Em entrevista, Renato Aragão declara que os gays e negros de sua época não se ofendiam com piadas “preconceituosas”
Segundo o jornalista Daniel Castro do portal “Notícias da TV”, Renato Aragão reclamou da perseguição ao humor politicamente incorreto, visto hoje como preconceituoso. Aniversariante deste mês, mais precisamente na próxima terça (13), data onde também comemora 55 anos do personagem Didi. O artista relembrou que na época de “Os Trapalhões” (1966-1995), negros e gays sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira:
“Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear. Na época, a gente fazia como uma brincadeira. Era uma brincadeira de circo entre mim e o Mussum. Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém. Hoje, todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar muito isso”, desabafou o humorista à revista Playboy de janeiro, que chegou às bancas no dia de hoje (06/01).
Renato Aragão diz não se incomodar com as críticas ao trabalho dele como Trapalhão. Para o humorista, muitas pessoas detonavam os filmes de Didi, Dedé Santana, Mussum e Zacarias sem ao menos ver o conteúdo.
“Eu nunca liguei para isso, nem vou ligar. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Foi comprovado isso. Mas, quanto mais eles me malhavam, mas crescia o bolo, mais dava bilheteria. Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima”, finalizou comemorando o feito.
