“Profissão Jornalista”: Cassius Zeilmann – De revelação do jornalismo do SBT a queridinho da internet

“Profissão Jornalista”: Cassius Zeilmann – De revelação do jornalismo do SBT a queridinho da internet

A nossa série especial de entrevistas exclusivas continua. O entrevistado desta rodada é o gaúcho Cassius Zeilmann, de apenas 28 anos, natural de Porto Alegre. Em entrevista, ao colunista Júlio Fantin, do BastidoresDaTV, o apresentador do “SBT Notícias”, conta como recebeu o convite de apresentar o jornalístico, sucesso nas madrugadas do SBT, e revela um sonho: ter um programa de entretenimento na TV. Apesar do sucesso e da mudança de cidade, Cassius continua com os mesmos hábitos e não deixa seu dia cair na rotina. O ‘churrasco nosso de cada dia’ e o chimarrão, bebida tradicional no Sul do país, não podem faltar, como manda a tradição!

Jornalista gaúcho sempre sonhou com uma oportunidade na capital paulista

Você era funcionário do SBT RS, até ser transferido para o SBT SP. Como surgiu o convite para trocar Porto Alegre pela capital paulista?

C.Z. – Na época em que era repórter no Rio Grande do Sul acabei fazendo contato com colegas de São Paulo. Algumas reportagens minhas eram exibidas na programação nacional do SBT (como SBT Brasil, Jornal do SBT e Programa da Eliana). Assim, a chefia acabou conhecendo um pouquinho mais do meu trabalho. Acredito que o convite tenha sido feito pelo perfil de apresentador que estavam buscando e também pela proposta do SBT Notícias, um programa na madrugada, jovem e com uma linguagem simples e de fácil entendimento. Eu tive sorte de poder ser lembrado. Acho que foi um dos dias mais felizes da minha vida. Tenho só a agradecer pela aposta que fizeram em mim. Costumo dizer que cada um tem um anjinho da guarda. O meu tem nome e sobrenome: Diego Sangermano (atual gerente de jornalismo SBT-Rio). Sem esquecer dos meus ex e atuais chefes que sempre “puxaram minha orelha” dando dicas para o meu crescimento profissional e pessoal (Danilo Teixeira, Cilene Frias, Rafael Bianco, entre outros).

Começou sua carreira no Rio Grande do Sul? Como tudo começou e o que você almeja para seu futuro? Sonha com algum projeto em especial, dentro ou fora do SBT?

C.Z. – Comecei minha carreira em Porto Alegre. Passei por rádio e assessoria de imprensa até chegar em TV. A primeira experiência foi na Band e depois me transferi para o SBT. Por lá, flutuei em quase todas as funções até me apaixonar e ficar de vez na reportagem. Olha, em relação ao futuro acho essa pergunta muito ampla. Eu sempre vou querer tudo. Nunca sossegar. Jamais parar. Sempre evoluir e crescer. Hoje, eu só quero fazer o meu trabalho e me doar ao maximo ao SBT Notícias. Mas, antes, sempre tive a vontade de viajar o mundo contando histórias. Quem sabe um dia não tento ser um correspondente né. Ou me arriscar no entretenimento, um programa com crianças. Hoje em dia elas estão tão evoluídas e antenadas sobre tudo que rola na TV e na internet. Eu acho essa molecada genial e extremamente criativa. Acho que nos daríamos bem. Seria, no mínimo, engraçado transmitir os pensamentos dessa nova geração. Mas isso está adormecido. Agora penso em apenas dar meu melhor e fazer o SBT Notícias crescer cada dia mais e mais. E são muitos os amigos e colegas que querem o mesmo que eu. “Vamo que vamo” SBT Notícias.

O SBT vem apostando em novos nomes para apresentar telejornais. Como foi deixar de fazer reportagens em uma emissora estadual, para apresentar um jornal em rede nacional?

C.Z. – Foi uma mudança tranquila. Há muito tempo eu desejava vir para São Paulo e crescer mais como profissional. A apresentação foi uma linda surpresa. Espero que esteja agradando o público com meu jeitinho de informar. Por enquanto, o retorno está sendo maravilhoso. É muito amor envolvido.

Apresentar um telejornal ao vivo nas madrugadas requer mudança de hábito. Como é a sua nova rotina? Já se acostumou com o horário, com a Grande São Paulo e com o ritmo da cidade que não dorme?

