A reinvenção da comunicação durante a pandemia do Coronavírus

A pandemia é uma enfermidade amplamente disseminada, com alcance inimaginável em suas proporções e consequências. Não se pode mensurar os danos causados por meio de um problema de saúde global, visto que não se trata, apenas, de uma questão de saúde, mas, também, da manutenção da vida e da existência humana.
Como há décadas não se via, o mundo foi obrigado a se adaptar a um novo contexto socioeconômico, reestruturando todos os processos de saúde, trabalho, educação, familiar e, não menos importante, de comunicação. A força da natureza impera e cabe a nós, reles mortais, aceitar e se tornar híbrido, ajustável, cíclico.
Falando em comunicação, especificamente, muito mudou e mudou para todos. Não há império de informação que não tenha se impactado, sofrido, se reinventado. O jornalismo, cuja missão é feita em prol do povo e pelo povo, se distanciou fisicamente e criou laços virtuais nunca percebidos. A velha máxima do “fazer o mais com o menos” mostra que somos frágeis e, numa mesma linha tênue, fortes! Somos suscetíveis ao que acontece em nosso universo, mas somos criativos para fazer acontecer. Somos tudo, mas, principalmente, somos a voz que ecoa lucidez, equilíbrio e verdade.
Em se tratando de Brasil, somos mais guerreiros ainda. Na contramão do descaso e do autoritarismo que censura e distingue classes, a comunicação surge como uma tábua de salvação e colírio para olhos. Não temos medo do vírus avassalador, temos medo do silêncio que oprime e cala a voz do comunicador.
Com ousadia, coragem e credibilidade, a informação vai sendo checada, repassada e, mais importante, alcançada. O “novo normal”, nada mais é, do a rotina quebrada, ajustada e divulgada. A comunicação nunca mais será a mesma, como nunca foi e nunca é. Independente do status, poder, estrutura e riqueza, ela sempre será o canal que liga o homem à sua própria história. O futuro ainda está sendo escrito e a comunicação é a caneta cuja tinta nunca falha.