Atriz de “A Lagoa Azul” relata estupro cometido por executivo de Hollywood

Aos 57 anos, Brooke Shields terá um documentário sobre sua vida, que irá estrear dia 3 de abril, no streaming Hulu, nos Estados Unidos.
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Na produção, ela conta detalhes de um abuso sexual que sofreu quando tinha 20 anos. Além disso, ela fala de papéis sexualizados que recebeu quando era apenas uma criança. Em “Pretty Baby” (1978), por exemplo, ela interpretou uma criança prostituta.
Sobre o estupro, Brooke decidiu manter segredo durante décadas, contando o incidente apenas para seu melhor amigo.
“As pessoas não acreditavam nessas histórias naquela época. Achei que nunca mais trabalharia. Levei muito tempo para processar isso. Estou com mais raiva agora do que naquela época.”, disse a atriz para a revista “People”.
Sem dizer o nome do abusador, a artista apenas afirmou que ele era um poderoso executivo de Hollywood.
“Achei que estava conseguindo um filme, um emprego”, explicou.
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“Para ir embora, ele pediu a ela para chamar um táxi do seu quarto de hotel. Lá, ele cometeu o crime. Eu não lutei. Simplesmente congelei”, relatou.
Brooke contou que se culpou pelo ocorrido.
“Eu ficava dizendo para mim mesma: ‘Não deveria ter feito isso. Por que subi com ele? Não deveria ter bebido no jantar'”.
“Era muito fácil desassociar naquela época e porque era uma escolha do tipo lutar ou fugir. Lutar não era uma opção, então você apenas deixa seu corpo. ‘Você não está lá. Isso não aconteceu.”, relembrou.
“Fazendo o documentário, você vê tudo junto, e é um milagre eu ter sobrevivido”, afirmou.
“Todo mundo processa seu próprio trauma em uma linha do tempo diferente. Quero defender que as mulheres possam falar a verdade”, completou.