Fachada da Globo é pichada em protesto contra “Sexo e as Negas”


“Pro racismo acabar, a Globo ‘vamo’ escrachar. E se as ‘preta’ se unir, ‘Sexo e as Negas’ vai cair.”
Esse foi um dos gritos de guerra ouvidos em frente à sede da Rede Globo em São Paulo, durante protesto contra a exibição do seriado “Sexo e as Negas”, criado por Miguel Falabella. Cerca de 60 pessoas se manifestaram na frente da sede da emissora, de acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”. Durante o ato, a fachada do canal foi pichada por alguns integrantes.
Em entrevista ao jornal, Beatriz Lourenço, 22, militante do LPJ, disse que “a série começou a ser propagandeada há cerca de um mês, e, desde o início, muitas meninas se manifestaram”, afirmou. “Mesmo sem ter estreado, o incômodo estava dado.”
A estudante de direito não viu o episódio de estreia inteiro, mas assistiu a alguns trechos na internet.“A gente já previa que ia ter essa visão estereotipada do povo negro e pobre, mas me assustei muito mais. A Globo se aproveita de um estereótipo estabelecido e o reforça”, explicou à Folha de S. Paulo. O grupo de manifestantes também divulgou um vídeo na quarta-feira (17). Assista:
Por meio de nota enviada à imprensa, a Globo diz que “foi um ato isolado de um grupo de 60 manifestantes que naquele momento não tinha conhecimento do conteúdo da obra”. Além disso, reforça que a série estreou com boa audiência e com crítica especializada favorável.
Já Miguel Falabella, 57, comentou rapidamente a situação durante entrevista ao “Diário de S. Paulo”. “Que loucura o rancor desse povo, não é? Eu estou no terceiro ato da minha vida. Não dá para ter rancor, sabe? Não tenho tempo para isso.”
O autor, ator e diretor também comentou que Taís Araújo, 35, ligou para ele logo depois da estreia de “Sexo e as Negas”. “Não conseguia parar de chorar. Falou que ficou emocionada com aquilo tudo e que sonha com um mundo menos preconceituoso.”
Curta o Bastidores da TV no Facebook: https://www.facebook.com/BastidoresDaTV