C.Z. – Jornalista não pode se apegar a rotinas e hábitos. É uma loucura mesmo. Amanhã posso estar de dia ou de noite. Então, eu tento só me alimentar bem e descansar bastante. Mas sigo fazendo tudo que gosto: ir ao cinema, ver séries em casa, tomar chimarrão no parque, visitar alguns pontos turísticos, conhecer novos lugares, caminhar pelo bairro, fazer churrasco com amigos e, principalmente, rir. Adoro rir do azar, vibrar com a sorte e tornar a vida mais leve. Tendo isso estou de “buenas”.

Embora esteja apenas cinco meses apresentando o “SBT Notícias”, você já conseguiu se destacar, sendo uma das revelações do “novo jornalismo” adotado pela emissora. Como vem lidando com a fama de jornalista “galã”?

C.Z. – Risos (calma, to rindo ainda). Mais um pouquinho. Bom, to melhor agora haha. Eu fico extremamente feliz com todo retorno positivo que o programa está tendo. Isso é o reflexo de um trabalho feito com paixão e de uma equipe unida e parceira. Por trás de mim e dos outros apresentadores é que está a nossa máquina de fazer notícia (editor-chefe, editores de texto e imagem, produtores, coordenadores, chefia). Eles fazem acontecer. Eu tento representá-los da melhor maneira possível e transmitir esse amor à profissão ao pessoal de casa. Será que tá dando certo? Bah, tomara. Em relação ao posto de galã costumo dizer para a galera que fala comigo nas redes sociais pra eles colocarem os óculos ou as lentes de contato, por que eu não me vejo um galã. Muito pelo contrário. A prioridade é sempre a informação. Mas admito que fico feliz, lisonjeado e, muitas vezes, envergonhado quando recebo elogios. Levo na brincadeira e tento interagir com a galera pra mostrar esse meu lado “boa praça”, gente boa de ser. Eu sou igual a todos. Só mais uma pessoa em busca dos seus objetivos e realizações.

As vezes com seu bom humor, alguns comentários e até mesmo quando emite uma opinião séria, você consegue viralizar na internet. Você se identifica mais com a bancada ou com um jornalismo menos informal e engessado, um pouco mais popular? 

C.Z. – Entao, eu acho a internet algo SENSACIONAL e PODEROSA. Precisamos ter muito cuidado com o que falamos ou fazemos. Mas o Cassius do dia-a-dia é o mesmo do SBT Notícias. Brinco quando posso brincar e falo sério quando tem que falar. A rotina do trabalhador é tão desgastante e, certas vezes, dura que eles querem ver um programa em que possam ficar bem informados e também se divertirem. O pessoal que nos assiste olha, se identifica e publica nas redes sociais. Dependendo o assunto viraliza na internet. Sinceramente, eu amo jornalismo de bancada. Afinal, quem nunca sonhou em apresentar um telejornal numa bancada daquelas? Mas também quero experimentar poder transitar e interagir mais com o público. Amo o povo. Sou do povo. Adoro tá no meio da galera. Misturado. O melhor do Brasil é o brasileiro. Então, eu tenho essa veia popular no sangue e é bem forte viu.

Como você avalia a iniciativa da emissora em ter jornalismo ao vivo, durante toda a madrugada? Com tantas afiliadas produzindo reportagens locais, ainda há uma grande repetição. Você considera o público “rotativo”?

C. Z. – Achei o projeto extremamente importante. O público é vasto em casa, bares, hospitais, setores públicos que funcionam 24h. Há muitas pessoas que trocam o dia pela noite e ficam nos acompanhando. Amo essa fidelidade do pessoal em nos acompanhar. Todos precisam de uma opção de jornalismo na madrugada. Silvio Santos viu a necessidade desse público e decidiu criar o SBT Notícias. Eu tenho que agradecer muito. Como dizem lá no Sul: que baita ideia tchê. Nós recebemos muitas reportagens das afiliadas. Inclusive, matérias bem legais e bem construídas. Com certeza, o público é diferente de um horário para o outro. O público do início do jornal é diferente do final. Tem aquelas pessoas que estão indo trabalhar ou dormir e ficam ligadinhos na gente.  E há outro público que está acordando e gosta de assistir ao programa antes de sair de casa.

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