Marcelo Crivella usava Igreja Universal para lavar dinheiro, aponta MP

As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro apontam que o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) utilizava a Igreja Universal para lavar o dinheiro recebido em propinas.
De acordo com o documento, Crivella mantém uma estreita relação religiosa com o ex-tesoureiro de campanha Mauro Macedo, primo do Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, e Eduardo Benedito Lopes, também Bispo da instituição.
As investigações apontam que a Igreja Universal teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões entre maio de 2018 e abril de 2019.
De acordo com o MP, há indícios de que a instituição tenha sido utilizada para lavar o dinheiro recebido pelo esquema criminoso.
Marcelo Crivella, Mauro Macedo, Eduardo Benedito Lopes e o empresário Rafael Alves foram identificados como os operadores financeiros do chamado “QG da Propina”.
O prefeito do Rio de Janeiro é bispo licenciado da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo, dono da emissora Record TV.
A Igreja Universal compra espaços na programação da Record TV para exibir seus cultos, entre 01h e 06h da manhã, e estima-se que a instituição religiosa repassa cerca de R$ 600 milhões por ano para a emissora de televisão, ambas de propriedade de Edir Macedo.
Até o fechamento desta matéria, a Igreja Universal do Reino de Deus não se pronunciou sobre o escândalo envolvendo o nome da instituição.