Exclusivo! Thiago Rocha comemora quatro anos na RedeTV!, fala sobre carreira, pedido inusitado a Silvio Santos e novos projetos
Thiago Rocha é uma das estrelas da Rede TV! e ultimamente tem dedicado boa parte da sua energia a carreira de apresentador.
Há quatro anos, Thiago Rocha assinava com a emissora de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho e até agora tem trabalhado muito e reconhecido pelo público que o acompanha no seu programa, o “Tá Sabendo?” e nas suas participações no “A Tarde É Sua”, de Sonia Abrão e no “Superpop”, de Luciana Gimenez.
Em entrevista exclusiva ao site Bastidores da TV, o apresentador conta como foi receber a notícia de ganhar um programa solo, projetos para o futuro, um pedido inusitado a Silvio Santos durante uma entrevista, um pedido de selfie no velório da avó e a sua rotina dentro e fora da TV.
O mês de abril é especial para você, já que são quatro anos de história na RedeTV!. O seu sonho sempre foi trabalhar na área? Antes da televisão, com o que você trabalhava?
R: Meu sonho sempre foi trabalhar com comunicação, mas nunca imaginei que seria com jornalismo. Eu ia muito bem em aula de religião e achei que seria padre. Depois achei que me tornaria um engenheiro agrônomo, mas teria que mudar de São Paulo e não tenho parentes fora, não me via fora, então decidi ficar por aqui. Logo, começou a florescer esse negócio de televisão, só que todo mundo falava que não daria certo, que seria difícil e eu gosto quando a pessoa fala que não vou conseguir, pois me desafia. E tem um outro porém: Era algo muito longe da minha realidade. Eu era feirante, ninguém da minha família trabalha com comunicação e acabou que deu certo. Comecei a me apaixonar por programas de auditório, mas não para bater palma, e sim para ver como funcionavam as câmeras, a grua e cada vez o sonho parecia mais longe de se concretizar. Mas, num piscar de olhos, aconteceu. Minha primeira vez na TV foi na Olga Bongiovanni e na RedeTV! foi quando ainda era na outra sede. Eles estavam procurando pessoas, ligaram no ‘O Fuxico’ e eu atendi o telefone. Eles queriam alguém que representasse o site na TV e eu me candidatei para ir. Então vim e percebi que isso aqui é o que eu amo. Fui perseguindo [meu sonho], demorou pelo menos uns três ou quatro anos até trabalhar numa televisão e aí a trajetória começou. Parece que vivo um sonho até hoje, é muito louco.
Quatro anos contratado pela RedeTV! e recentemente no comando de um programa de fofocas. Como foi receber a notícia de que ganharia um programa só para você?
R: Nunca pensei em ter um programa para mim porque sempre me entendi como um jogador. Se não tiver campo e bola, você não joga. Então a TV não é feita de um apresentador, ela é feita de uma equipe e o ‘Tá Sabendo’, nesse decorrer de um ano, passou por diversas transformações. Fomos adequando, experimentando e esse é o grande barato. Precisamos experimentar sempre porque o telespectador que assiste hoje não vai assistir amanhã, então a gente tem que sempre levar um leque de opções. O programa cresceu, começou numa versão estadual, depois passou para uma nacional e é maravilhoso. A gente percebe que é um período evolutivo e ele ainda tem muito mais a evoluir. É como se fosse um rio: a gente sabe aonde ele vai chegar, mas não tem certeza da quantidade de água que ele vai carregar. Então tenho certeza de que a gente vai carregar muita água ainda e trazer muita alegria para a RedeTV!.
A RedeTV! permite que você transite por outras emissoras. A relação com o canal é do jeito que vemos, de total liberdade?
R: Total liberdade! E esse é o sonho de consumo de qualquer comunicador. Posso fazer uma participação no SBT como fiz e sou bem recebido e respeitado lá, mas também por conta da RedeTV! que me respeita. Não adianta ser respeitado na rua e não ser respeitado na casa que você veste a camisa. Sou muito feliz aqui por causa da liberdade de falar o que penso. O programa tem uma veia com informações básicas: ‘Foi em Mato Grosso; em Minas Gerais; às três da manhã’, mas ele é opinativo. Não tem TP [teleprompter] e está tudo na minha cabeça. Então a RedeTV! me deixa fazer o rádio na televisão e o rádio é livre. Fico 30 minutos conversando e olhando para o telespectador como se estivesse dentro da sala da casa dele e isso é o sonho de qualquer jornalista – principalmente daqueles que são impedidos de omitir opinião porque são obrigados a ler um teleprompter.
Além do “Tá Sabendo?”, a direção e você já conversaram sobre um novo projeto? Quais são os seus planos para o futuro?
