Justiça derruba piadas com minorias em especial de comédia de Leo Lins

Justiça derruba piadas com minorias em especial de comédia de Leo Lins

Nesta terça-feira (16/05/2023), O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) ordenou que Leo Lins retirasse do Youtube um especial de comédia que ele havia publicado no final de 2022.

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O vídeo contava com mais de 3,3 milhões de acessos e mencionava temas como escravidão, perseguição religiosa, minorias, pessoas idosas e com deficiências.

O pedido foi feito pelo Ministério Público de São Paulo, alegando que o humorista estaria “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”. A decisão foi tomada pela juíza Gina Fonseca Correa.

A magistrada também proibiu Lins de publicar qualquer “conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável”.

O comediante também terá que retirar de suas contas nas redes sociais todos os conteúdos que mencionem esses grupos, além de estar proibido de mencioná-los em futuras apresentações de stand-up.

Caso não cumpra com as determinações, Leo Lins terá que pagar uma multa de R$ 10 mil diários. Além disso ele está proibido de deixar a cidade de São Paulo por mais de dez dias, sem autorização da Justiça e terá que, mensalmente, informar e justificar suas atividades.

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As informações são do “Gazeta do Povo”. Ao portal, o humorista se pronunciou. Ele afirmou que a medida “dá margem para qualquer interpretação”.

“Se for alguém do Ministério Público no show que vou fazer amanhã eu saio de lá preso, porque vão falar ‘essa piada não pode, essa também não. Ih, falou de velho aqui. Falou do rapaz sem braço ali’”. Acabou. É completamente absurdo”, disse ele.

Em janeiro, foi sancionada pelo presidente Lula a “lei antipiadas”, que enquadra como crime de racismo a contação de piadas sobre grupos que possam ser considerados minoritários. As novas regras preveem que a pena máxima para piadas com esses grupos seja maior do que para crimes como furto e sequestro.

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