Sexy Hot estreia produção, baseado em uma história real, de brasileiras que moram no exterior
O Sexy Hot vai exibir no dia 8 de junho, à meia-noite, a produção de duas brasileiras que possuem uma produtora fora do Brasil, a Wild Galaxies. Dirigido pela cineasta Lívia Cheibub e a produtora Angélica Amalin Abe, ambas donas da produtora, o filme LandLocked traz uma história sobre a intimidade de um sexo casual, da entrega, de uma paixão momentânea, em Berlim.
Segundo Lívia, falar sobre a insegurança masculina é importante para a desconstrução de gênero e para mostrar que homens têm inseguranças, medos e traumas como todo mundo. “O que se passa no Landlocked já aconteceu e acontece com muita gente. Inclusive muitos homens que assistem ao filme me mandam mensagens confidenciando situações semelhantes que aconteceram com eles”, explica.
Interpretada pela atriz argentina Maria Ríot, ativista dos direitos de trabalhadoras sexuais, bissexual e de sexualidade natural, a produção mostra Joana, personagem feminina independente, que acabou de se mudar para a capital alemã e conhece Thomas (interpretado pelo ator adulto do gênero queer porn, Parker Marx), um jovem que precisa enfrentar as suas inseguranças sexuais.
Atraído, o casal vai passar os próximos dias juntos, enquanto Joana quer experimentar ao máximo a urgência dessa paixão. O roteiro foi baseado em uma história real, com a proposta de passar o sentimento de intimidade natural e paixão para os espectadores.
De acordo com Lívia, quando o movimento post porn ganhou força na última década, com diretoras renomadas como Shine Louise Houston, Paulita Pappel, Erika Lust e Vex Ashley começamos a ver novos performers, pluralidade de corpos, com fluidez de gênero, e múltiplas formas de dar, receber e sentir prazer, desejo e afeto.
Segundo ela, o filme é um processo de colaboração e de troca com as atrizes e atores e, principalmente de respeito, pelos corpos e pela sexualidade de cada um. “Quando entramos em contato, eles demonstraram interesse imediato. A premissa era que eles nunca tivessem feito umas cenas juntas, porque eu queria mostrar o primeiro encontro, a descoberta, a exploração do corpo do outro, as faíscas e sensações de quando transamos com alguém pela primeira vez”, comenta a produtora sobre a seleção do casal de atores para o filme.
“Para a identificação do público, não faria sentido se os nossos personagens tivesses corpos perfeitos e estereotipados como nas produções do dia a dia”, comenta a produtora sobre a seleção do casal de atores para o filme.
Para as produtoras, o pornô tem um potencial criativo e narrativo ainda pouco explorado. Segundo Lívia, muitas pessoas têm preconceitos com a pornografia, mas também pode ser um meio para falarmos abertamente de sexualidade e gênero de uma maneira não tão normativa.
“Foi a minha primeira produção com sexo explícito e não quero parar mais. Quanto mais representatividade tivermos na pornografia, maior será o público consumidor, porque a combinação de gêneros e sexualidades permite que tanto os atores quanto o público possam expandir e afirmar suas próprias identidades e desejos. Representatividade no pornô é essencial.”, conclui Lívia.
