Dedé lamenta não ter administrado dinheiro tão bem quanto Renato Aragão

Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, da Record, o ator e humorista Dedé Santana lamentou não ter administrado o dinheiro tão bem quanto Renato Aragão, companheiro no elenco do extinto humorístico “Os Trapalhões”.
Segundo informações do UOL, Dedé explicou que não conseguiu ficar rico, mesmo com o sucesso estrondoso do programa nos anos 70, 80 e início da década de 90. A entrevista foi exibida na noite deste domingo (25).
“Agora eu não tenho culpa e ele [Renato Aragão] também não, de ter administrado melhor a carreira dele. Eu errei na administração da minha carreira. Eu administrei muito mal. O Didi, como é advogado e foi bancário, soube administrar a carreira dele: onde comprar, onde investir o dinheiro dele, tudo. Ele soube encaminhar o que ganhou, fazer as economias necessárias. Já eu joguei muito dinheiro fora”, disse o comediante.
“Eu tenho um defeito ou uma qualidade, que é o de ajudar a todo mundo. Eu ajudei muita gente, que mais tarde, quando precisei, falhou comigo”, reclamou Dedé, que garantiu não se referir a Renato Aragão. “Sabe o que me irrita? É o de tentar colocar sempre o Renato e eu brigando. Se eu tiver qualquer problema, eu pego o telefone e ligo [diretamente para ele]. O que eu precisar dele…já precisei e fui [atendido] na hora”, ressaltou Dedé.
O comediante garantiu que “não existe nenhuma mágoa” entre os dois. “Temos um relacionamento praticamente de marido e mulher, um casal. De vez em quando, a gente discute, mas é por filme, é por programa”, encerrou.
Exibido pelas redes Tupi, Record e Globo, a série “Os Trapalhões” foi composta pelo quarteto Renato Aragão, Dedé Santana e, mais tarde, Mussum e Zacarias. O humorístico ficou no ar por 18 anos, entre março de 1977 e agosto de 1995.
Após 20 anos de parceria, Zacarias foi o primeiro do elenco a morrer, em 1990, vítima de uma insuficiência respiratória, em decorrência de uma infecção pulmonar. “O Zacarias para mim era o grande ator, era um tremendo apaziguador. Qualquer rusguinha que tinha em nosso grupo, ele falava ‘não, espera aí, não é bem assim'”, disse Dedé.
Quatro anos depois foi a vez de Antônio Carlos, o Mussum. Ele faleceu aos 54 anos, em 1994, em decorrência de problemas no coração.
