“Fatal Model” processa apresentador da Band que desrespeitou acompanhantes
O “Fatal Model”, maior site de acompanhantes do Brasil, acionou a Justiça contra o jornalista Uziel Bueno, apresentador do “Brasil Urgente BA”, da Band Bahia. O processo judicial pelo crime de difamação se deu em razão dos ataques do comunicador à empresa e a profissionais após o anúncio da marca como patrocinadora do Esporte Clube Vitória. Foi oferecida possibilidade de transação penal, possibilitando a solução do processo sem julgamento. Neste caso, Bueno precisaria pagar R$ 50 mil. Se aceitar, o Fatal Model se compromete a aplicar mais R$ 50 mil, destinando o valor total a oito instituições que atuam na defesa de direitos de crianças, adolescentes e prostitutas pelo Brasil.
Em fevereiro de 2023, o “Fatal Model” foi anunciado como maior patrocinador de mangas da história do Vitória. Em seguida, durante a apresentação de seu programa, Uziel Bueno não só criticou a parceria, como acusou a marca e o presidente do clube, Fábio Mota, de explorarem o trabalho sexual, o que não é verdade, já que o “Fatal Model” é um site de anúncios para profissionais, e não uma plataforma de agenciamento. O apresentador, no entanto, foi além. Em certo momento, deu chicotadas no chão do estúdio enquanto eram mostradas imagens da porta-voz da empresa, a acompanhante e sexóloga Nina Sag, que assinou pessoalmente o contrato com o Vitória.
O processo cita falas de Uziel Bueno nos programas dos dias 10, 13, 14, 15 e 17 de fevereiro, nos quais o apresentador mudou sua narrativa, nunca deixando de atacar a marca. Além de acusar o site de “agenciar garotas de programa”, Uziel afirma que a plataforma “explora” profissionais e diz que a empresa “maltrata seus colaboradores” e que tentou “abafar” a morte de acompanhantes – todas acusações inverídicas.
Apresentador e “Fatal Model” devem se encontrar em audiência marcada para abril pela Justiça com o objetivo de apresentar argumentos e tentar acordo. Por enquanto, não houve manifestação de Uziel Bueno sobre a proposta apresentada pela empresa. Desde o ocorrido, também não houve qualquer posicionamento por parte do grupo Bandeirantes.
Caso aceite o acordo proposto pela marca, um total de R$ 100 mil serão repassados para as seguintes entidades sociais:
Associação das Prostitutas de Minas Gerais (APROSMIG);
Associação Nacional de Travestis e Transsexuais);
Associação das Profissionais do Sexo da Bahia (APROSBA);
Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (GEMPAC);
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente;
Instituto Liberta – Enfrentando a violência sexual contra a criança e adolescentes;
Instituto Filhas da Luta de Natal/RN;
Associação das Prostitutas da Paraíba (APROS).
Veja, abaixo, o vídeo de repúdio do Fatal Model:
Sobre o Fatal Model:
O Fatal Model é a maior plataforma do ramo no Brasil, criada em 2016, registra mensalmente uma média de 20,9 milhões de usuários e 504 milhões de pageviews.
A startup surgiu com a missão de profissionalizar o mercado de acompanhantes através da inovação e do respeito, buscando romper o preconceito em relação à profissão, levar informação aos profissionais sobre os seus direitos e possibilidades no ramo e trazer dignidade para as pessoas se auto afirmarem na profissão que escolheram para o sustento de seus lares.
