10 anos sem MC Daleste: família fala sobre injustiça

Nesta sexta-feira (07/07/2023) completou 10 anos da morte de Daniel Pedreira Sena Pellegrini, o MC Daleste. O funkeiro foi baleado com dois tiros enquanto se apresentava em Campinas, São Paulo.

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Embora houvesse uma plateia de cerca de 5 mil pessoas, quando o cantor de 20 anos foi baleado, não se sabe até hoje a autoria do crime e o caso está arquivado desde 2015.

A família entretanto, segue buscando por justiça.

“A gente lida com isso com muita revolta. A gente não vai descansar em paz enquanto não souber de fato o que aconteceu. Se houver um pontinho de dúvida, a gente vai atrás, e não vamos descansar”, disse Ana Carolina, irmã de Daleste, ao “Splash”.

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Durante o show em que tudo aconteceu, o MC recebeu o primeiro disparo de raspão do braço, e continuou com a apresentação sem perceber o que tinha acontecido. Logo depois, outro tiro acertou seu tórax, fazendo-o cair sentado no chão. O disparo perfurou seu estômago, o fígado e o pulmão direito. A causa da morte foi anemia aguda.

Enquanto era socorrido, ele pediu para tirar uma foto, querendo mostrar às pessoas que estava bem. Ana Carolina relembrou do pesadelo que viveu ao receber a notícia.

“Eu saí e vi fãs na porta da minha casa. Aí eu fiquei meio assustada, eu vi que o negócio era mais embaixo”, relatou.

“Quando eu cheguei em Campinas, ali eu já vi que a situação não era boa. Quando eu olhei pro meu irmão [Rodrigo] e vi ele todo ensanguentado, da cabeça aos pés… O Rodrigo estava em estado de choque”, contou.

“Eu pedi para quem estava na porta [do hospital] me deixar entrar. Falei que eu era a mãe dele. Falei ‘ele vai ouvir minha voz e vai levantar’. A moça disse: ‘Não temos mais o que fazer'”, completou.

“Dali para frente foi só para trás. A nossa vida, acabou ali, naquele momento”, lamentou.