Operadoras perdem quase 1 milhão de assinantes e estudam “ataque” à Netflix

Operadoras perdem quase 1 milhão de assinantes e estudam “ataque” à Netflix

As operadoras decidiram atacar a Netflix depois de perderem quase 1 milhão de assinantes desde 2014, informou neste domingo (24) o jornalista Ricardo Feltrin em sua coluna do UOL. As empresas acreditam que o serviço de streaming seja o maior culpado pela fuga de clientes.

De acordo com o colunista, as operadoras acionaram um megalobby em Brasília, que vai atuar nas seguintes frentes:

1- Querem que a Ancine exija da Netflix o pagamento da Condecine (taxa em torno de R$ 3.000 por cada filme do catálogo);

2- Querem que o governo obrigue a empresa a ter pelo menos 20% de produção nacional em seu inventário;

3- Defendem que todos os Estados da federação passem a cobrar ICMs das assinaturas (leia-se: dos clientes);

4- Estudam uma forma de cobrar ou da Netflix ou de assinantes de banda larga uma taxa “extra” quando o cliente usar streaming; a justificativa é que o serviço “consome muita banda larga”.

Segundo Feltrin, com exceção da última, mais difícil de ser imposta e possivelmente ilegal, a pior das medidas acima, se de fato implantadas, seria a obrigatoriedade de a Netflix disponibilizar 20% de conteúdo nacional.

A Globo, maior produtora de conteúdo nacional, se recusa a fazer parceria com a empresa. A Band, “parceira” histórica da Globo no esporte, também tem se recusado a conversar com a empresa estrangeira.

Outro problema encontrado, é que se produtores menores fizerem acordo com a Netflix, as portas para os inúmeros canais pagos da Globosat se fechariam para eles. Assim, Netflix teria que fazer parcerias com emissoras como Record e SBT.

Além disso, caso a empresa tiver de oferecer 20% de conteúdo nacional, o conteúdo estrangeiro total causaria diminuição radical do acervo, para obedecer a proporção.

A Netflix não revela o tamanho do seu acervo disponível no Brasil. Nos 160 países em que se encontra hoje, entre filmes, programas e capítulos de seriados e séries, estima-se que haja um milhão de peças.

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