Aos prantos, Carlos Alberto de Nóbrega faz revelação inédita ao se despedir de Jô Soares
Nesta sexta-feira (05/08/2022), Carlos Alberto de Nóbrega gravou um vídeo em seu Instagram prestando a sua última homenagem a Jô Soares (1938-2022).
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Aos prantos, o apresentador de “A Praça é Nossa” falou sobre a sua relação com Jô, as experiências vividas e a saudade que ele vai deixar.
“Quero que vocês entendam uma coisa: eu fiz uma troca, eu troquei as dezenas de pedido de entrevista pelo silêncio. Eu queria que o meu choro fosse só meu, porque a vida não é só sucesso, não é só dinheiro, é o que a gente planta, são as amizades que a gente tem. Eu chorei a morte do maior gênio que surgiu na televisão brasileira. Não conheci ninguém mais culto que o Jô”, declarou Carlos Alberto.
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Ele ainda relembrou de uma situação que viveram aos 20 anos de idade.
“Eu chorei o amigo, eu chorei o que me lembrei de quando nós compramos um carro e o carro do Jô pegou fogo e o meu veio quebrado e nós tínhamos 20 e poucos anos e falei ‘Jô, vou devolver esse carro e se ele não aceitar eu vou dar uma surra nesse carro’ e sabe o que o Jô falou ‘eu vou sentar em cima dele’, ele tinha 150 quilos naquela época”, relatou.
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O apresentador do SBT também lembrou de como os dois conseguiram passar pela ditadura escondendo livros.
“Eu chorei pela ditadura que não permitia que se lessem determinados livros que eles queimavam. E várias vezes eu ligava para a casa do Jô, telefonava, ‘olha os homens estão procurando livros’, eu tinha um carro com porta-malas grandes, eu colocava os livros, levava meu carro pro estacionamento. Dias depois trazia os livros de volta”.
A conduta de Jô Soares encantava o amigo. “Chorei coisas que a televisão nunca viu. A simplicidade, o respeito que o gênio tinha por um redator que estava começando. Nós nunca disputamos uma liderança. Só que a vida nos separou. Quando eu achava que eu deveria ter nos Trapalhões, eu saí vim para o Silvio Santos”, relembrou.
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Em revelação inédita, Carlos Alberto disse ainda que chegou a chamar Jô Soares para trabalhar com ele.
“Uma das primeiras coisas que eu fiz quando assumi a direção artística foi chamar o Jô para trabalhar comigo, ‘Você teria coragem de ir trabalhar no SBT?’ Ele falou ‘o dinheiro do Silvio é igual ao do Roberto Marinho, se ele me der uma chance de fazer uma entrevista’. Nunca falei isso para ninguém”.
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