Rainha Elizabeth II: por que sentimos tanto o falecimento de alguém que não conhecemos?

Rainha Elizabeth II: por que sentimos tanto o falecimento de alguém que não conhecemos?
LONDON, ENGLAND - JUNE 05: (L-R) Queen Elizabeth II, Prince George of Cambridge, Prince William, Duke of Cambridge and Princess Charlotte of Cambridge stand on the balcony during the Platinum Pageant on June 05, 2022 in London, England. The Platinum Jubilee of Elizabeth II is being celebrated from June 2 to June 5, 2022, in the UK and Commonwealth to mark the 70th anniversary of the accession of Queen Elizabeth II on 6 February 1952. (Photo by Roland Hoskins - WPA Pool/Getty Images)

Por que a morte da Rainha Elizabeth causa a impressão, em grande parte das pessoas, de que ela era alguém próximo, com quem se tinha contato e até uma relação de afeto? O Pós PhD em Neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, explicou que os seres humanos formatam engramas – que são memórias do que pensamos, vemos e sentimos – de forma mais íntima, entenda:

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“Quando uma pessoa é famosa, formamos esses dados, com base na repetição, consolidando e reforçando esses engramas de maneira mais convicta”, disse.

Ainda segundo Fabiano, quando a pessoa é famosa e admirável para si, essas marcas mentais são formatadas com a influência de bons sentimentos, o que está vinculada a uma boa lembrança.

“Quando ela morre, sentimos como se a conhecêssemos pessoalmente, pois reforçamos essas memórias sobre ela com influência positiva. E de certa forma a conhecemos, do jeito que a moldamos, às vezes sem defeitos, como algo intacto de quase perfeição”, finalizou.

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Segundo o estudioso, quando vemos uma pessoa fisicamente, ela fica armazenada na memória com intensidade diferente de quem vemos apenas pelas telas. Mas, o reforço e o sentimento depositado, moldam a memória de maneira diferente, mas o impacto do luto pode ser similar a depender da importância que deu àquela pessoa.  

“O que distingue é a racionalidade sobre ter contato físico ou não, mas o sentimento varia pelas circunstâncias sobre a pessoa e sobre a própria personalidade de quem sente, em relação ao quão emotiva é pelas próprias variáveis individuais”, concluiu.

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Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela:

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.

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