Globo quer “atender à pluralidade musical” do Brasil, afirma diretor do “SóTocaTop”

Raoni Carneiro, diretor artístico do “SóTocaTop” contou detalhes do desenvolvimento do programa que será comandado por Luan Santana e Fernanda Souza.

A ideia principal é mostrar ao público à pluralidade musical que o Brasil vive. O diretor conta ainda que haverá espaço na atração para o lançamento de novos nomes e músicas.

Confira a entrevista:

Como vocês chegaram ao conceito do ‘SóTocaTop’?

Raoni Carneiro: Queríamos um programa que classificasse a música de uma maneira atual. Entendemos, então, que tínhamos que olhar para a multiplicidade de mídias e meios de consumo de música que existem hoje em dia. Esse era o desafio. Mas fomos descobrindo as muitas variações e ajustamos essa equação e estabelecemos o nosso conceito: vários rankings em um mesmo programa de música.

Como serão formados os rankings?

Raoni: Criamos três linhas de recorte para classificar os rankings: música ou artista; rádio ou internet; e, se decidirmos entrar na terceira linha, ela será de região ou gênero. Logo, para classificarmos um ranking, vamos começar pensando se ele é de música ou artista, rádio ou internet, regional ou por gênero musical. A partir daí pode-se formar, por exemplo, um ranking assim: a música mais ouvida na rádio, no gênero rock. Conseguimos descobrir diferentes maneiras de olhar a música. Desta maneira a gente consegue atender à pluralidade musical que o Brasil vive.

Então serão vários rankings por dia? Por quê?

Raoni: Sim, teremos vários rankings a cada programa, setorizados. Porque nossa premissa é mostrar a pluralidade da música, prezando pelo DNA da atração, que é o ranking. Com isso poderemos levar vários artistas em um mesmo programa, durante toda a temporada.

Normalmente, os rankings de música são formados com o que o público ouve nas rádios, mas vocês incluíram também a internet. Por quê?

Raoni: Porque estamos em uma era de muita informação. A música não está apenas nas rádios, mas em todo canto. A internet ajuda a compor melhor o olhar para o atual cenário musical no Brasil. E foi por isso que dividimos em vários rankings. Quando eu falo sobre os rankings em um programa, podem ser três músicas mais ouvidas da rádio, duas músicas do artista do rock mais ouvido na internet, mais as duas músicas de pagode mais ouvidas da internet e assim por diante. Não estou falando ranking sequencial do décimo ao primeiro lugar, por exemplo. É isso que vai dar essa multiplicidade ao programa. Quem faz o ‘SóTocaTop’ é o público.

Haverá espaço para lançamentos no ‘SóTocaTop’?

Raoni: Sim. Teremos em todos os programas a ‘Aposta da semana’. A gente chama de aposta, mas não é uma decisão inspiracional. Temos uma equipe de pesquisa e análise que vem acompanhando isso o tempo todo. Quando o artista romper a barreira dos 30 em um Top 50, provavelmente ele será uma aposta para estar no programa. Com a aposta na música já vai ser diferente. Daremos espaço também para artistas conhecidos lançarem uma nova música com a gente, justamente por acreditarmos que ele pode voltar ao programa como um “ranqueado”. Além disso, haverá o que chamamos internamente de “Parada Globo”, um programa especial no fim do mês. Este será um programa com as músicas mais ouvidas do Brasil. O que a gente quer é ser um palco para a música nas tardes de sábado: de grandes sucessos que se apresentarão para todo o país ou de artistas consagrados.