cabo.
(Bastidores da TV)
Para encerrar, deixo o espaço aperto para agradecer as pessoas que a ajudaram a chegar onde está hoje. Além é claro, de deixar uma mensagem para aqueles que acompanham o seu trabalho.
Resposta:
Sou muito grata a vida e a todos que me rodeiam. Fico feliz com cada comentário que fazem a meu respeito, como pessoa e profissional, elogiando e incentivando o trabalho. Agradeço todos que participaram do projeto do SOS Casamento, e que participam do Família pede Socorro da direção à equipe técnica, pois me ajudam muito e acreditam no processo. Ao SBT, que me recebeu tão bem e a Eliana pela parceria. E principalmente tenho que agradecer os participantes que confiam a mim a sua intimidade emocional. E a minha família, que segura a minha onda. A todos os que me acompanham, além de agradecer pelo carinho, tenho um pedido a fazer: que me acompanhem nesse projeto maior, que é a cultura da paz, baseada no diálogo e na não-violência.
(Bastidores da TV)
Obrigado pela entrevista. Eu, em nome de toda a equipe do Bastidores desejo-lhe muito sucesso na carreira, que você consiga realizar seus sonhos e claro, que esteja sempre interagindo conosco nas redes sociais e incrementando o conteúdo da TV. Abraços.
Lembrando que para me encontrar é fácil, estou sempre perambulando pelo Twitter:@Hjms_QuimTV, além de responder aos mais tímidos via e-mail:hiago@bastidoresdatv.com.br
Agora sim posso me despedir.
#CâmbioDesligo

