Samara Felippo se revolta após filha sofrer racismo na escola e exige expulsão de alunas

No início da semana passada, Alícia, filha de Samara Felippo e do jogador de basquete Leandrinho, foi alvo de racismo no colégio Vera Cruz, escola de alto padrão, em São Paulo.
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Segundo o relato da atriz ao “G1“, duas alunas do 9º ano pegaram um caderno de Alícia e escreveram uma ofensa de cunho racial em uma das páginas, além de terem arrancado algumas folhas.
“Todas as páginas, de um trabalho de pesquisa, elaborado, caprichado, valendo nota, feito por ela, foram arrancadas violentamente. Dentro do caderno havia a frase [racista]”, relatou Samara.
A artista lamentou a situação e se mostrou muito indignada com a atitude das meninas.
“Estou digerindo tudo e talvez nunca consiga, cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa refazendo cada página dói na alma. Choro. É um choro muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também“, desabafou.
A escola se pronunciou sobre o ocorrido e enviou uma nota ao portal:
“Imediatamente foram realizadas ações de acolhimento à aluna, de comunicação a todos os alunos da série, bem como a suas famílias. Desde o primeiro momento, mantivemos contato constante com a família da aluna vítima dessa agressão racista, assim como permanecemos atentos para que ela não fique demasiadamente exposta e seja vítima de novas agressões“, disse a instituição.
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Já as autoras do ataque foram suspensas do colégio por tempo indeterminado.
“A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo –fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas. Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo“, afirmou a escola.
Felippo exige também que as alunas sejam responsabilizadas de forma mais severa e pede a expulsão delas.
“Pedi expulsão das alunas acusadas pois não vejo outra alternativa para um crime previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola. Não é um caso isolado, que isso fique claro“, explicou.
“Eu sinceramente quero que as pessoas envolvidas, agressoras, né, que são meninas de 15, idade da minha filha, se reabilitem mesmo. Eu quero bem delas, eu não quero mal de ninguém. Eu só quero que não convivam no mesmo espaço, onde poderão futuramente humilhar novamente e ofender e cometer outros atos de racismo contra ela“, completou.
Alícia, por sua vez, fez questão de marcar uma reunião com as meninas que praticaram o racismo para entender o motivo do bullying.
“Foi ela que pediu uma reunião com as garotas. Ela foi super bonita, digna, forte, empoderada, entender, né? Tentar olhar na cara delas, entender o motivo daquele ato tão agressivo, tão violento e explicar para elas que isso é crime“, refletiu Samara.