Chefe de redação do “Jornal da Record” se demite e declara voto em Haddad

Chefe de redação do “Jornal da Record” se demite e declara voto em Haddad

Luciana Barcellos, chefe de redação do “Jornal da Record”, pediu demissão da emissora na semana passada, de acordo com o colunista Flávio Ricco, do portal “UOL”.

Logo após tomar essa decisão, a profissional resolveu desabafar nas redes sociais, considerando o âmbito político atual.

Primeiramente, ela anunciou em quem votaria no segundo das eleições presidenciais, dia 28 de outubro: Fernando Haddad, candidato pelo PT.

“O Haddad não foi o meu candidato no primeiro turno. Mas agora o que está em jogo aqui é maior do que nossas primeiras escolhas. É a democracia, é o que queremos para nossos filhos, sobrinhos, netos, amigos, para todos os nossos afetos. É o que queremos de bom também para quem a gente nem conhece pessoalmente”.

Continuando seu texto no Facebook, Luciana deu sua opinião sobre os eleitores do candidato rival de Haddad, o ex-capitão do exército Jair Bolsonaro (PSL).

“Ninguém é racista ou homofóbico só da boca para fora. Ninguém defende tortura só porque é ‘meio doido’. Não existe fascismo ‘light’”, assimilou.

Em seguida, a jornalista, que antes atuava como gerente da sede do Rio de Janeiro da Record, e posteriormente migrou para o polo paulista, deu uma alfinetada em sua antiga “casa”.

“Votar no Haddad não é assinar cheque em branco para o PT, não é isentar o PT da responsabilidade de não ter feito a autocrítica. É defender o nosso direito de seguir em frente. E para nós, jornalistas, votar no Haddad é também defender o direito de exercer livremente a profissão”.

A saber, o dono da emissora, Edir Macedo, declarou apoio ao candidato Jair Bolsonaro no início do segundo turno das eleições. Após o apoio de Macedo a Bolsonaro, a Record TV passou a evitar reportagens negativas ao candidato do PSL e ampliar o espaço dado a ele na programação.

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