“Michel Temer é testa de ferro de Eduardo Cunha”, dispara Ciro Gomes no “Mariana Godoy Entrevista”

“Michel Temer é testa de ferro de Eduardo Cunha”, dispara Ciro Gomes no “Mariana Godoy Entrevista”
Foto: Artur Igrecias/RedeTV!
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O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e o político Ciro Gomes foram os convidados do “Mariana Godoy Entrevista” desta sexta-feira (3) na RedeTV!. “Com certeza e com sucesso”, afirmou Picciani sobre as Olimpíadas do Rio. Questionado sobre quem será o presidente do Brasil nos jogos, Picciani afirmou que o presidente atual é Michel Temer e que o prefeito do Rio de Janeiro é quem participa do encerramento.

“Eu acho muito improvável, muito difícil”, afirmou Picciani sobre uma possível volta de Dilma ao Planalto. Questionado sobre como alguém que era governo na época Dilma também pode ser governo na época de Temer, o ministro explicou: “O impeachment não é uma eleição direita (…) ele é um procedimento jurídico político e que deve ser analisado. Foi a análise que eu fiz quando optei por meu voto [Picciani votou contra a abertura do processo]”. Picciani disse que ele e outros colegas foram “voto vencido”, mas que é necessário respeitar a decisão do partido. “É obrigação nossa, do PMDB, ajudar ele [Michel Temer] nesta tarefa”, afirmou.

Sobre a delações de Sérgio Machado, que atingiram Romero Jucá, Renan Calheiros, José Sarney, entre outros, Picciani disse que “sempre que há uma suspeita, isso deve ser investigada a fundo (…) Mas não deve haver pré-julgamento”.

Já falando sobre a preocupação dos efeitos do Zika vírus nas Olimpíadas, Picciani afirmou que isso “não é um problema exclusivo do Brasil”. “Nós temos melhoras significativas nos indicadores, a população, que é fundamental no combate ao mosquito, tem aderido às campanhas”, citou o ministro. Sobre as declarações do jogador de basquete Paul Gasol, que não gostaria de vir disputar os jogos no Brasil por causa da doença, o ministro disse que isso “provoca a discussão mas dá a oportunidade de manifestação favorável. Se eu o encontrasse, lhe diria para não ter medo”. Picciani afirmou que “o Rio de Janeiro e o Brasil devem ver a Olimpíada como uma oportunidade”.

O ministro afirmou que recebeu “um voto de confiança” ao ser chamado por Temer para comandar o Ministério do Esporte, mas que ainda não pensa em se candidatar a prefeitura do Rio de Janeiro. O ministro também confirmou “um grande efetivo das Forças Armadas” durante os eventos dos jogos olímpicos. Picciani disse que “vaias e aplausos são manifestações democráticas” e que “pode ser que aconteça ou não” as vaias a Michel Temer como ocorreram contra Dilma.

Picciani afirmou que as acusações “não atingem apenas o PMDB” e que “na democracia, todos podem e devem ser investigados, quando existe a suspeita”. Fazendo uma previsão sobre Eduardo Cunha, o ministro disse que “o processo contra Cunha deve chegar ao Plenário, e aí o Plenário da Câmara dos Deputados terá a chance de se manifestar”. O ministro acredita que o Conselho de Ética dará seguimento a decisão do relator, que pediu a cassação de Cunha.

Sobre a CBF, Picciani disse que sua relação “será igual a todas as confederaçãos. Uma relação positiva, teremos diálogos e devemos fazer com que as normas e leis do país que tratam do esporte sejam cumpridas”. O ministro disse que quer “aumentar o nível de investimento nos esportes de alto rendimento e aumentar os investimentos no programa de esporte como inclusão social, nas comunidades, nas regiões mais distantes do país”.

Foto: Artur Igrecias/RedeTV!
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O segundo convidado da noite foi o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes. Ciro já começou o programa com “primeiramente, fora Temer”. E endureceu: “O PMDB é um ajuntamento de grupos estaduais que se caracterizou mais recentemente como uma quadrilha. Tem muita gente boa, gente séria, mas o que tomaram conta do PMDB são uma quadrilha”, definiu Ciro. O político não poupou críticas ao atual governo, afirmando que “Temer é testa de ferro de Eduardo Cunha”.

Ciro disse que a combinação PMDB e PT resultou em “roubalheira”. O político disse que foi processado por Eduardo Cunha pois o chamou de “ladrão” e que foi processado por dano moral por Michel Temer: “Façam uma pesquisa da quantidade de medidas provisórias que ele, Temer, entregou para Cunha relatar”.

“Eu vou pensar mil vezes antes de ser candidato. Eu já fui candidato duas vezes e as coisas pioraram como tal que para um camarada como eu é praticamente inumana”, afirmou Ciro sobre sair candidato à presidência da República. “Começou a cair a máscara do golpe”, afirmou o político sobre os projetos do governo interino.

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