R: Meus planos são muitos. Ganhar um cenário físico é algo que quero. O virtual é muito legal, mas ele te impossibilita com cor, listras e até corte de cabelo, então meu sonho é ter um cenário físico, mas não é fácil porque existem muitas coisas a serem resolvidas. Também tenho o sonho de apresentar um programa de auditório, mas sei que esse não é o momento. Quando digo auditório é um programa no qual as pessoas participam. Se for analisar, o SBT parou no Celso Portiolli e ele deve ter 30 anos na casa, para você ver o quão difícil é para você mostrar que pode ser um animador de auditório. Além disso, esse programas tendem aos musicais e eles não são bem recebidos hoje, infelizmente. As pessoas falam que cai a audiência, que é brega. Mas esse é meu sonho. E não significa que quero ele para amanhã, mas está nas minhas metas. Desde quando eu era vendedor de fruta na feira, eu falava: ‘Quero trabalhar na televisão’. Soube esperar e aconteceu. Se eu souber esperar e for da vontade de Deus e do meu merecimento, a história do programa de auditório vai acontecer também.
Suas informações a respeito das celebridades sempre são pautas para os principais sites de notícias. No “Tá Sabendo”, nas participações do “A Tarde é Sua”, você sempre mantém o público bem informado. Como é o seu contato com as celebridades que você menciona nos programas?
R: Procuro não ser amigo da celebridade porque senão você fica pensando em como contar as coisas e não tem jeito. Tento sempre ser e prezo muito em minha carreira pela ética. Não vou dar uma informação desencontrada. Claro que todo mundo pode errar, minha fonte pode errar, mas tento ser o mais ético possível e me cercar porque muitas vezes, nas emissoras – e eu já trabalhei em quase todas – você tem as fontes que estão lá, além de pessoas que estão envolvidas no lance da fofoca e podem te confidenciar. Então procuro checar com pelo menos três fontes para evitar qualquer problema no meio do caminho – e eu já tive problemas com isso. Não venho para a televisão para fazer intriga entre as pessoas. A celebridade tem que entender que tem o ônus e o bônus da fama. Não é só ganhar um cachê maravilhoso. Você vendeu sua intimidade, e sua intimidade tem um preço.
Todo profissional da área sonha em algum dia conhecer Silvio Santos. Você, além de conhecê-lo, já conseguiu entrevistá-lo. Qual foi a sensação de bater um papo com o dono do SBT?
R: Sensação de ver um súdito conversando com um rei. Imagina, você crescer assistindo ao Silvio, entendendo que ele é o maior apresentador da TV brasileira e do nada o cara para e conversa com você. Aconteceu por duas vezes e fiquei embasbacado. Você tem vontade de colocar a mão nele para ver se é de verdade. Primeira vez que o entrevistei pedi para ele assinar uma camisa minha que está enquadrada no meu quarto e ele falou que era uma bobagem. Respondi que era bobagem para ele, porque para mim tinha muito valor. Então é realizar um sonho e ver que essas pessoas são de verdade.
A vida de quem trabalha na televisão não é fácil. Com toda a agenda existe espaço para sair com a família e amigos? Como é sua rotina dentro e fora da TV?
R: Dá para sair com família e amigos, mas devo confessar que ultimamente nem tanto e por um motivo muito simples. Estou em uma fase de consolidação da minha carreira e crescimento profissional. Então tenho que aproveitar essa oportunidade que a RedeTV! me dá porque não sou eu quem escolhe a televisão, é ela que me escolhe. Não foi por tudo isso que batalhei? Então tenho que agradecer e reverenciar. É complicado? É. Saio de casa 6h30, apresento o “Tá Sabendo?” às 9h30, depois às 15h começa o “A Tarde é Sua” e termina às 17h. Chego em casa entre 18h30 e 19h, mas ainda dá tempo de fazer inglês, pilates e quero voltar para a musculação porque, se um dia a TV me privar de fazer coisas que eu gosto, é porque tem algo errado. Ela não pode interferir na minha vida pessoal, as duas têm que andar juntas. A vida é muito curta. Claro que nem todo dia você está bem. Uma vez estava no velório da minha avó e uma senhora chegou em mim e pediu uma selfie. Estava sofrendo a perda da minha avó, mas a gente tem que entender que o telespectador não tem a oportunidade de te encontrar de novo. É uma pessoa que você não conhece e te prestigia há anos, já que estou completando oito anos com a cara no vídeo. E mesmo com tudo isso, para mim é uma alegria porque quem faz TV, faz para ser reconhecido. Se não fosse para isso faria teatro para 50 pessoas e não para 50 milhões. Amo o que faço e tenho um público de mulheres acima dos 50 anos que é maravilhoso. Elas me tratam como filho. Se ter uma mãe já é ótimo, imagine ter várias.
