Mulher acusa Felipe Prior de estupro, detalha abuso, e alega que não foi a única

Mulher acusa Felipe Prior de estupro, detalha abuso, e alega que não foi a única

Neste domingo (16/07/2023), o “Fantástico” exibiu uma entrevista com uma mulher que afirmou ter sido estuprada por Felipe Prior.

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O crime teria acontecido em 2014, quando a vítima, que não quis se identificar, tinha 22 anos e estudava na mesma universidade que o ex-BBB, em São Paulo.

*Atenção, a matéria contém relatos fortes

A moça contou que foi abusada no carro de Prior, após pegar com ele uma carona, ao sair de uma festa.

“Quando a gente estava indo em sentido a minha casa, ele parou o carro no meio da rua. Ele foi para o banco de trás e me puxou. E desafivelou meu cinto, começou a me beijar. E aí ele foi para o banco de trás e me puxou, começou a tirar minha roupa. À medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei, Felipe, eu não quero, não quero. Eu comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito… Ele começou a falar para eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria. Que agora não era hora de falar que não. E começou a forçar a penetração”, contou.

“Quantas vezes eu preciso falar ‘não’ para a pessoa entender que ela está me machucando? Que ela está me violentando? Ele é muito mais forte que eu. Então eu não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue. Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele. Ele perguntou se eu queria ir para o hospital. Aí eu falei que não, que eu só queria ir para minha casa. Quando eu cheguei na minha casa, eu fui direto para o banheiro. Fiquei no chuveiro tentando estancar o sangue sozinha, mas minha pressão já estava muito baixa. Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar. E aí ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou, a gente vai pro hospital”, continuou.

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Ao chegar no hospital, a médica perguntou à mulher o que tinha acontecido e a incentivou a falar. Entretanto, a vítima preferiu não dizer nada.

“A médica me perguntou diversas vezes, perguntou para minha mãe, o que que é que de fato tinha acontecido, que lá era um lugar seguro, que eu podia confiar nela, que era necessário falar a verdade, mas eu não quis falar. O Felipe, no dia seguinte, me mandou uma mensagem. Perguntando como eu estava. E eu falei que eu estava machucada, que tinha feito uma ferida e pedi para ele não contar para ninguém. E eu estava com medo dele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação”, explicou.

Durante a entrevista, perguntaram à moça se ela se via como vítima de um abuso sexual e ela disse que não.

“Não, eu não me via assim. Eu achava que eu ia conseguir apagar isso da minha vida e seguir em frente, como se nada tivesse acontecido. Mas isso não aconteceu. Eu tive crise de pânico, crise de ansiedade, agravaram muito mais a minha situação psicológica”, afirmou ela, que passou a se ver como vítima anos depois. “Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu comecei a receber das minhas amigas prints de tweets de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por ele”, completou, dando a entender que não tinha sido a única vítima.

Felipe Prior foi condenado na Justiça a seis anos de prisão em regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade. Os advogados do réu alegam sua inocência.

“A sentença será objeto de Apelação, face a irresignação de Felipe Antoniazzi Prior e sua Defesa, que nele acredita integralmente, depositando-se crédito irrestrito em sua inocência e de que, em sede recursal, lograr-se-á sua lograr-se-á sua reforma, em prestígio à Justiça, reconhecendo-se sua legítima e verdadeira inocência, que restou patentemente demonstrada durante a instrução processual”, disse o comunicado emitido pela defesa.

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