Emissoras deixam de faturar um SBT em 2015 por causa da crise

Após um período de crescimento entre 2010 e 2013, as principais emissoras de TV aberta amargaram um dos piores anos do século em 2015. De acordo com informações do site Notícias da TV, do UOL, um estudo feito pela Globo aponta que o conjunto das redes de TVs abertas faturou no ano passado 8,5% a menos do que em 2014.

Somente as três maiores emissoras (Globo, Record e SBT), deixaram de faturar o equivalente a toda a receita anual do SBT de São Paulo, de R$ 1,062 bilhão em 2014. Os canais tiveram um recuo ao patamar que estavam em 2013.

O motivo de tudo isso foi a crise econômica. Receosos quanto ao futuro e vendendo menos, os anunciantes reduziram os investimentos. Segundo o levantamento da Globo, o mercado publicitário como um todo (incluindo internet, revistas e jornais) diminuiu 11%.

A Globo caiu 7%, menos do que o mercado e menos do que a média da TV aberta. Segundo o jornalista Daniel Castro, a explicação é que em épocas de crises, os anunciantes costumam restringir as verbas e a concentrá-las nos veículos mais tradicionais, como a Globo. Por ter a maior audiência e ser considerada altamente eficiente, leva vantagem.

Um outro fator apontado pelo Notícias da TV que pesou balanço de 2015 foi o fato de 2014 ter sido ano de Copa do Mundo, o que alavanca as receitas das TVs, principalmente as da Globo, detentora dos direitos de transmissão do evento.

A Globo acredita que em 2016 a Olimpíada do Rio de Janeiro vai atenuar os efeitos da crise. Em um cenário que pode ser considerado otimista, a emissora prevê uma estagnação, ou seja, sem queda nem aumento do faturamento, justamente em razão ao incremento nos investimentos publicitários gerados pelos Jogos Olímpicos.