Coluna: Parem com esse “nhe nhe nhem”!

Coluna: Parem com esse “nhe nhe nhem”!

Max111-1

Gosto não se discute, certo? Entretanto, a maioria há de concordar que a música de hoje é péssima! Muita coisa mudou e deixou saudades da época em que não o Brasil tinha grandes compositores e cantores na mídia, como Cazuza, Renato Russo, Cássia Eller… letras que traziam reflexões e que se misturavam com tudo o que vivíamos e sentíamos. Um tempo em que existiam verdadeiras canções, e hoje nos deparamos com a triste realidade em que qualquer um, com ou sem dom, compõe, canta (ou não) e faz sucesso! Vivemos numa época em que o ridículo e o que chamamos de “musica fácil” é muito bem aceito. Assim vamos sendo obrigados a escutar hits como “Senta, senta, senta, senta”, “Passinho do romano” e os sertanejos com seus incansáveis “Tchererê tchê tchê“.

Estes são apenas pequenos exemplos patéticos do quão ruim é o momento da música Brasileira. O pior é que esses sons estão dominando o país e as verdadeiras letras estão ficando em segundo plano como e o caso do ilustre compositor e cantor “Jay Vaquer” e a banda “Scalene“. Claro, não é? Já que o sucesso se alcança criando uma estrofe tosca e bolando uma dança que consegue ser mais tosca ainda.

A Banda Scalene que prioriza a qualidade em suas músicas recentemente participou do programa "Super Star" da Globo, mas perderam para uma dupla de cantores que tem forte apelo comercial e popular.
A Banda Scalene que prioriza a qualidade em suas músicas recentemente participou do programa “Super Star” da Globo, mas perderam para uma dupla de cantores que tem forte apelo comercial e popular.

A culpa em parte é do mercado da música, que passou a produzir dois tipos de cantores: o comercial e o artista. Sendo que o primeiro é bom porque faz um hit que estoura nas paradas de sucesso, como os que citei acima. Só que essa música, por ser um produto descartável, não será relembrada por muito tempo. O segundo tipo é composto por aqueles que realmente possuem talento, que são raros. Aqui entra a parcela dos outros culpados: Nós, consumidores! Temos dado tanto ibope para diversas porcarias que nem mais reconhecemos os bons artistas, que ainda existem!

O caso mais recente de musica chiclete é “Nhe nhe nhem” da pequena cantora e apresentadora do SBT, Maisa. O vídeo da música no YouTube já ultrapassa a marca dos 6 milhões de views que tendem a aumentar. Criticada por boa parte, a canção é sim um “chiclete” afinal ela sim tem idade para cantar este tipo de música e é isso que seu público precisa. Apesar dos apesares a letra passa uma mensagem que deve ser tratada com atenção, a reclamação que eu, você e todos nós fazemos no dia a dia, este e o real “Nhe nhe nhem” de que Maisa tanto reclama na música. Pessoas que escutam o “Xenhenhem” reclamando do “Nhe nhe nhem“? Hipocresia?

 

https://www.youtube.com/watch?v=rq-WlPYFnm8

Confira o vídeo oficial no canal da cantora no YouTube.

Enquanto mantermos essa postura não teremos grandes compositores ou cantores na midia, teremos apenas palhaços com suas músicas vergonhosas. Na verdade, grandes sábios, não é? Porque o termo “palhaços” se encaixaria melhor a nós, por sermos adeptos ao lixo que circula por aí! Como podemos ouvir ou dar ibope a algo tão ruim? Hipocrisia? ou puro “Nhe nhe nhem”?

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