Jornalistas da Record TV são presos na Venezuela

Jornalistas da Record TV são presos na Venezuela

Dois jornalistas da Record TV foram detidos neste sábado pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), da Venezuela. Leandro Stoliar e Gilson Souza foram presos pela organização ao lado dos venezuelanos José Urbina e María Jose Túa, coordenadores do capítulo de Maracaibo da ONG Transparência Venezuela, durante uma investigação sobre a ação da construtora Odebrecht no país.

A denúncia foi feita pela própria ONG Transparência Venezuela em um comunicado oficial, que exige a libertação dos jornalistas. “A comissão do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional os deteve e os acompanhou até sua sede em Maracaibo para ter uma entrevista. Ao chegar, tiraram seus telefones celulares. A Transparência Venezuela exige sua libertação e rejeita essa detenção arbitrária por parte da Sebin.”

De acordo com informações da agência AFP, O Itamaraty foi notificado pela própria emissora Record e não pelo governo venezuelano, mas já está tomando medidas através da missão diplomática brasileira no país.

Ainda segundo a Transparência Venezuela, o time de jornalistas foi detido enquanto gravava uma reportagem nos arredores da ponte Nigale sobre o Lago Maracaibo, uma obra iniciada em 2005 por Hugo Chavez (morto em 2013) e que até hoje não foi concluída. A matéria tem relação com as supostas propinas pagas pela Odebrecht em território venezuelano.

Em nota, a A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) protestou a medida do governo venezuelano, à qual chamou de “extrema”: “Tal decisão é abominável e digna apenas de regimes ditatoriais que não aceitam o livre exercício da imprensa e temem a verdade.”

“A Abratel exige a liberação imediata dos profissionais de imprensa (…) detidos no pleno exercício legítimo de suas funções”, continuou a associação. Em comunicado oficial, a Record TV também protestou as prisões.

“A Record TV repudia esta atitude violenta e radical que fere a liberdade de imprensa e exige a imediata liberação dos profissionais e a devolução de todo o material apreendido. A RecordTV acionou o governo brasileiro através do Itamaraty e da Embaixada do Brasil na Venezuela para que todos os direitos e a segurança dos profissionais sejam garantidos.”




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