Ex-apresentadora da TV Globo acusa emissora de humilhação e perseguição

Ex-apresentadora da TV Globo acusa emissora de humilhação e perseguição

Iana Coimbra processou a Globo Minas por passar por situações consideradas humilhantes, além de sofrer perseguição e discriminação de gênero.

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Quando a âncora informou sobre sua gravidez na décima semana à direção da Globo, Clécio Vargas, chefe de redação da época, questionou se ela havia planejado chegar grávida no canal, pois fazia 3 meses que a repórter havia começado a trabalhar na empresa.

Iana explicou com constrangimento que tinha sofrido um aborto dois meses antes desta gestação e que tinha acabado de enfrentar um câncer.

“A ciência da gravidez deixou a reclamante extremamente sem chão, pois tinha acabado de ser contratada, bem como teria que expor sua intimidade, se sentindo constrangida de comunicar tal fato a reclamada, sendo certo que para a mulher a gravidez expõe a vida sexual da gestante que por muitas vezes sofre conotação pejorativa”, diz a ação movida pela profissional.

Além disso, após ter comunicado a gestação, o ambiente de trabalho se tornou insustentável.

“Passaram a tratá-la de forma sorrateira, covarde e humilhante pelo simples fato de estar grávida”, explica o processo.

Chegando ao fim da licença-maternidade, colocaram a jornalista para cobrir o carnaval, em um plantão que durava até as quatro horas da manhã.

“Não oportunizando o direito a amamentação de sua filha. O esposo comparecia a porta da reclamada para que pudesse amamentar a bebê de madrugada dentro de veículo parado na rua. Situação horrível, humilhante e devastadora”, afirma o documento.

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Iana alegou também que a Globo não cumpriu com os direitos trabalhistas, além de não remunerá-la por funções acumuladas e receber um salario inferior ao de profissionais com a mesma função. A informação é do portal “NaTelinha”.

Iana Coimbra trabalhou durante 8 anos na emissora e chegou a apresentar o “MG2” com sangramento, por receio de contar sobre a segunda gestação. Ela só contou quando já não podia esconder e recebeu como resposta do novo diretor de Jornalismo, Marcelo Moreira: “Nossos planos para você mudam a partir de agora; não posso colocar uma apresentadora grávida na bancada”.

Novamente, em meio ao ambiente de trabalho hostil, ela decidiu pedir demissão, em abril de 2023.

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