Globo ameaça dispensar ator que recusar personagem em novela

Globo ameaça dispensar ator que recusar personagem em novela
Murilo Benício em "Geração Brasil", novela das 19h. Foto: Globo/Paulo Belote
Murilo Benício em "Geração Brasil", novela das 19h. Foto: Globo/Paulo Belote
Murilo Benício em “Geração Brasil”, novela das 19h. Foto: Globo/Paulo Belote

A Globo decidiu dificultar a renovação de contrato de atores que recusam personagens em novelas da emissora. Em alguns casos, os contratos simplesmente não serão renovados, e o profissional será dispensado. Em outras situações, de atores considerados especiais, os contratos serão renovados, mas em condições menos vantajosas ou por obra certa. No ano passado, pelo menos dois galãs da emissora recusaram papéis em novelas: Murilo Benício e Caio Castro.

Segundo informações do colunista Daniel Castro, do site Notícias da TV, os dois se enquadram na segunda categoria, a dos atores que a Globo não quer ver na Record. Benício abriu mão do Romero Rômulo de “A Regra do Jogo” alegando que tinha compromissos com o cinema, mas já trabalha em um outro projeto da emissora, “Nada Será como Antes”, uma série que mostrará os bastidores de uma TV nos anos 1950. Caio Castro, que nem quis saber de proposta para fazer o vilão de “Haja Coração”, próxima das sete, já é contratado por obra certa. Ele ganha apenas pela novela, série ou minissérie em que trabalha.

Autores da Globo têm uma extensa lista de nomes de estrelas que vivem dizendo “não” para suas criações. Entre eles, estão Cauã Reymond, que tem fama de escolher muito bem seus papéis, Chay Suede, Debora Falabella, Isis Valverde e Mariana Ximenes. Isso não quer dizer que a Globo vai dispensar esses profissionais, mas a emissora poderá, sim, renovar pagando menos ou apenas por obras certas.

De acordo com Daniel Castro, a medida faz parte de política da emissora de reduzir o elenco de contratados fixos, que recebem mesmo quando estão fora do ar, e trabalhar mais com atores no regime de obra certa. O que motivou a decisão foi justamente as recusas de trabalho quando os profissionais são convocados.

Para um alto executivo da Globo, ninguém é obrigado a assinar contrato de exclusividade com a emissora. Mas quem o faz deve entender que é uma obrigação trabalhista como qualquer outra, que está contratado para prestar serviços quando chamado, como em qualquer empresa.


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