“A maternidade me reconectou comigo mesma”, afirma influenciadora Lore Improta

“A maternidade me reconectou comigo mesma”, afirma influenciadora Lore Improta

Aos 32 anos, Lore Improta vive uma fase de redescobertas. Mãe da pequena Nina, de 2 anos, a influenciadora digital tem usado suas redes sociais para compartilhar, de forma honesta e sem glamourizações, os desafios e aprendizados da maternidade.

Em recente publicação destacada pelo Portal Spinoff, Lore refletiu sobre o impacto emocional da chegada da filha, as cobranças sociais enfrentadas por mães na internet e como esse novo papel transformou sua percepção sobre si mesma.

Da idealização à realidade: o impacto da chegada de Nina

Lore nunca escondeu o desejo de ser mãe, mas admite que a realidade foi bem diferente do que imaginava. “Eu achava que estava pronta, mas nenhuma leitura, curso ou conversa prepara a gente para o tsunami emocional que é o puerpério”, conta.

Ela revela que viveu um período de baby blues nos primeiros dias após o parto, marcado por um sentimento constante de insegurança e melancolia.

“Eu olhava para a Nina e sentia amor, mas também um medo absurdo. Chorava sem saber por quê. Depois entendi que isso é mais comum do que parece, mas na hora, a sensação era de que eu estava falhando. Me culpava por não estar radiante como muitas mães parecem estar nas redes.”

Maternidade real e os julgamentos online

Com quase 800 mil seguidores no Instagram, Improta tem usado seu espaço para falar de maternidade real, aquela que inclui olheiras, birras e culpa. “Não é sobre reclamar, mas sobre humanizar. Mostrar que está tudo bem não dar conta de tudo”, afirma. Apesar da sinceridade, ela conta que nem sempre é fácil lidar com os comentários negativos.

“Tem dias que os julgamentos me atingem. Já disseram que eu deveria estar mais com a minha filha, que sou fútil por me cuidar, que ela assiste muita tela… Cada fase vem com uma crítica nova. Mas hoje, depois de muita terapia e amadurecimento, consigo filtrar melhor o que realmente faz sentido pra mim.”

Uma nova mulher após a maternidade

Segundo Lore, a maternidade a tornou uma mulher mais forte, intuitiva e segura. “Antes, eu me preocupava muito com o que os outros pensavam. Hoje, minha bússola é minha filha. Se está tudo bem com ela e comigo, o resto é ruído”, diz. Ela também destaca como esse processo a reconectou com sua ancestralidade e com valores que pareciam adormecidos.

“Sempre admirei minha mãe e minha avó, mas só depois de parir entendi o tamanho da força que elas tinham. É como se agora eu pertencesse a uma linhagem invisível de mulheres que fazem o impossível todos os dias.”

Comparações, culpa e a busca pelo equilíbrio

Lore ainda conta que, no início, se comparava constantemente com outras mães. “Via vídeos de mulheres com três filhos que pareciam dar conta de tudo e pensava: ‘Como elas conseguem?’. Mas entendi que a comparação é uma armadilha. Cada mãe tem sua realidade, seus recursos, sua história.”

Hoje, ela afirma ter mais clareza sobre seus próprios limites e escolhas. “Me considero uma excelente mãe. Não perfeita, mas muito dedicada. E acho que isso basta. Essa ideia de ‘dar conta de tudo’ é exaustiva e irreal. A maternidade é feita de escolhas diárias e, às vezes, renúncias.”

Questionada sobre como concilia maternidade e carreira, Lore é enfática: “Meu trabalho também faz parte de quem eu sou. Eu amo atuar, criar, estar em movimento. E quero que minha filha veja isso como exemplo, não como ausência.” Ela destaca que aprendeu a valorizar ainda mais sua rede de apoio, composta pelo parceiro, familiares e profissionais de confiança, e que essa estrutura tem sido essencial para seu equilíbrio emocional.

“Ficar longe de Nina é difícil, mas também necessário. Para que eu continue me reconhecendo, para que eu possa ensinar a ela que ser mulher vai muito além de ser mãe.”

Prazeres e dores da maternidade

Ao refletir sobre os maiores prazeres da maternidade, Improta se emociona. “Ver a Nina crescer, formar frases, descobrir o mundo com os olhos dela… é mágico. Ela me ensina todos os dias sobre paciência, amor e presença.”

Por outro lado, ela não nega que existem dores. “A maternidade me escancarou medos que eu nem sabia que existiam. A responsabilidade é gigante. Mas, ao mesmo tempo, esse amor é o que me move. Mesmo nos dias difíceis, vale a pena.”

“Ser mãe me transformou, mas não me apagou”

Lore finaliza ressaltando que quer ser lembrada como uma mulher inteira. “A maternidade me transformou, mas não me apagou. Pelo contrário, me iluminou em partes que estavam esquecidas. E é isso que quero ensinar para minha filha: que ela pode ser tudo o que quiser, inclusive, ela mesma.”

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